Nota Introdutória : necessitamos realmente de Metodologias Qualitativas na Investigação em Educação?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, António Pedro
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Souza, Francislê Neri de, Reis, Luís Paulo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/6542
Resumo: Embora antropólogos e sociólogos usem os métodos qualitativos há mais de 100 anos, e os teólogos ainda há mais tempo, as primeiras investigações no campo da educação foram essencialmente uma “imitação” das ciências naturais e da psicologia (Bogdan & Biklen, 1994; Lichtman, 2013). Por isso, as primeiras abordagens investigativas em educação tentaram ser de natureza quantitativa, implicando testes de hipóteses e preocupação com análises e generalizações estatísticas. Este cenário foi predominante até à década de 1980 quando os antropólogos começaram a investigar na área de educação de forma mais sistemática. Nesta época surgem, por exemplo, investigadores como Lincoln & Guba (1985) que sugerem que os estudos em educação deveriam ser conduzidos em contextos mais naturais em vez de laboratórios ou em experiências com tentativa de controlo de variáveis. Estes autores referiam-se a estas investigações como sendo “naturalistas” ou “construtivistas”, sendo mais tarde estas designações substituídas por termos como “etnografia” e “fenomenologia” (Neri de Souza, 2006, p.145).
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