O kintsugi como ferramenta do desgn: artefacto, vazio e sustentabilidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/26562 |
Resumo: | O vazio é genericamente conotado como algo que nada contém (ou que contém apenas ar), despovoado, desocupado, desabitado. Por seu lado o artefacto, seja ele qual for, é algo que existe, matéria física, palpável e visível que foi criado pelo homem com um propósito, uma finalidade, na sua génese, uma antítese daquilo que à primeira vista chamamos de vazio. Nesta investigação o vazio será abordado não como a ausência de algo, mas como uma entidade singular, como algo que sabemos que está presente, mas que não é visível e onde a fronteira entre o vazio e o artefacto se esbate dando assim origem a uma forte presença, a qual irá ocupar um espaço outrora vazio, embora este sempre tenha existido e cuja presença é imutável. Para a cultura nipónica o vazio é algo de extrema importância; tomemos o exemplo da construção das suas casas tradicionais e templos, nestes observa-se uma elevação em relação ao chão de forma a que exista um espaço vazio entre a habitação e o solo. Por seu lado, para o suprematista Kazimir Malevich, o vazio foi utilizado para criar uma das suas mais prestigiadas pinturas, Quadrado branco sobre fundo branco (1918); obra que pode interpretar-se como a representação de um deserto, à primeira vista vazio, mas que segundo o autor está cheio da ausência de todos os objetos. Com base nestes pressupostos, a presente investigação assenta na criação de uma ferramenta metodológica de Design Thinking, com foco específico no Design para a Sustentabilidade, dirigida a profissionais, investigadores e estudantes de Design. Para o balizamento e abordagem focada do tema na área do Design, serão relacionados três conceitos-chave, o de Artefacto, neste caso em particular considerando os objetos que habitam o nosso quotidiano, a filosofia presente no Kintsugi, que consiste na arte de ressuscitar um artefacto danificado que é “cicatrizado” e, complementarmente, no conceito de Vazio, que neste trabalho se encontra considerado nas emoções e memórias contidas nos artefactos que através da arte do Kinstsugi, voltam a comunicar novas e antigas memórias. Partindo destes pressupostos, será criada uma ferramenta de Design que pretende não só promover o aumento do ciclo de vida dos objetos utilitários, mas que também visa criar serviços mais sustentáveis. No caso particular dos objetos utilitários pretende-se que os mesmos, após a sua aparente “morte”, possam ainda ter por esta via uma continuidade, evitando-se assim a tendência atual que promove a proliferação da obsolescência programada. Com esta investigação pretende-se também desenvolver a reflexão sobre a noção de ciclo de vida do produto e explorar possíveis soluções que incentivem à reutilização/reinvenção de artefactos, cujo propósito principal seja comprometido pelo tempo/uso, conferindo-se-lhes assim uma nova vida e atribuindo-se, deste modo ao objeto, características que o situam no âmbito do Design Emocional (durabilidade emocional) e, ao mesmo tempo, no domínio de uma produção e utilização dos recursos de forma sustentável e ponderada, em que o esforço ambiental despendido na sua produção seja equivalente ao seu ciclo de vida, promovendo-se desse modo a atualização dos seus componentes ao invés da produção integral de um produto novo; Kintsugi as a Design tool - artifact, emptiness and sustainability. Abstract: Emptiness is referred to by most as something that contains nothing (or only air), unpopulated, vacant, uninhabited. By the other hand the artifact, whatever it is, is something that exists, physical matter, palpable and visible that was created by men’s hand with a purpose, a function, at a first glance in its genesis is an antithesis to what we call “empty” or “emptiness”. In this research the concept of emptiness will be approached not as the absence of something but as a singular entity, something that we know that is present, but not visible where the boundary between the emptiness and the artifact narrows, thus giving origin to a strong presence, which will occupy a space once empty, although it has always existed and whose presence is unchanged. For the Japanese culture, emptiness is of the utmost importance, let’s take the example of the construction of their traditional houses and temples, in which we can observe an elevation relative to the ground in order to create an empty space between the dwelling and the ground. For Supremacist Kazimir Malevich, emptiness was used to create the tremendous onus present in one of his most famous paintings, White square on white (1918); this work can be interpreted as representing a desert, at first sight empty, but, according to the author is full of the absence of all objects. Based on these assumptions, the present research is based on the creation of a methodological tool for Design Thinking with a focus on Design for Sustainability, aimed at Design professionals, researchers and students. For the beaconing and focused approach of the theme in the area of Design, three key concepts will be related, the one of Artifact, in this case in particular considering the objects that inhabit our daily life, the philosophy present in Kintsugi technique, which consists in the art of resurrect a damaged artifact that is “healed” and finally the Emptiness, that is here considered in the emotions and memories contained in the artifacts that through the art of Kintsugi, communicate these new and old memories. Starting from these assumptions will be created an application of these concepts in the form of a Design tool that intends not only to promote the increase of the life cycle of utilitarian objects, but also aims to create more sustainable services. In the particular case of utilitarian objects, it is intended that these even after their apparent “death” may still have a continuity in this way, avoiding the current tendency that promotes the proliferation of programmed obsolescence. This research also intends to develop a reflection on the notion of the product life cycle and to explore possible solutions that encourage the reuse / reinvention of artifacts whose main purpose is compromised by the time / use, thus giving them a new life , and thus attributing to the object characteristics that place it within the scope of Emotional Design (object persona) and at the same time in the field of a production and use of resources in a sustainable and weighted way in which the environmental effort expended in its production is equivalent to its life cycle, thus promoting the updating of its components rather than the production of a new product. |
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Para a cultura nipónica o vazio é algo de extrema importância; tomemos o exemplo da construção das suas casas tradicionais e templos, nestes observa-se uma elevação em relação ao chão de forma a que exista um espaço vazio entre a habitação e o solo. Por seu lado, para o suprematista Kazimir Malevich, o vazio foi utilizado para criar uma das suas mais prestigiadas pinturas, Quadrado branco sobre fundo branco (1918); obra que pode interpretar-se como a representação de um deserto, à primeira vista vazio, mas que segundo o autor está cheio da ausência de todos os objetos. Com base nestes pressupostos, a presente investigação assenta na criação de uma ferramenta metodológica de Design Thinking, com foco específico no Design para a Sustentabilidade, dirigida a profissionais, investigadores e estudantes de Design. Para o balizamento e abordagem focada do tema na área do Design, serão relacionados três conceitos-chave, o de Artefacto, neste caso em particular considerando os objetos que habitam o nosso quotidiano, a filosofia presente no Kintsugi, que consiste na arte de ressuscitar um artefacto danificado que é “cicatrizado” e, complementarmente, no conceito de Vazio, que neste trabalho se encontra considerado nas emoções e memórias contidas nos artefactos que através da arte do Kinstsugi, voltam a comunicar novas e antigas memórias. Partindo destes pressupostos, será criada uma ferramenta de Design que pretende não só promover o aumento do ciclo de vida dos objetos utilitários, mas que também visa criar serviços mais sustentáveis. No caso particular dos objetos utilitários pretende-se que os mesmos, após a sua aparente “morte”, possam ainda ter por esta via uma continuidade, evitando-se assim a tendência atual que promove a proliferação da obsolescência programada. Com esta investigação pretende-se também desenvolver a reflexão sobre a noção de ciclo de vida do produto e explorar possíveis soluções que incentivem à reutilização/reinvenção de artefactos, cujo propósito principal seja comprometido pelo tempo/uso, conferindo-se-lhes assim uma nova vida e atribuindo-se, deste modo ao objeto, características que o situam no âmbito do Design Emocional (durabilidade emocional) e, ao mesmo tempo, no domínio de uma produção e utilização dos recursos de forma sustentável e ponderada, em que o esforço ambiental despendido na sua produção seja equivalente ao seu ciclo de vida, promovendo-se desse modo a atualização dos seus componentes ao invés da produção integral de um produto novo; Kintsugi as a Design tool - artifact, emptiness and sustainability. Abstract: Emptiness is referred to by most as something that contains nothing (or only air), unpopulated, vacant, uninhabited. By the other hand the artifact, whatever it is, is something that exists, physical matter, palpable and visible that was created by men’s hand with a purpose, a function, at a first glance in its genesis is an antithesis to what we call “empty” or “emptiness”. In this research the concept of emptiness will be approached not as the absence of something but as a singular entity, something that we know that is present, but not visible where the boundary between the emptiness and the artifact narrows, thus giving origin to a strong presence, which will occupy a space once empty, although it has always existed and whose presence is unchanged. For the Japanese culture, emptiness is of the utmost importance, let’s take the example of the construction of their traditional houses and temples, in which we can observe an elevation relative to the ground in order to create an empty space between the dwelling and the ground. For Supremacist Kazimir Malevich, emptiness was used to create the tremendous onus present in one of his most famous paintings, White square on white (1918); this work can be interpreted as representing a desert, at first sight empty, but, according to the author is full of the absence of all objects. Based on these assumptions, the present research is based on the creation of a methodological tool for Design Thinking with a focus on Design for Sustainability, aimed at Design professionals, researchers and students. For the beaconing and focused approach of the theme in the area of Design, three key concepts will be related, the one of Artifact, in this case in particular considering the objects that inhabit our daily life, the philosophy present in Kintsugi technique, which consists in the art of resurrect a damaged artifact that is “healed” and finally the Emptiness, that is here considered in the emotions and memories contained in the artifacts that through the art of Kintsugi, communicate these new and old memories. Starting from these assumptions will be created an application of these concepts in the form of a Design tool that intends not only to promote the increase of the life cycle of utilitarian objects, but also aims to create more sustainable services. In the particular case of utilitarian objects, it is intended that these even after their apparent “death” may still have a continuity in this way, avoiding the current tendency that promotes the proliferation of programmed obsolescence. This research also intends to develop a reflection on the notion of the product life cycle and to explore possible solutions that encourage the reuse / reinvention of artifacts whose main purpose is compromised by the time / use, thus giving them a new life , and thus attributing to the object characteristics that place it within the scope of Emotional Design (object persona) and at the same time in the field of a production and use of resources in a sustainable and weighted way in which the environmental effort expended in its production is equivalent to its life cycle, thus promoting the updating of its components rather than the production of a new product.Universidade de Évora2020-01-22T17:11:08Z2020-01-222019-12-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10174/26562http://hdl.handle.net/10174/26562TID:202366634porDepartamento de Artes Visuais e Designtiagocerveira.design@gmail.com203Gonçalves, Tiago José da Mota Cerveira Nazulinoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T19:21:31Zoai:dspace.uevora.pt:10174/26562Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:16:53.697500Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O vazio é genericamente conotado como algo que nada contém (ou que contém apenas ar), despovoado, desocupado, desabitado. Por seu lado o artefacto, seja ele qual for, é algo que existe, matéria física, palpável e visível que foi criado pelo homem com um propósito, uma finalidade, na sua génese, uma antítese daquilo que à primeira vista chamamos de vazio. Nesta investigação o vazio será abordado não como a ausência de algo, mas como uma entidade singular, como algo que sabemos que está presente, mas que não é visível e onde a fronteira entre o vazio e o artefacto se esbate dando assim origem a uma forte presença, a qual irá ocupar um espaço outrora vazio, embora este sempre tenha existido e cuja presença é imutável. Para a cultura nipónica o vazio é algo de extrema importância; tomemos o exemplo da construção das suas casas tradicionais e templos, nestes observa-se uma elevação em relação ao chão de forma a que exista um espaço vazio entre a habitação e o solo. Por seu lado, para o suprematista Kazimir Malevich, o vazio foi utilizado para criar uma das suas mais prestigiadas pinturas, Quadrado branco sobre fundo branco (1918); obra que pode interpretar-se como a representação de um deserto, à primeira vista vazio, mas que segundo o autor está cheio da ausência de todos os objetos. Com base nestes pressupostos, a presente investigação assenta na criação de uma ferramenta metodológica de Design Thinking, com foco específico no Design para a Sustentabilidade, dirigida a profissionais, investigadores e estudantes de Design. Para o balizamento e abordagem focada do tema na área do Design, serão relacionados três conceitos-chave, o de Artefacto, neste caso em particular considerando os objetos que habitam o nosso quotidiano, a filosofia presente no Kintsugi, que consiste na arte de ressuscitar um artefacto danificado que é “cicatrizado” e, complementarmente, no conceito de Vazio, que neste trabalho se encontra considerado nas emoções e memórias contidas nos artefactos que através da arte do Kinstsugi, voltam a comunicar novas e antigas memórias. Partindo destes pressupostos, será criada uma ferramenta de Design que pretende não só promover o aumento do ciclo de vida dos objetos utilitários, mas que também visa criar serviços mais sustentáveis. No caso particular dos objetos utilitários pretende-se que os mesmos, após a sua aparente “morte”, possam ainda ter por esta via uma continuidade, evitando-se assim a tendência atual que promove a proliferação da obsolescência programada. Com esta investigação pretende-se também desenvolver a reflexão sobre a noção de ciclo de vida do produto e explorar possíveis soluções que incentivem à reutilização/reinvenção de artefactos, cujo propósito principal seja comprometido pelo tempo/uso, conferindo-se-lhes assim uma nova vida e atribuindo-se, deste modo ao objeto, características que o situam no âmbito do Design Emocional (durabilidade emocional) e, ao mesmo tempo, no domínio de uma produção e utilização dos recursos de forma sustentável e ponderada, em que o esforço ambiental despendido na sua produção seja equivalente ao seu ciclo de vida, promovendo-se desse modo a atualização dos seus componentes ao invés da produção integral de um produto novo; Kintsugi as a Design tool - artifact, emptiness and sustainability. Abstract: Emptiness is referred to by most as something that contains nothing (or only air), unpopulated, vacant, uninhabited. By the other hand the artifact, whatever it is, is something that exists, physical matter, palpable and visible that was created by men’s hand with a purpose, a function, at a first glance in its genesis is an antithesis to what we call “empty” or “emptiness”. In this research the concept of emptiness will be approached not as the absence of something but as a singular entity, something that we know that is present, but not visible where the boundary between the emptiness and the artifact narrows, thus giving origin to a strong presence, which will occupy a space once empty, although it has always existed and whose presence is unchanged. For the Japanese culture, emptiness is of the utmost importance, let’s take the example of the construction of their traditional houses and temples, in which we can observe an elevation relative to the ground in order to create an empty space between the dwelling and the ground. For Supremacist Kazimir Malevich, emptiness was used to create the tremendous onus present in one of his most famous paintings, White square on white (1918); this work can be interpreted as representing a desert, at first sight empty, but, according to the author is full of the absence of all objects. Based on these assumptions, the present research is based on the creation of a methodological tool for Design Thinking with a focus on Design for Sustainability, aimed at Design professionals, researchers and students. For the beaconing and focused approach of the theme in the area of Design, three key concepts will be related, the one of Artifact, in this case in particular considering the objects that inhabit our daily life, the philosophy present in Kintsugi technique, which consists in the art of resurrect a damaged artifact that is “healed” and finally the Emptiness, that is here considered in the emotions and memories contained in the artifacts that through the art of Kintsugi, communicate these new and old memories. Starting from these assumptions will be created an application of these concepts in the form of a Design tool that intends not only to promote the increase of the life cycle of utilitarian objects, but also aims to create more sustainable services. In the particular case of utilitarian objects, it is intended that these even after their apparent “death” may still have a continuity in this way, avoiding the current tendency that promotes the proliferation of programmed obsolescence. This research also intends to develop a reflection on the notion of the product life cycle and to explore possible solutions that encourage the reuse / reinvention of artifacts whose main purpose is compromised by the time / use, thus giving them a new life , and thus attributing to the object characteristics that place it within the scope of Emotional Design (object persona) and at the same time in the field of a production and use of resources in a sustainable and weighted way in which the environmental effort expended in its production is equivalent to its life cycle, thus promoting the updating of its components rather than the production of a new product. |
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