O trajeto casa-escola: estudo em crianças dos 10 aos 16 anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, Ana Paula Rodrigues
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Pereira, Beatriz, Souza, Sérgio, Silva, Ana, Coelho, Euarda
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/56922
Resumo: A atividade física durante a juventude exerce uma influência favorável na maturação biológica e aptidão física dos jovens e no seu desenvolvimento pessoal e social. O aumento dos meios de transporte motorizados contribuem para a diminuição dos níveis de atividade física, esta diminuição no transporte ativo para a escola coincidiu com um aumento alarmante na obesidade infantil (Humphreys, Ward, & Markham, 2005). Está demonstrado que o modo pedonal é o mais eficiente nas deslocações até 1km, enquanto a bicicleta é a opção mais competitiva nas deslocações até 5 km, sendo um modo mais rápido do que o transporte individual, mesmo quando se considera o tempo de acesso até ao veículo e o tempo despendido na procura de estacionamento. As deslocações casa-escola representam uma parte significativa nas deslocações de uma cidade, tendo um impacto significativo no ambiente urbano. Apesar de evidências mostrarem que mudanças em simples hábitos diários, como caminhar de casa até a escola, possam influenciar positivamente na atividade física habitual das crianças, é crescente o número de pais que levam os filhos à escola de automóvel (Cooper, Andersen, Wedderkopp, Page, & Froberg, 2005). Pedalar para a escola, proporciona autonomia, desenvolve a coordenação motora o equilíbrio, estimula a atenção, a disciplina, a concentração e integra amigos. Deste modo, este estudo teve como objetivo descrever as formas 202 de deslocamento no trajeto casa-escola de crianças do ensino básico em três escolas públicas do concelho de Braga - Portugal e compreender se a distância é uma determinante para o uso do meio de transporte. Participaram 555 crianças, 45,8% do sexo masculino e 54,2% do sexo feminino (254M/301F) com 11,8 média de idades, de três escolas públicas do concelho de Braga, selecionados pelo critério de conveniência. Aos participantes foi administrado um questionário já utilizado em outras investigações sobre o tema (Matos, Coelho, Pereira, & Souza, 2018), submetido e aprovado pela Direção Geral de Inovação Curricular do Ministério de Educação (DGIDC/PT). Com questões abertas e fechadas o questionário está subdividido em seis dimensões: 1) Dados sociobiográficos; 2) Caracterização geral em relação aos modos de deslocamento, distância do trajeto casa-escola e tempo utilizado; 3) Uso de bicicleta, deslocar-se a pé, pares e família; 4) Bicicleta em Segurança; 5) Saúde e Autonomia; 6) Ambiente e Poupança; que abordam aspetos relacionados aos modos de deslocamento no trajeto casa-escola, perceções e possíveis fatores de influência sobre as possibilidades do deslocamento ativo na rotina de vida de crianças. Para a análise inicial utilizou-se as técnicas da estatística descritiva (média, desvio-padrão e distribuição de frequência). O teste Qui-quadrado (χ2) foi utilizado para analisar as possíveis associações entre as variáveis. Nossos resultados evidenciaram que 31,5% dos nossos alunos residem menos de 1km da escola e 37,3% residem entre 1,1 a 5km. Existem diferenças estatisticamente significativas relativamente à distância e o principal meio de transporte. Os alunos que moram junto à escola (até 1km) deslocam-se na sua maioria a pé (81,7%). Para os que vivem entre 1,1 e 5km maioritariamente deslocam-se de automóvel ligeiro e os que vivem entre 5,1 e 7km passam a deslocar-se maioritariamente de autocarro. As deslocações de bicicleta são inexistentes. os alunos mais novos (10 e 11 anos) que mais se deslocam preferencialmente de automóvel para a escola (25,1% e 33,0%). Por sua vez também são os de 13 anos que se deslocam para a escola a pé (41,7%) havendo diferenças estatisticamente significativas. Os mais velhos (14 ou mais) deslocam-se preferencialmente de autocarro (14,6%), e as raparigas mostraram-se mais dependentes do automóvel. Os resultados mostraram que grande parte dos participantes deste estudo (84,1%) alega que o tempo médio gasto na deslocação do trajeto casa-escola é de aproximadamente até quinze minutos. De uma forma geral a distância do domicílio até a escola tem sido apontada como um dos preditores mais importantes em relação aos meios de transportes utilizados na rotina de vida escolar de crianças e adolescentes.
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Com questões abertas e fechadas o questionário está subdividido em seis dimensões: 1) Dados sociobiográficos; 2) Caracterização geral em relação aos modos de deslocamento, distância do trajeto casa-escola e tempo utilizado; 3) Uso de bicicleta, deslocar-se a pé, pares e família; 4) Bicicleta em Segurança; 5) Saúde e Autonomia; 6) Ambiente e Poupança; que abordam aspetos relacionados aos modos de deslocamento no trajeto casa-escola, perceções e possíveis fatores de influência sobre as possibilidades do deslocamento ativo na rotina de vida de crianças. Para a análise inicial utilizou-se as técnicas da estatística descritiva (média, desvio-padrão e distribuição de frequência). O teste Qui-quadrado (χ2) foi utilizado para analisar as possíveis associações entre as variáveis. Nossos resultados evidenciaram que 31,5% dos nossos alunos residem menos de 1km da escola e 37,3% residem entre 1,1 a 5km. Existem diferenças estatisticamente significativas relativamente à distância e o principal meio de transporte. Os alunos que moram junto à escola (até 1km) deslocam-se na sua maioria a pé (81,7%). Para os que vivem entre 1,1 e 5km maioritariamente deslocam-se de automóvel ligeiro e os que vivem entre 5,1 e 7km passam a deslocar-se maioritariamente de autocarro. As deslocações de bicicleta são inexistentes. os alunos mais novos (10 e 11 anos) que mais se deslocam preferencialmente de automóvel para a escola (25,1% e 33,0%). Por sua vez também são os de 13 anos que se deslocam para a escola a pé (41,7%) havendo diferenças estatisticamente significativas. Os mais velhos (14 ou mais) deslocam-se preferencialmente de autocarro (14,6%), e as raparigas mostraram-se mais dependentes do automóvel. Os resultados mostraram que grande parte dos participantes deste estudo (84,1%) alega que o tempo médio gasto na deslocação do trajeto casa-escola é de aproximadamente até quinze minutos. De uma forma geral a distância do domicílio até a escola tem sido apontada como um dos preditores mais importantes em relação aos meios de transportes utilizados na rotina de vida escolar de crianças e adolescentes.Financiamento pelo CIEC (Centro de Investigação em Estudos da Criança, IE, UMinho; UI 317 da FCT, Portugal) através do Projeto Estratégico UID/CED/00317/2013, financiado através dos Fundos Nacionais da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia), cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI) com a referência POCI-01-0145-FEDER-007562info:eu-repo/semantics/publishedVersionUniversidade do Minho. Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC)Universidade do MinhoMatos, Ana Paula RodriguesPereira, BeatrizSouza, SérgioSilva, AnaCoelho, Euarda20182018-01-01T00:00:00Zbook partinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/56922porMatos, A. P., Pereira, B., Souza, S., Silva, A., Coelho, E. (2018). O trajeto casa-escola. Estudo em crianças dos 10 aos 16 anos. In F. Azevedo, H. Vieira, N. Fernandes, B. Pereira (Eds). 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