Transferência por traumatismo craniano na urgência pediátrica de um hospi tal de nível II – seis anos de experiência*
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2008.4557 |
Resumo: | Contexto: O traumatismo crânio-encefálico (TCE) grave é a causa principal de morte em crianças com mais de um ano de idade, nos países desenvolvidos. Objectivos: Conhecer as transferências por TCE para um Hospital de Nível III, identificar a etiologia, avaliar a gravidade clínica, as atitudes e a adequação destas às recomendações actuais e identificar factores de prognóstico. Métodos: Revisão casuística de 39 casos de transferência por TCE da Urgência Pediátrica (UP) dum Hospital de Nível II para um Hospital de Nível III, no período entre 2000 e 2005. Resultados: A média de idades foi 7 anos, variando entre os 3 meses e os 14 anos. A etiologia foi o acidente de viação em 20 (51%), a queda em 15 (39%) e a colisão com objectos em 4 (10%). Dividimos a amostra em dois grupos: Grupo I – 18 crianças transferidas para avaliação pela Neurocirurgia (NC); Grupo II – 21 crianças transferidas para a Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). Neste último grupo avaliámos a gravidade com base na Escala de Coma de Glasgow (ECG) à admis são: ECG 3-4 (muito grave) 6 crianças, ECG 5-8 (grave) 11 crianças e ECG 9-12 (moderado) 4 crianças. Das crianças com TCE muito grave, 5 foram entubadas no local do acidente; com TCE grave, apenas 1 foi entubada no local. Foram necessárias medidas de correcção de choque em todas as crianças com TCE muito grave e em duas crianças com TCE mode rado. A terapêutica anti-edematosa foi realizada em 67% das crianças. No grupo II foram registados 5 óbitos nas crianças com ECG 3-4 (5/6) e sequelas em 5 com ECG 5-8 (5/11). Conclusões: As atitudes foram, de um modo geral, de encontro às recomendações actuais. Identificou-se como pontos a melhorar a estabilização hemodinâmica e a manutenção da via aérea na fase pré-hospitalar. Foram factores de mau prognóstico a ECG 3-4, a hipóxia, a hipotensão e a ausência de reflexos pupilares. |
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