O negócio de intermediação no comércio eletrônico : a imputação da obrigação às plataformas de comércio eletrônico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carneiro, Daniel Carvalho
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/45837
Resumo: As descobertas tecnológicas e o desenvolvimento de novos meios de comunicação tornaram possível uma comunicação mais célere e efetiva entre as diversas localidades do globo terrestre, a despontar o comércio eletrônico como nova ferramenta de promoção célere de negócios, não mais adstrito às barreiras tempo-geográficas que tanto limitavam o comércio tradicional. Toda a despersonalização e desmaterialização dos contratos eletrônicos fez surgir um ambiente de predomínio de uma aparência de sons e imagens, a serem desenvolvidas as plataformas eletrônicas como novos estabelecimentos virtuais, identificados por uma marca própria, tudo a propiciar um local único de concentração de ofertas de produtos e serviços simultaneamente por vários pequenos comerciantes ou particulares. Muitas dessas plataformas online estão a verdadeiramente promover a celebração de novos contratos em seu próprio estabelecimento virtual, a deter um controle ativo de toda a atividade econômica desenvolvida. Nos moldes como a atividade é organizada nessas plataformas interativas, apesar de ter estado à frente de toda a atividade econômica desempenhada em seu estabelecimento digital, após a conclusão do contrato, vem o terceiro contraente ser surpreendido com uma realidade inteiramente diversa, no sentido de que o contrato teria sido celebrado diretamente com um usuário anteriormente não identificado, sem qualquer vinculação direta com a plataforma. A confiança despertada na forma como foi desempenhada essa atividade do comércio eletrônico exige uma tutela capaz de imputar eficazmente o negócio ao gestor do mercado virtual que sempre esteve à frente do comércio, a não surpreender os terceiros contraentes de boa-fé. A presente investigação é destinada à busca de um regime jurídico existente no ordenamento jurídico em vigor capaz de atender às necessidades de proteção das legítimas expectativas de todos aqueles atraídos por essa modalidade de comércio, a oferecer uma solução capaz de conciliar os interesses dos contraentes de boa-fé com a autonomia individual dos empreendedores.
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Toda a despersonalização e desmaterialização dos contratos eletrônicos fez surgir um ambiente de predomínio de uma aparência de sons e imagens, a serem desenvolvidas as plataformas eletrônicas como novos estabelecimentos virtuais, identificados por uma marca própria, tudo a propiciar um local único de concentração de ofertas de produtos e serviços simultaneamente por vários pequenos comerciantes ou particulares. Muitas dessas plataformas online estão a verdadeiramente promover a celebração de novos contratos em seu próprio estabelecimento virtual, a deter um controle ativo de toda a atividade econômica desenvolvida. Nos moldes como a atividade é organizada nessas plataformas interativas, apesar de ter estado à frente de toda a atividade econômica desempenhada em seu estabelecimento digital, após a conclusão do contrato, vem o terceiro contraente ser surpreendido com uma realidade inteiramente diversa, no sentido de que o contrato teria sido celebrado diretamente com um usuário anteriormente não identificado, sem qualquer vinculação direta com a plataforma. A confiança despertada na forma como foi desempenhada essa atividade do comércio eletrônico exige uma tutela capaz de imputar eficazmente o negócio ao gestor do mercado virtual que sempre esteve à frente do comércio, a não surpreender os terceiros contraentes de boa-fé. A presente investigação é destinada à busca de um regime jurídico existente no ordenamento jurídico em vigor capaz de atender às necessidades de proteção das legítimas expectativas de todos aqueles atraídos por essa modalidade de comércio, a oferecer uma solução capaz de conciliar os interesses dos contraentes de boa-fé com a autonomia individual dos empreendedores.Technological discoveries and the development of new media have made it possible for faster and more effective communication between the various parts of the globe, enabling the emergence of e-commerce as a new tool for rapid business promotion, no longer restricted to the time-geographical barriers that limited the traditional trade. All the depersonalization and dematerialization of electronic contracts gave rise to an environment of predominance of the appearance of sounds and images, to develop electronic platforms as new virtual establishments, identified by a private label, all providing a single place where products and services offerings can be concentrated simultaneously by several small traders or individuals. Many of these online platforms are truly promoting new contracts in their own virtual establishment, having active control of all economic activities developed. In terms of how the activity is organized on these interactive platforms, despite having been at the forefront of all the economic activity at his digital establishment, after the conclusion of the contract, the third contractor comes to be surprised by an entirely different reality, that the contract would have been entered into directly with a previously unidentified user, without any direct link to the platform. The trust that arose in the way this e-commerce activity was performed requires protection that can link the business to the virtual market manager who has always been ahead of commerce, so as not to surprise third parties in good faith. The present investigation aims at the adoption of an existing legal regime in the current legal system able to meet the needs of protecting the legitimate expectations of all those attracted by this trade, offering a solution capable of reconciling the interests of bona fide contractors with the individual autonomy of entrepreneurs.Leitão, Luís Manuel Teles de MenezesRepositório da Universidade de LisboaCarneiro, Daniel Carvalho2021-01-19T14:15:53Z2020-11-032020-11-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/45837porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:47:51Zoai:repositorio.ul.pt:10451/45837Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:58:09.726994Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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