Promoção da saúde dos estudantes no ensino superior: saúde mental positiva e literacia em saúde mental em análise
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11960/2515 |
Resumo: | Introdução: O ingresso no ensino superior apresenta-se como uma transição múltipla, na vida dos estudantes a níveis que são entendidos como potenciadores de crises (Morais [et. al.], 2019). Neste sentido, a Promoção da Saúde revela-se essencial para que os estudantes sejam capazes de desenvolver competências para lidar com estes desafios na atualidade e como futuros profissionais. Objetivos: Avaliar a Saúde Mental Positiva (SM+) dos Estudantes do Ensino Superior (EES); avaliar o Conhecimento em Saúde Mental (CSM) dos EES; relacionar a SM+ dos EES com os aspetos socio-afetivos; relacionar o CSM dos EES com os aspetos socio-afetivos; correlacionar a SM+ e CSM dos EES; propor recomendações, no âmbito do estudo e setting de intervenção. Metodologia: Estudo transversal, analítico-correlacional e observacional com uma amostra de 183 EES. Os dados foram recolhidos entre dezembro de 2019 e março de 2020, através dos questionários online de caracterização sociodemográfica (Sequeira, Ferreira, Carvalho, Ribeiro e Pires, 2018); Questionário de Saúde Mental Positiva (QSM+) Sequeira [et. al.], 2014); Questionário de Conhecimento de Saúde Mental (QCSM) (Chaves, Sequeira e Duarte, 2019). Resultados: A maioria dos inquiridos é do sexo feminino (80,3%), estando 53% deslocados da sua residência familiar. Relativamente aos hábitos, mais de metade dos EES não estão satisfeitos com o seu sono (60,7%), 67,8% referem que não dormem as horas suficientes para a satisfação das suas necessidades, a maioria não pratica regularmente exercício físico (76,5%) e 28,4% considera não ter uma alimentação saudável. Ainda a referir que 46,4% assumem consumo de bebidas alcoólicas e 4,4% admite ainda o consumo de substância psicoativas ilícitas. Apesar da pontuação global obtida no QSM+ ser de 72 pontos, correspondendo a um nível alto de SM+, da análise pormenorizada dos resultados emerge um conjunto de aspetos preocupantes, a saber: 32,8% dos respondentes encontra-se no nível intermédio; 36,1% dos EES referem ter acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. Os estudantes do sexo feminino, os que consomem bebidas alcoólicas e/ou haxixe, heroína, cocaína, LSD apresentam pior SM+.O valor médio obtido pelos EES no QCSM é de 60,7+9,19, sugerindo valores diminuídos de conhecimentos em SM. Conclusões: Da evidência encontrada, realça-se a necessidade de (co)construir percursos formativos mais orientados para o desenvolvimento de competências socioemocionais através, quer do curriculum académico, quer da intervenção neste setting numa perspetiva salutogénica. Desafia-se assim a intervenção da Enfermagem Comunitária no âmbito da promoção da Saúde dos EES. |
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Promoção da saúde dos estudantes no ensino superior: saúde mental positiva e literacia em saúde mental em análiseSaúde mentalSaúde mental positivaLiteracia em saúde mentalEstudantes do ensino superiorMental healthPositive mental healthMental health literacyHigher education studentsIntrodução: O ingresso no ensino superior apresenta-se como uma transição múltipla, na vida dos estudantes a níveis que são entendidos como potenciadores de crises (Morais [et. al.], 2019). Neste sentido, a Promoção da Saúde revela-se essencial para que os estudantes sejam capazes de desenvolver competências para lidar com estes desafios na atualidade e como futuros profissionais. Objetivos: Avaliar a Saúde Mental Positiva (SM+) dos Estudantes do Ensino Superior (EES); avaliar o Conhecimento em Saúde Mental (CSM) dos EES; relacionar a SM+ dos EES com os aspetos socio-afetivos; relacionar o CSM dos EES com os aspetos socio-afetivos; correlacionar a SM+ e CSM dos EES; propor recomendações, no âmbito do estudo e setting de intervenção. Metodologia: Estudo transversal, analítico-correlacional e observacional com uma amostra de 183 EES. Os dados foram recolhidos entre dezembro de 2019 e março de 2020, através dos questionários online de caracterização sociodemográfica (Sequeira, Ferreira, Carvalho, Ribeiro e Pires, 2018); Questionário de Saúde Mental Positiva (QSM+) Sequeira [et. al.], 2014); Questionário de Conhecimento de Saúde Mental (QCSM) (Chaves, Sequeira e Duarte, 2019). Resultados: A maioria dos inquiridos é do sexo feminino (80,3%), estando 53% deslocados da sua residência familiar. Relativamente aos hábitos, mais de metade dos EES não estão satisfeitos com o seu sono (60,7%), 67,8% referem que não dormem as horas suficientes para a satisfação das suas necessidades, a maioria não pratica regularmente exercício físico (76,5%) e 28,4% considera não ter uma alimentação saudável. Ainda a referir que 46,4% assumem consumo de bebidas alcoólicas e 4,4% admite ainda o consumo de substância psicoativas ilícitas. Apesar da pontuação global obtida no QSM+ ser de 72 pontos, correspondendo a um nível alto de SM+, da análise pormenorizada dos resultados emerge um conjunto de aspetos preocupantes, a saber: 32,8% dos respondentes encontra-se no nível intermédio; 36,1% dos EES referem ter acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. Os estudantes do sexo feminino, os que consomem bebidas alcoólicas e/ou haxixe, heroína, cocaína, LSD apresentam pior SM+.O valor médio obtido pelos EES no QCSM é de 60,7+9,19, sugerindo valores diminuídos de conhecimentos em SM. Conclusões: Da evidência encontrada, realça-se a necessidade de (co)construir percursos formativos mais orientados para o desenvolvimento de competências socioemocionais através, quer do curriculum académico, quer da intervenção neste setting numa perspetiva salutogénica. Desafia-se assim a intervenção da Enfermagem Comunitária no âmbito da promoção da Saúde dos EES.Introduction: Admission to higher education presents itself as a multiple transition, in the lives of students at levels that are understood to be crisis enhancers (Morais [et. al.], 2019). In this sense, Health Promotion is essential for students to be able to develop skills to deal with these challenges and in the future as future professionals. Objective: To assess the Positive Mental Health of Higher Education Students (HES); to assess Mental Health knowledge of HES; to relate the Positive Mental Health of HES with the socio-affective aspects; to relate the Mental Health knowledge of HES with the socio-affective aspects; to correlate the Positive Mental Health and Mental Health knowledge of HES; to propose recommendations within the scope of the study and intervention setting. Methods: A cross-sectional, analytical-correlational, and observational study with a sample of 183 Higher Education Students. Data were collected between December 2019 and March 2020, using online sociodemographic questionnaires (Sequeira, Ferreira, Carvalho, Ribeiro e Pires, 2018); Positive Mental Health Questionnaire (Sequeira [et. al.], 2014); Mental Health Literacy Questionnaire (Chaves, Sequeira e Duarte, 2019). Results: The most respondents are female (80,3%), with 53% displaced from their family home. Regarding habits, more than half of the HES are not satisfied with their sleep (60,7%), 67,8% report that they do not sleep enough hours to satisfy their needs, most do not regularly exercise (76,5%) and 28,4% consider not having a healthy diet. Also, to mention that 46,4% assume consumption of alcoholic beverages and 4,4% still admit the consumption of illicit psychoactive substances. Although the overall score obtained in the Positive Mental Health Questionnaire is 72 points, corresponding to a high level of Positive Mental Health, from the detailed analysis of the results a number of worrying aspects emerge, namely: 32,8% of the respondents are at the intermediate level; 36,1% of the HES report having psychological or psychiatric monitoring. Female students, those who consume alcoholic beverages and/or hashish, heroin, cocaine, LSD have worse Positive Mental Health. The average value obtained by the HES in the Mental Health Literacy Questionnaire is 60,7+9,19, suggesting decreased values of knowledge in Mental Health. Conclusion: From the evidence found, there is a need to (co) build training paths more oriented towards the development of socio-emotional skills through both the academic curriculum and the intervention in this setting from a salutogenic perspective. In this way, the intervention of Community Nursing is challenged in the context of promoting the Health of the of HES.2021-05-05T16:11:52Z2021-01-07T00:00:00Z2021-01-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/2515TID:202719782porCunha, Márcia Isabel da Silva Costainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:43:22Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/2515Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:36.319623Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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