Padrão de sono e factores de risco para privação de sono numa população pediátrica portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Crispim, João Núncio
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Reis Boto, Leonor, Saraiva de Melo, Isabel, Ferreira, Rosário
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2011.4226
Resumo: Introdução: O sono é essencial para o crescimento e desenvolvimento físico e psicomotor da criança. É objectivo do estudo caracterizar o padrão de sono de um grupo de crianças e identificar populações em risco de privação de sono. Métodos: Foi aplicado um questionário aos acompanhantes das crianças entre um e catorze anos de idade observadas consecutivamente num Centro de Saúde entre Maio de 2008 e Abril de 2009. Foram recolhidos dados sociodemográficos e relativos ao padrão de sono na semana e nas 24 horas precedentes. Resultados: Analisaram-se 269 questionários. A idade mediana das crianças foi de 4,9 anos, sendo 49,8% (134) do sexo masculino. Na semana precedente à aplicação do questionário, 3,0% (8) das crianças dormiram 6 a 8 horas, 55,7% (150) dormiram oito a dez horas, e 41,3% (111) mais de dez horas por dia. A mediana de horas de sono na véspera da aplicação do questionário foi 10,5 horas. Dormiram a sesta na véspera 45,4% (122) das crianças, com duração mediana de 2,0 horas. Nenhuma criança com seis ou mais anos dormiu sesta. A escolaridade da mãe apresentou correlação directa com as horas dormidas na semana precedente (p<0,01) e as horas dormidas na véspera (p<0,05), e correlação inversa com a hora de deitar (p<0,001). Conclusão: O número de horas de sono diárias foi inferior à de outras séries internacionais. A escolaridade e diferenciação profissional dos pais influencia o padrão de sono das crianças, constituindo as famílias menos diferenciadas grupos de risco para privação de sono. Estes dados permitem delinear estratégias de intervenção, que podem ser aplicadas quer ao nível das estruturas educativas e de apoio social, quer nos cuidados de saúde antecipatórios.
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