Aromatização e fortificação de azeites virgens - Análise da situação no mercado português

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lamas, Sandra
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/24709
Resumo: A aromatização e fortificação de azeites virgens é uma tendência em crescimento. Sendo que, os azeites aromatizados e fortificados podem apresentar algumas vantagens. No caso dos azeites aromatizados, podem contribuir para o enriquecimento das caraterísticas sensoriais, aumento do tempo de vida útil, incorporação de compostos com atividades biológicas, como por exemplo antioxidantes que contribuem para o aumento da resistência à oxidação. Como desvantagens da aromatização de azeites aponta-se o fato da adição de aromatizantes poder contribuir para mascarar defeitos sensoriais, e desta forma constituir uma fraude para o consumidor. Em termos sensoriais, o excesso de aromatizante pode tornar desagradável o sabor do azeite. Por sua vez a fortificação terá a vantagem de incorporar um determinado composto ou extrato com propriedades específicas, contribuindo desta forma para o enriquecimento biológico do azeite, mas também pode aumentar a turbidez e ter um aspeto menos agradável e sensorialmente menos apelativo para o consumidor. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a situação acerca dos azeites aromatizados comercializados no mercado nacional. Desse modo, realizou-se um levantamento das empresas que comercializam azeites aromatizados, obtendo 64 empresas, distribuídas por todo o território nacional, que no seu conjunto comercializam 226 referências diferentes de azeites aromatizados. A grande maioria das empresas comercializa entre três e quatro referências de azeites aromatizados. Do total das referências analisadas 154 são azeites aromatizados com um único agente, dos quais 46 % correspondem à aromatização com plantas aromáticas, maioritariamente alecrim e orégãos. Em azeites com combinações de dois ou mais agentes aromatizantes as plantas aromáticas, maioritariamente loureiro e especiarias, sobretudo pimentas, representam 68 %. Nos azeites analisados, a capacidade líquida das embalagens que predomina foi de 250 mL, enquanto que a técnica de aromatização mais utilizada pelas empresas com 71,7 % é a aromatização por contato permanente entre o azeite e o agente aromatizante. O número de azeites fortificados foi muito baixo. Desse modo, o mercado nacional de azeites aromatizados disponibiliza uma vasta gama de opções, desde vários agentes aromatizantes, diferentes capacidades líquidas, vários métodos de aromatização e diferentes embalagens.
id RCAP_c870f5eeeb9f9d7c57089d7a48207cd8
oai_identifier_str oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/24709
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Aromatização e fortificação de azeites virgens - Análise da situação no mercado portuguêsAzeite virgemAgentes aromatizantesAromatização por contatoCo-extraçãoFortificaçãoDomínio/Área Científica::Ciências Agrárias::Biotecnologia Agrária e AlimentarA aromatização e fortificação de azeites virgens é uma tendência em crescimento. Sendo que, os azeites aromatizados e fortificados podem apresentar algumas vantagens. No caso dos azeites aromatizados, podem contribuir para o enriquecimento das caraterísticas sensoriais, aumento do tempo de vida útil, incorporação de compostos com atividades biológicas, como por exemplo antioxidantes que contribuem para o aumento da resistência à oxidação. Como desvantagens da aromatização de azeites aponta-se o fato da adição de aromatizantes poder contribuir para mascarar defeitos sensoriais, e desta forma constituir uma fraude para o consumidor. Em termos sensoriais, o excesso de aromatizante pode tornar desagradável o sabor do azeite. Por sua vez a fortificação terá a vantagem de incorporar um determinado composto ou extrato com propriedades específicas, contribuindo desta forma para o enriquecimento biológico do azeite, mas também pode aumentar a turbidez e ter um aspeto menos agradável e sensorialmente menos apelativo para o consumidor. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a situação acerca dos azeites aromatizados comercializados no mercado nacional. Desse modo, realizou-se um levantamento das empresas que comercializam azeites aromatizados, obtendo 64 empresas, distribuídas por todo o território nacional, que no seu conjunto comercializam 226 referências diferentes de azeites aromatizados. A grande maioria das empresas comercializa entre três e quatro referências de azeites aromatizados. Do total das referências analisadas 154 são azeites aromatizados com um único agente, dos quais 46 % correspondem à aromatização com plantas aromáticas, maioritariamente alecrim e orégãos. Em azeites com combinações de dois ou mais agentes aromatizantes as plantas aromáticas, maioritariamente loureiro e especiarias, sobretudo pimentas, representam 68 %. Nos azeites analisados, a capacidade líquida das embalagens que predomina foi de 250 mL, enquanto que a técnica de aromatização mais utilizada pelas empresas com 71,7 % é a aromatização por contato permanente entre o azeite e o agente aromatizante. O número de azeites fortificados foi muito baixo. Desse modo, o mercado nacional de azeites aromatizados disponibiliza uma vasta gama de opções, desde vários agentes aromatizantes, diferentes capacidades líquidas, vários métodos de aromatização e diferentes embalagens.The aromatization and fortification of virgin olive oils is a growing trend. Being that, the flavored and fortified olive oils can present some advantages. In case of aromatized oils, they can contribute to enrichment of sensory characteristics, and to extend the shelf-life by the incorporation of compounds with biological activities, such as antioxidants that contribute to the increase the oxidation stability (or resistance to oxidation). The disadvantages of flavoring olive oils include the fact that the addition of flavorings can contribute to mask sensory defects, thus constituting a fraud for the consumer, and also the excess of flavoring, which can make olive oil unpleasant in terms of taste. In turn, fortification will have the advantage of incorporating a certain compound or extract with specific properties, thus contributing to the biological enrichment of olive oil, but it can also increase turbidity and have a less pleasant and sensory aspect less appealing to the consumer. Thus, this work aimed to evaluate the situation regarding of flavored oils sold in the national market. In this way, a survey was carried out of the companies that commercialize flavored oils, obtaining 64 companies, distributed throughout the national territory, which as a whole market 226 different references of flavored oils. The most majority of companies sell between three and four references of flavored oils. Of the total references analyzed, 154 are oils flavored with a single agent, which 46 % correspond to aromatization with aromatic plants, mainly rosemary and oregano. In oils with combinations of two or more flavoring agents, aromatic plants, mostly laurel and spices, especially peppers, represent 68 %. In the oils analyzed, the liquid capacity of the packages that predominates was 250 mL, while the aromatization technique most used by companies with 71.7 % is aromatization by permanent contact between the oil and the flavoring agent. The number of fortified oils was very low. Thus, the national market for flavored oils offers a wide range of options, from various flavoring agents, different liquid capacities, various flavoring methods and different packaging.Pereira, J.A.Rodrigues, NunoBiblioteca Digital do IPBLamas, Sandra2023-01-18T01:30:16Z202120202021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/24709TID:202886620porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:55:43Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/24709Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:15:39.856905Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Aromatização e fortificação de azeites virgens - Análise da situação no mercado português
title Aromatização e fortificação de azeites virgens - Análise da situação no mercado português
spellingShingle Aromatização e fortificação de azeites virgens - Análise da situação no mercado português
Lamas, Sandra
Azeite virgem
Agentes aromatizantes
Aromatização por contato
Co-extração
Fortificação
Domínio/Área Científica::Ciências Agrárias::Biotecnologia Agrária e Alimentar
title_short Aromatização e fortificação de azeites virgens - Análise da situação no mercado português
title_full Aromatização e fortificação de azeites virgens - Análise da situação no mercado português
title_fullStr Aromatização e fortificação de azeites virgens - Análise da situação no mercado português
title_full_unstemmed Aromatização e fortificação de azeites virgens - Análise da situação no mercado português
title_sort Aromatização e fortificação de azeites virgens - Análise da situação no mercado português
author Lamas, Sandra
author_facet Lamas, Sandra
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Pereira, J.A.
Rodrigues, Nuno
Biblioteca Digital do IPB
dc.contributor.author.fl_str_mv Lamas, Sandra
dc.subject.por.fl_str_mv Azeite virgem
Agentes aromatizantes
Aromatização por contato
Co-extração
Fortificação
Domínio/Área Científica::Ciências Agrárias::Biotecnologia Agrária e Alimentar
topic Azeite virgem
Agentes aromatizantes
Aromatização por contato
Co-extração
Fortificação
Domínio/Área Científica::Ciências Agrárias::Biotecnologia Agrária e Alimentar
description A aromatização e fortificação de azeites virgens é uma tendência em crescimento. Sendo que, os azeites aromatizados e fortificados podem apresentar algumas vantagens. No caso dos azeites aromatizados, podem contribuir para o enriquecimento das caraterísticas sensoriais, aumento do tempo de vida útil, incorporação de compostos com atividades biológicas, como por exemplo antioxidantes que contribuem para o aumento da resistência à oxidação. Como desvantagens da aromatização de azeites aponta-se o fato da adição de aromatizantes poder contribuir para mascarar defeitos sensoriais, e desta forma constituir uma fraude para o consumidor. Em termos sensoriais, o excesso de aromatizante pode tornar desagradável o sabor do azeite. Por sua vez a fortificação terá a vantagem de incorporar um determinado composto ou extrato com propriedades específicas, contribuindo desta forma para o enriquecimento biológico do azeite, mas também pode aumentar a turbidez e ter um aspeto menos agradável e sensorialmente menos apelativo para o consumidor. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a situação acerca dos azeites aromatizados comercializados no mercado nacional. Desse modo, realizou-se um levantamento das empresas que comercializam azeites aromatizados, obtendo 64 empresas, distribuídas por todo o território nacional, que no seu conjunto comercializam 226 referências diferentes de azeites aromatizados. A grande maioria das empresas comercializa entre três e quatro referências de azeites aromatizados. Do total das referências analisadas 154 são azeites aromatizados com um único agente, dos quais 46 % correspondem à aromatização com plantas aromáticas, maioritariamente alecrim e orégãos. Em azeites com combinações de dois ou mais agentes aromatizantes as plantas aromáticas, maioritariamente loureiro e especiarias, sobretudo pimentas, representam 68 %. Nos azeites analisados, a capacidade líquida das embalagens que predomina foi de 250 mL, enquanto que a técnica de aromatização mais utilizada pelas empresas com 71,7 % é a aromatização por contato permanente entre o azeite e o agente aromatizante. O número de azeites fortificados foi muito baixo. Desse modo, o mercado nacional de azeites aromatizados disponibiliza uma vasta gama de opções, desde vários agentes aromatizantes, diferentes capacidades líquidas, vários métodos de aromatização e diferentes embalagens.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020
2021
2021-01-01T00:00:00Z
2023-01-18T01:30:16Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10198/24709
TID:202886620
url http://hdl.handle.net/10198/24709
identifier_str_mv TID:202886620
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799135439698788352