Educação inclusiva no ensino fundamental II do sistema organizacional modular de ensino do estado do Amapá

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Ricardo Viana e
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/10399
Resumo: O presente estudo faz parte de uma pesquisa aplicada a um grupo de 75 professores pertencentes ao quadro do Sistema Organizacional Modular de Ensino – SOME, no estado do Amapá em 2020. Optou-se por uma pesquisa de natureza quantitativa construtivista que utilizou como instrumento de coleta de dados o inquérito por questionário. O mesmo evidenciou que a escassez de recursos no SOME, ocasiona um ensino deficitário, mas ainda assim, humanizado e inerente a realidade das comunidades; há também necessidades urgentes de reformas estruturais (adequadas ao clima) em salas de aulas e nos alojamentos onde os professores residirão temporariamente. Percebeu-se ainda, uma certa deficiência na formação inicial e continuada aos professores em relação à Educação Especial e Inclusiva. Existe inadimplência em boa parte dos caixas escolares, o que gera falta de recursos materiais necessários ao bom funcionamento das escolas. Em relação às práticas pedagógicas no contexto do SOME, observou-se que as dificuldades sentidas pelos alunos, estão relacionadas a grande maioria das escolas apresentarem instalações precárias, livros didáticos descontextualizados e por vezes, falta de merenda escolar regionalizada. A internet com boa conexão na rede escolar rural como recurso auxiliar em salas de aula é uma realidade existente em pouquíssimas escolas. Em relação à infraestrutura escolar o maior problema enfrentado é a ausência de salas de atendimento do AEE e laboratórios equipados. Quanto ao processo de inclusão no contexto do SOME, ocorre através da identificação das potencialidades de cada aluno com NEE, aliado ao conhecimento empírico dos professores comprometidos no processo. 69% dos professores mencionam que estão a realizar as adaptações curriculares necessárias a realidade dos alunos, porém ainda há quem não as realize justificando a falta de conhecimentos específicos em Educação Especial e Inclusão. E por unanimidade, os profissionais inquiridos acreditam que, o desenvolvimento de habilidades e competências, bem estar emocional, equilíbrio pessoal dos alunos com e sem NEE, são fatores preponderantes que contribuem para uma Educação Inclusiva para todos. Possibilitando aos alunos a capacidade de relacionar-se com o meio sociocultural e familiar e conscientizar-se de que todos são capazes, dentro das suas limitações no livre exercício de sua cidadania.
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O mesmo evidenciou que a escassez de recursos no SOME, ocasiona um ensino deficitário, mas ainda assim, humanizado e inerente a realidade das comunidades; há também necessidades urgentes de reformas estruturais (adequadas ao clima) em salas de aulas e nos alojamentos onde os professores residirão temporariamente. Percebeu-se ainda, uma certa deficiência na formação inicial e continuada aos professores em relação à Educação Especial e Inclusiva. Existe inadimplência em boa parte dos caixas escolares, o que gera falta de recursos materiais necessários ao bom funcionamento das escolas. Em relação às práticas pedagógicas no contexto do SOME, observou-se que as dificuldades sentidas pelos alunos, estão relacionadas a grande maioria das escolas apresentarem instalações precárias, livros didáticos descontextualizados e por vezes, falta de merenda escolar regionalizada. A internet com boa conexão na rede escolar rural como recurso auxiliar em salas de aula é uma realidade existente em pouquíssimas escolas. Em relação à infraestrutura escolar o maior problema enfrentado é a ausência de salas de atendimento do AEE e laboratórios equipados. Quanto ao processo de inclusão no contexto do SOME, ocorre através da identificação das potencialidades de cada aluno com NEE, aliado ao conhecimento empírico dos professores comprometidos no processo. 69% dos professores mencionam que estão a realizar as adaptações curriculares necessárias a realidade dos alunos, porém ainda há quem não as realize justificando a falta de conhecimentos específicos em Educação Especial e Inclusão. E por unanimidade, os profissionais inquiridos acreditam que, o desenvolvimento de habilidades e competências, bem estar emocional, equilíbrio pessoal dos alunos com e sem NEE, são fatores preponderantes que contribuem para uma Educação Inclusiva para todos. Possibilitando aos alunos a capacidade de relacionar-se com o meio sociocultural e familiar e conscientizar-se de que todos são capazes, dentro das suas limitações no livre exercício de sua cidadania.This study is part of a research applied to a group of 75 teachers belonging to the framework of the Modular Organizational Teaching System - SOME, in the state of Amapá in 2020. We opted for a constructivist quantitative research that used the questionnaire survey as a data collection instrument. It showed that the scarcity of resources in SOME causes a deficient teaching, but still humanized and inherent to the reality of the communities; there is also an urgent need for structural reforms in classrooms and in accommodation where teachers will temporarily reside. There was also a certain deficiency in initial and continued training for teachers in relation to Special and Inclusive Education. There is a large part of the school boxes, which generates a lack of material resources necessary for the proper functioning of schools. Regarding pedagogical practices in the context of SOME, it was observed that the difficulties experienced by students are related to the vast majority of schools presented precarious facilities, decontextualized textbooks and sometimes lack of regionalized school meals. The internet with good connection in the rural school network as an auxiliary resource in classrooms is a reality existing in very few schools. In relation to school infrastructure, the biggest problem faced is the absence of ESA service rooms and equipped laboratories. As for the inclusion process in the context of SOME, it occurs through the identification of the potentialities of each student with SEN, combined with the empirical knowledge of the teachers committed in the process. 69% of teachers mention that they are making the curricular adaptations necessary to the reality of the students, but there are still those who did not notice justifying the lack of specific knowledge in Special Education and Inclusion. And unanimously, the professionals surveyed believe that the development of skills and competences, emotional well-being, personal balance of students with and without SEN, are preponderant factors that contribute to an Inclusive Education for all. Enabling students to relate to the sociocultural and family environment and to become aware that all are capable, within their limitations in the free exercise of their citizenship.Maia, Rui LeandroRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaSilva, Ricardo Viana e2021-11-02T11:58:46Z2021-09-232021-09-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/10399TID:202980464porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-05-16T02:01:31Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/10399Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:47:08.857555Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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