Cárie dentária e comportamentos de saúde oral nas crianças do 1º Ano do 1º Ciclo do ACES Lisboa Norte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Tânia Margarida Dias
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/61411
Resumo: Introdução: A cárie dentária é uma doença com elevada prevalência nas crianças, sendo por isso importante a promoção para a saúde oral de forma precoce. Objetivos: 1) Determinar a prevalência e gravidade de cárie nas crianças com 6 anos de idade do 1º ano do 1º ciclo do ensino básico, que frequentavam escolas públicas do parque escolar do ACES Lisboa Norte (ano letivo 2022/23). 2) Descrever os comportamentos relacionados com a saúde oral. 3) Analisar a associação entre a cárie, os fatores sociodemográficos e os comportamentos de saúde oral. Materiais e métodos: Estudo epidemiológico observacional, analítico e transversal. Os dados sobre os comportamentos de saúde oral foram recolhidos através de um questionário aplicado às crianças. A observação intraoral das crianças recolheu dados relativos à cárie (índice cpod/CPOD), segundo os critérios da OMS. A análise estatística dos dados foi efetuada com os testes do Qui-quadrado, Mann Whitney e Kruskal-Wallis (α=0,05). Resultados: A amostra incluiu 536 crianças. A prevalência de cárie na dentição decídua foi 36,2% e o cpod médio de 1,5. Quanto à dentição permanente, a prevalência foi 5,4% e o valor médio de CPOD de 0,1. Em ambas as dentições mais de 80% dos dentes correspondia ao componente cariado. Mais de 66% das crianças escovava os dentes duas ou mais vezes por dia e 50,3% referiu não ingerir alimentos e/ou bebidas açucaradas todos os dias. Verificou-se uma associação positiva entre a cárie e a frequência de escovagem (p<0,001) e também com a ingestão de alimentos e/ou bebidas cariogénicas (p=0,03) e a freguesia da escola (p<0,001). Conclusões: A prevalência e gravidade de cárie revelaram valores bastante significativos, com a maioria dos dentes, quer na dentição decídua e permanente, a necessitarem de tratamento. Devem continuar a ser desenvolvidas estratégias e atividades de promoção da saúde oral na população de modo a melhorar os seus indicadores de saúde oral.
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