Variação clínica indesejada no parto no SNS português : o papel da oferta
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/9358 |
Resumo: | RESUMO - A variação clínica indesejada é um problema global que atinge os diversos sistemas de saúde. Vários autores relacionaram as instituições de saúde e suas características (a oferta) com as decisões clínicas, originando variação clínica entre prestadores de cuidados de saúde. Este estudo procurou identificar a existência de variação clínica indesejada nos nascimentos assistidos no SNS entre 2002 e 2009. É conhecido que uma taxa elevada de cesarianas é prejudicial para as mães e crianças. Neste sentido, procurou analisar-se a variação na percentagem de cesarianas realizadas por hospital do SNS e a influência do número de profissionais nestes valores. A metodologia utilizada foi a análise de fontes de informação que incluíram a caracterização dos internamentos e o número e especialidade dos profissionais de saúde no SNS português. Os resultados permitem afirmar que existe de variação clínica indesejada nos nascimentos no SNS, nomeadamente: (1) a percentagem de cesarianas realizada por hospital varia entre 19,78% e 40,09%; (2) o número de médicos obstetras varia entre os hospitais do SNS, entre 2,1 e 31,1 por 1000 partos; (3) o número de enfermeiros obstetras varia entre 3,8 e 50,7 por 1000 partos; (4) o número médio de dias internamento da mulher é 1,54 dias mais curto nos partos vaginais, que nos partos por cesariana, e 1 dia para o tempo mediano; (5) o tempo mediano de internamento da mulher submetida a cesariana é mais curto nos hospitais que realizam mais este procedimento; (6) não existe relação entre a idade da mãe e a percentagem de cesarianas; (7) nem do número de profissionais de saúde ajustado por 1000 partos; (8) não é possível identificar alterações significativas na percentagem de cesarianas entre hospitais universitários e não universitários. |
id |
RCAP_bfec5b9b29f26f0b16f08cbf95beec25 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:run.unl.pt:10362/9358 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Variação clínica indesejada no parto no SNS português : o papel da ofertavariação clínicaprofissionais de saúdepartocesarianaUnwarranted clinical variationhealth professionalsdeliverycesarean section (C-section)RESUMO - A variação clínica indesejada é um problema global que atinge os diversos sistemas de saúde. Vários autores relacionaram as instituições de saúde e suas características (a oferta) com as decisões clínicas, originando variação clínica entre prestadores de cuidados de saúde. Este estudo procurou identificar a existência de variação clínica indesejada nos nascimentos assistidos no SNS entre 2002 e 2009. É conhecido que uma taxa elevada de cesarianas é prejudicial para as mães e crianças. Neste sentido, procurou analisar-se a variação na percentagem de cesarianas realizadas por hospital do SNS e a influência do número de profissionais nestes valores. A metodologia utilizada foi a análise de fontes de informação que incluíram a caracterização dos internamentos e o número e especialidade dos profissionais de saúde no SNS português. Os resultados permitem afirmar que existe de variação clínica indesejada nos nascimentos no SNS, nomeadamente: (1) a percentagem de cesarianas realizada por hospital varia entre 19,78% e 40,09%; (2) o número de médicos obstetras varia entre os hospitais do SNS, entre 2,1 e 31,1 por 1000 partos; (3) o número de enfermeiros obstetras varia entre 3,8 e 50,7 por 1000 partos; (4) o número médio de dias internamento da mulher é 1,54 dias mais curto nos partos vaginais, que nos partos por cesariana, e 1 dia para o tempo mediano; (5) o tempo mediano de internamento da mulher submetida a cesariana é mais curto nos hospitais que realizam mais este procedimento; (6) não existe relação entre a idade da mãe e a percentagem de cesarianas; (7) nem do número de profissionais de saúde ajustado por 1000 partos; (8) não é possível identificar alterações significativas na percentagem de cesarianas entre hospitais universitários e não universitários.ABSTRACT - Unwarranted clinical variation is a global problem that affects several health systems. Several authors have related health institutions and their characteristics (supply) with clinical decisions, leading to clinical variation between providers of health care. This study sought to identify the existence of unwarranted clinical variation in assisted births in the Portuguese NHS between 2002 and 2009. It is known that a high rate of C-section is harmful for mothers and children. In this sense we analyzed the percentage of cesarean sections performed by the NHS hospitals and the influence of the number of professionals in these values. The methodology used was the analysis of information sources that included the characterization of admissions and the number and specialty of health professionals in the Portuguese NHS. The results confirm that there is unwarranted variation in births assisted in the NHS, such as: (1) the percentage of C-sections performed per hospital varies between 19.78% and 40.09%; (2) the number of obstetricians varies between NHS hospitals, between 2.1 and 31.1 per 1000 births; (3) the number of obstetric nurses varies between 3.8 and 50.7 per 1000 births; (4) the average number of inpatient days for the woman is 1,54 shorter in the vaginal deliveries when compared to C-sections, and one day for the median length of stay; (5) The hospital length of stay of women who have performed a C-section is shorter in hospitals that perform more this procedure; (6) no relation have been found between maternal age and the percentage of C-sections; (7) nor with the number of health workers adjusted per 1000 births; (8) is not possible to identify significant changes in the rate of C-Sections deliveries among non-university and university hospitals.Universidade Nova de Lisboa. Escola Nacional de Saúde PúblicaNunes, CarlaRUNFernandes, Raul Miguel Pires2013-04-18T13:38:15Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/9358porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T03:42:23Zoai:run.unl.pt:10362/9358Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:18:43.963815Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Variação clínica indesejada no parto no SNS português : o papel da oferta |
title |
Variação clínica indesejada no parto no SNS português : o papel da oferta |
spellingShingle |
Variação clínica indesejada no parto no SNS português : o papel da oferta Fernandes, Raul Miguel Pires variação clínica profissionais de saúde parto cesariana Unwarranted clinical variation health professionals delivery cesarean section (C-section) |
title_short |
Variação clínica indesejada no parto no SNS português : o papel da oferta |
title_full |
Variação clínica indesejada no parto no SNS português : o papel da oferta |
title_fullStr |
Variação clínica indesejada no parto no SNS português : o papel da oferta |
title_full_unstemmed |
Variação clínica indesejada no parto no SNS português : o papel da oferta |
title_sort |
Variação clínica indesejada no parto no SNS português : o papel da oferta |
author |
Fernandes, Raul Miguel Pires |
author_facet |
Fernandes, Raul Miguel Pires |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Nunes, Carla RUN |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fernandes, Raul Miguel Pires |
dc.subject.por.fl_str_mv |
variação clínica profissionais de saúde parto cesariana Unwarranted clinical variation health professionals delivery cesarean section (C-section) |
topic |
variação clínica profissionais de saúde parto cesariana Unwarranted clinical variation health professionals delivery cesarean section (C-section) |
description |
RESUMO - A variação clínica indesejada é um problema global que atinge os diversos sistemas de saúde. Vários autores relacionaram as instituições de saúde e suas características (a oferta) com as decisões clínicas, originando variação clínica entre prestadores de cuidados de saúde. Este estudo procurou identificar a existência de variação clínica indesejada nos nascimentos assistidos no SNS entre 2002 e 2009. É conhecido que uma taxa elevada de cesarianas é prejudicial para as mães e crianças. Neste sentido, procurou analisar-se a variação na percentagem de cesarianas realizadas por hospital do SNS e a influência do número de profissionais nestes valores. A metodologia utilizada foi a análise de fontes de informação que incluíram a caracterização dos internamentos e o número e especialidade dos profissionais de saúde no SNS português. Os resultados permitem afirmar que existe de variação clínica indesejada nos nascimentos no SNS, nomeadamente: (1) a percentagem de cesarianas realizada por hospital varia entre 19,78% e 40,09%; (2) o número de médicos obstetras varia entre os hospitais do SNS, entre 2,1 e 31,1 por 1000 partos; (3) o número de enfermeiros obstetras varia entre 3,8 e 50,7 por 1000 partos; (4) o número médio de dias internamento da mulher é 1,54 dias mais curto nos partos vaginais, que nos partos por cesariana, e 1 dia para o tempo mediano; (5) o tempo mediano de internamento da mulher submetida a cesariana é mais curto nos hospitais que realizam mais este procedimento; (6) não existe relação entre a idade da mãe e a percentagem de cesarianas; (7) nem do número de profissionais de saúde ajustado por 1000 partos; (8) não é possível identificar alterações significativas na percentagem de cesarianas entre hospitais universitários e não universitários. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012 2012-01-01T00:00:00Z 2013-04-18T13:38:15Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10362/9358 |
url |
http://hdl.handle.net/10362/9358 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Nova de Lisboa. Escola Nacional de Saúde Pública |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Nova de Lisboa. Escola Nacional de Saúde Pública |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137832675049472 |