Supervisão Clínica como contributo para a otimização das capacidades de Inteligência emocional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo, Susana Escudeiro
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/43697
Resumo: A Supervisão Clínica em Enfermagem é uma área que se tem vindo a desenvolver nos últimos anos, centrando-se em áreas sensíveis dos cuidados, nomeadamente na segurança e qualidade, no desenvolvimento de competências e no suporte aos enfermeiros. O desenvolvimento das competências emocionais é fundamental para gerir emocionalmente as situações da prática dos cuidados de enfermagem. Os processos supervisivos e as estratégias de supervisão devem direcionar-se para o desenvolvimento das capacidades de Inteligência Emocional (IE) de forma a promover um bom ambiente de trabalho, melhorando a qualidade dos cuidados e eficiência através do colmatar das necessidades sentidas. Inserido no projeto SafeCare, é um estudo descritivo e exploratório, com uma amostra intencional constituída por 47 enfermeiros de um hospital do norte de Portugal. Para dar resposta à questão: Quais as necessidades em supervisão clínica para o desenvolvimento de capacidades de inteligência emocional dos enfermeiros? utilizou-se como instrumento a “Escala de Capacidades de Inteligência Emocional em Enfermeiros” validada para a população portuguesa por Vilela (2006), atualmente designada de “Escala Veiga Branco de Competência Emocional”. Dos resultados é evidente que os enfermeiros do contexto cirúrgico possuem capacidades moderadas de inteligência emocional. Relativamente às dimensões, os enfermeiros apresentam valores moderados a altos para as dimensões automotivação, autoconsciência e empatia e valores moderados para as dimensões gestão de emoções e a gestão de relacionamentos em grupo. Enfermeiros mais novos, com menor tempo de exercício na profissão, sem formação em supervisão clínica apresentam valores mais elevados para a dimensão gestão das emoções. Enfermeiros do sexo masculino apresentam valores mais altos para a dimensão automotivação e enfermeiros sem experiência como supervisado apresentam valores mais altos para as dimensões autoconsciência, empatia e gestão de relacionamentos em grupo. Todas as dimensões das capacidades de IE devem ser trabalhadas nas sessões de supervisão uma vez que apresentam valores moderados, dando especial atenção às dimensões Gestão de emoções e Gestão de relacionamentos em grupo, por apresentarem valores mais próximos do ponto de corte. Como estratégias de supervisão a ser usadas evidenciam-se: feedback, formação contínua, análise critico reflexiva das práticas, supervisão à distância, análise e documentação de cuidados de enfermagem, sessões de supervisão individuais e apoio. A IE pode ser desenvolvida e aprendida em qualquer momento e as estratégias mais recomendadas para desenvolver a IE deverão ser aquelas que melhor promovem a consciencialização e o crescimento pessoal através de mecanismos ou ferramentas de suporte, de que é exemplo a Supervisão Clínica.
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Os processos supervisivos e as estratégias de supervisão devem direcionar-se para o desenvolvimento das capacidades de Inteligência Emocional (IE) de forma a promover um bom ambiente de trabalho, melhorando a qualidade dos cuidados e eficiência através do colmatar das necessidades sentidas. Inserido no projeto SafeCare, é um estudo descritivo e exploratório, com uma amostra intencional constituída por 47 enfermeiros de um hospital do norte de Portugal. Para dar resposta à questão: Quais as necessidades em supervisão clínica para o desenvolvimento de capacidades de inteligência emocional dos enfermeiros? utilizou-se como instrumento a “Escala de Capacidades de Inteligência Emocional em Enfermeiros” validada para a população portuguesa por Vilela (2006), atualmente designada de “Escala Veiga Branco de Competência Emocional”. Dos resultados é evidente que os enfermeiros do contexto cirúrgico possuem capacidades moderadas de inteligência emocional. Relativamente às dimensões, os enfermeiros apresentam valores moderados a altos para as dimensões automotivação, autoconsciência e empatia e valores moderados para as dimensões gestão de emoções e a gestão de relacionamentos em grupo. Enfermeiros mais novos, com menor tempo de exercício na profissão, sem formação em supervisão clínica apresentam valores mais elevados para a dimensão gestão das emoções. Enfermeiros do sexo masculino apresentam valores mais altos para a dimensão automotivação e enfermeiros sem experiência como supervisado apresentam valores mais altos para as dimensões autoconsciência, empatia e gestão de relacionamentos em grupo. Todas as dimensões das capacidades de IE devem ser trabalhadas nas sessões de supervisão uma vez que apresentam valores moderados, dando especial atenção às dimensões Gestão de emoções e Gestão de relacionamentos em grupo, por apresentarem valores mais próximos do ponto de corte. Como estratégias de supervisão a ser usadas evidenciam-se: feedback, formação contínua, análise critico reflexiva das práticas, supervisão à distância, análise e documentação de cuidados de enfermagem, sessões de supervisão individuais e apoio. A IE pode ser desenvolvida e aprendida em qualquer momento e as estratégias mais recomendadas para desenvolver a IE deverão ser aquelas que melhor promovem a consciencialização e o crescimento pessoal através de mecanismos ou ferramentas de suporte, de que é exemplo a Supervisão Clínica.Clinical Supervision in Nursing is an area that has been developing in recent years, focusing on sensitive areas of care, namely safety and quality, skills development and support for nurses. The development of emotional skills is essential to emotionally manage the situations of the nursing care practice. Supervision processes and supervision strategies should be directed towards the development of Emotional Intelligence (EI) capabilities in order to promote a good working environment, improving the quality of care and efficiency by meeting the needs felt. Inserted in the SafeCare project, this is a descriptive and exploratory study, with an intentional sample consisting of 47 nurses from a hospital in northern Portugal. To answer the question: What are the needs in clinical supervision for the development of nurses' emotional intelligence capabilities?”; The “Scale of Emotional Intelligence Capabilities in Nurses” validated for the Portuguese population by Vilela (2006) was used as an instrument, currently called the “Veiga Branco Scale of Emotional Competence”. From the results it is evident that nurses in the surgical context have moderate emotional intelligence capabilities. Regarding the dimensions, nurses show moderate to high values for the dimensions self-motivation, self-awareness and empathy; and moderate values for the dimensions of emotion management and group relationships management. Younger nurses, with less time in the profession, without training in clinical supervision, present higher values for the emotion management dimension. Male nurses have higher values for the self-motivation dimension and nurses with no experience as supervised have higher values for the dimensions self-awareness, empathy and group relationship management. All dimensions of EI skills should be worked on in supervision sessions since they present moderate values, giving special attention to the dimensions Emotions management and Group relationship management, because they present values closer to the cut-off point. As supervision strategies to be used, the following are evident: feedback, continuous formation, critical reflective analysis of practices, distance supervision, analysis and documentation of nursing care, individual supervision sessions and support. The EI can be developed and learned at any time and the most recommended strategies to develop EI should be those that best promote awareness and personal growth through support mechanisms or tools, such as Clinical Supervision.Barroso, Cristina MariaRepositório ComumMelo, Susana Escudeiro2023-02-07T15:47:44Z2022-122022-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/43697TID:203200179porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-02-09T07:00:14Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/43697Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:46:17.932756Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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