A inclusão dos alunos nas unidades de ensino especializado e de ensino estruturado no agrupamento de escolas de Moura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.12207/4683 |
Resumo: | A multideficiência caracteriza-se pela associação de pelo menos dois tipos de deficiências, sendo que uma delas é a presença de dificuldades intelectuais. As crianças com multideficiência evidenciam dificuldades complexas, pelo que necessitam de uma avaliação e intervenção conjunta de diferentes profissionais para a obtenção de progressos. Por outro lado, a Perturbação do Espectro do Autismo é uma perturbação do desenvolvimento, que se carateriza pelo comprometimento ao nível da comunicação, interação social e do desenvolvimento cognitivo, pelo que também nesta problemática é importante e imprescindível a ação de equipas multidisciplinares. A inclusão de alunos com estas problemáticas nas escolas de ensino regular é ainda relativamente recente e tem constituído um grande desafio para os profissionais da educação. Neste contexto, surgem como uma resposta educativa nas escolas de ensino regular as Unidades de Apoio Especializado para a educação de alunos com multideficiência e as Unidades de Ensino Estruturado, para a educação de alunos com perturbações do espectro do autismo. Este estudo procura compreender melhor a forma como estas Unidades trabalham, como se organizam e como interagem na dinâmica da Escola onde estão inseridas. Importa também verificar até que ponto os alunos que frequentam estas Unidades estão verdadeiramente incluídos nas turmas em que se inserem e qual a relação que estabelecem com os seus pares, restantes professores e toda a comunidade educativa. Tentou-se ainda perceber as atitudes e expectativas dos demais intervenientes neste processo, ou seja, como são recebidos estes alunos nas suas turmas do ensino regular, que dificuldades têm estes docentes em lidar com a inclusão. Neste sentido, através do estudo realizado, considerou-se que os docentes do ensino regular ainda têm muitas dificuldades em ter estes alunos nas suas aulas, sendo que manifestam que as principais causas disso são a dificuldade em adaptar atividades, falta de recursos humanos e materiais e falta de tempo para preparar atividades específicas. Por outro lado, os docentes de Educação Especial consideram que estes alunos não estão totalmente incluídos nas turmas, uma vez que só frequentam, na sua maioria, as aulas de cariz mais prático e funcional. Desta forma, verificou-se que a inclusão destes alunos, quer nas turmas, no espaço escolar ou na interação com o meio envolvente, poderia ser feita de forma mais eficaz, uma vez que as atividades em que participam quer com o grupo turma quer com a restante comunidade escolar é muito reduzida, resumindo-se praticamente a dias festivos. Assim sendo, o projeto de intervenção vem neste sentido, ou seja, dar mais formação aos docentes do ensino regular para que se sintam melhor preparados para lidar com estes alunos, bem como reestruturar os seus horários, por forma a que passem mais tempo com o grupo turma. |
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