A capacitação dos utentes quanto aos rastreios médicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Ana Filipa Correia de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/31916
Resumo: Introdução: A prevenção em saúde criou grandes expectativas relativamente a alguns dos cuidados preventivos na população em geral. Objectivos: Avaliar a capacitação de utilizadores de unidades de saúde quanto à realização de rastreios médicos. Métodos: Aplicação de um questionário a uma amostra de conveniência de 400 indivíduos que, entre Julho e Agosto de 2014, frequentaram as quatro Unidades de Saúde do concelho de Viseu, envolvidas neste Projecto. As respostas obtidas foram estudadas em função da idade, género, toma regular de medicação, formação académica, actividade profissional e percepção da qualidade de saúde. Resultados: A amostra tem idades compreendidas entre os 18 e os 89 anos (média 50,7 ± 15,5 anos), 79,5% têm idade inferior a 65 anos, 67,5% são do género feminino, 64,8% consomem regularmente medicamentos, 68,3% têm uma formação académica média, 62,0% são profissionalmente activos e 51,5% avaliam a sua saúde como “razoável ou fraca”. Dos inquiridos, 93,8% aceitam a realização de um rastreio médico sempre que lhe é proposto e 87,8% julgam que essa participação permite saber que têm uma doença. Há maior aceitação dos rastreios médicos no género feminino (95,6%) e nos que qualificam a sua saúde como “razoável ou fraca” (96,6%). Nos inquiridos com grau de formação académica elevado há menor aceitação (11,8%). À questão “Julga que fazer um rastreio permite saber que tem uma doença?” os utentes da UCSP respondem negativamente numa percentagem mais elevada (16,9%). Existe diferença significativa entre as motivações de aceitação dos rastreios médicos e as variáveis grupo etário, toma regular de medicamentos, grau de formação académica e qualidade em saúde (p<0,001). Discussão e Conclusão: Há uma grande aceitação dos rastreios médicos. A maioria dos inquiridos julga que fazer um rastreio permite saber que tem uma doença. A realização de rastreios com o intuito de querer saber que está saudável salienta a falsa sensação de protecção e garantia de saúde perante um resultado falso negativo. O conhecimento sobre o impacto da promoção e educação para a saúde é ainda insuficiente, destacando-se a necessidade de capacitação dos utentes.
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Resultados: A amostra tem idades compreendidas entre os 18 e os 89 anos (média 50,7 ± 15,5 anos), 79,5% têm idade inferior a 65 anos, 67,5% são do género feminino, 64,8% consomem regularmente medicamentos, 68,3% têm uma formação académica média, 62,0% são profissionalmente activos e 51,5% avaliam a sua saúde como “razoável ou fraca”. Dos inquiridos, 93,8% aceitam a realização de um rastreio médico sempre que lhe é proposto e 87,8% julgam que essa participação permite saber que têm uma doença. Há maior aceitação dos rastreios médicos no género feminino (95,6%) e nos que qualificam a sua saúde como “razoável ou fraca” (96,6%). Nos inquiridos com grau de formação académica elevado há menor aceitação (11,8%). À questão “Julga que fazer um rastreio permite saber que tem uma doença?” os utentes da UCSP respondem negativamente numa percentagem mais elevada (16,9%). Existe diferença significativa entre as motivações de aceitação dos rastreios médicos e as variáveis grupo etário, toma regular de medicamentos, grau de formação académica e qualidade em saúde (p<0,001). Discussão e Conclusão: Há uma grande aceitação dos rastreios médicos. A maioria dos inquiridos julga que fazer um rastreio permite saber que tem uma doença. A realização de rastreios com o intuito de querer saber que está saudável salienta a falsa sensação de protecção e garantia de saúde perante um resultado falso negativo. O conhecimento sobre o impacto da promoção e educação para a saúde é ainda insuficiente, destacando-se a necessidade de capacitação dos utentes.Introduction: Health prevention has created great expectations relative to some preventive care, in the population in general. Objectives: Evaluate the capacity development of health care unit users insofar as to medical screenings. Methods: Use of a questionnaire on a convenience sample of 400 individuals that between July and August of 2014 attended the four Health Care Units of the council of Viseu involved in this Project. The responses obtained were studied taking into account age, gender, regular medication-taking, education, professional activity, and perception of quality of health. Results: The sample comprises individuals between the age of 18 and 89 (average age 50,7 ± 15,5), 79,5% are less than 65 years old, 67,5% are female, 64,8% take medication regularly, 68,3% have a mid-level education, 62,0% are professionally active, and 51,5% assess their health as being "reasonable or poor". 93,8% of the respondents accept a medical screening whenever one is proposed to them and 87,8% believe that taking part in them enables them to know if they have a disease. There is greater acceptance of medical screenings amongst females (95,6%) and amongst those that qualify their health as "reasonable or poor" (96,6%). Respondents with higher education levels are less accepting (11,8%) of screenings. As to the question "Do you believe that a screening allows detecting a disease?", a higher percentage of UCSP users provided a negative response (16,9%). There is a significant difference as to the motivations for accepting medical screenings among the age group, regular medication-taking, education level, and quality of health variables (p<0,001). Discussion and Conclusion: Medical screenings are widely accepted. The majority of respondents feel that medical screenings enable detecting a disease. Screenings carried out for the purpose of wanting to know one is healthy provide a false sensation of protection and guarantee of health given a false negative result. Knowledge of the impact of health promotion and education is still insufficient and there is a need to capacitate users.2014-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/31916http://hdl.handle.net/10316/31916TID:201628368porSousa, Ana Filipa Correia deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:43Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/31916Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:41.106122Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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