Perceção do bem-estar sexual e qualidade de vida da mulher com incontinência urinária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freire, Raquel Carvalho Rodrigues
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Coutinho, Emília Carvalho, orient., Duarte, João Carvalho, co-orient.
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/1733
Resumo: Enquadramento: A incontinência urinária (UI) é um problema comum entre as mulheres de todas as idades, constitui um problema clínico major, e representa uma causa significativa de insatisfação sexual e deterioração da qualidade de vida (QDV). Objetivos: Avaliar a qualidade de vida das mulheres com IU; analisar em que medida as variáveis sociodemográficas, obstétricas e ginecológicas e os estilos de vida interferem com a QDV das mulheres com IU; analisar a influência do impacto e da valorização da IU na QDV das mulheres; determinar se a satisfação sexual influencia a QDV das mulheres com IU. Métodos: Optou-se por um estudo não experimental, de natureza quantitativa, do tipo descritivo-correlacional e explicativo. Para avaliar as variáveis em estudo, o instrumento de colheita de dados é constituído por um questionário (caracterização sociodemográfica, caracterização obstétrica e ginecológica, estilos de vida) e escalas [Escala do Impacto da Incontinência (ICIQ-SF Short Form), Valorização da Incontinência Urinária, Questionário de King’s Health Questionnaire (KHQ), Escala da Sexualidade]. O tipo de amostragem utilizado foi o não probabilístico por conveniência, constituído por 305 mulheres, utentes de um Centro de Saúde e de um Hospital da região centro do País , na faixa etária dos 29 aos 75 anos. Resultados: Na generalidade, as variáveis sociodemográficas, obstétricas e ginecológicas e os estilos de vida interferem na QDV das mulheres com IU; na amostra em estudo, há mulheres com uma QDV fraca e moderada, ainda que a maioria a tenha percecionado como elevada; a maioria das mulheres referiu que a IU tem impacto na sua vida, bem como apresentava incontinência urinária de esforço; maioritariamente, as mulheres não molham a cama, não perdem urina durante a relação sexual, não têm infeções urinárias, dores na bexiga, nem têm problemas relacionados com a perda de urina; a maioria das mulheres com uma QDV fraca e a maioria das mulheres com uma QDV moderada revelou uma sexualidade fraca, enquanto a maioria das mulheres com uma QDV elevada apresentou uma sexualidade alta; quanto maior o impacto da IU na mulher, mais elevada é a perceção de saúde; quantos mais filhos tiveram, mais idade e quanto maior é a incontinência de urgência, maior é a perceção da saúde; quanto maior o impacto da IU na mulher, mais elevado é o seu impacto na QDV; quanto maior a estima sexual, quanto maior é a incontinência de esforço, a preocupação sexual e o número de vezes que esteve grávida, maiores são as suas limitações e maior é o seu impacto na QDV; quanto maior a incontinência de esforço na mulher, mais elevadas são as limitações físicas; quanto maior o impacto na incontinência e maior a incontinência de urgência, maiores são as limitações físicas; quanto maior é a incontinência de esforço, a idade e o IMC mais elevadas são as limitações sociais nas mulheres. Inferiu-se que quanto maior é o impacto da IU, mais elevadas são as relações pessoais; quanto maior a incontinência de esforço, os anos de perda de urina e o total da sexualidade, mais afetada é a relação pessoal, mais afetadas estão as emoções, mais sonolência têm as mulheres, e maior é a deterioração da QDV. Conclusão: Concluiu-se que nas mulheres com IU estão afetados vários domínios da sua existência, o que interfere na sua QDV. Palavras-chave: Incontinência urinária; Mulher, Bem-Estar Sexual; Qualidade de Vida.
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Para avaliar as variáveis em estudo, o instrumento de colheita de dados é constituído por um questionário (caracterização sociodemográfica, caracterização obstétrica e ginecológica, estilos de vida) e escalas [Escala do Impacto da Incontinência (ICIQ-SF Short Form), Valorização da Incontinência Urinária, Questionário de King’s Health Questionnaire (KHQ), Escala da Sexualidade]. O tipo de amostragem utilizado foi o não probabilístico por conveniência, constituído por 305 mulheres, utentes de um Centro de Saúde e de um Hospital da região centro do País , na faixa etária dos 29 aos 75 anos. Resultados: Na generalidade, as variáveis sociodemográficas, obstétricas e ginecológicas e os estilos de vida interferem na QDV das mulheres com IU; na amostra em estudo, há mulheres com uma QDV fraca e moderada, ainda que a maioria a tenha percecionado como elevada; a maioria das mulheres referiu que a IU tem impacto na sua vida, bem como apresentava incontinência urinária de esforço; maioritariamente, as mulheres não molham a cama, não perdem urina durante a relação sexual, não têm infeções urinárias, dores na bexiga, nem têm problemas relacionados com a perda de urina; a maioria das mulheres com uma QDV fraca e a maioria das mulheres com uma QDV moderada revelou uma sexualidade fraca, enquanto a maioria das mulheres com uma QDV elevada apresentou uma sexualidade alta; quanto maior o impacto da IU na mulher, mais elevada é a perceção de saúde; quantos mais filhos tiveram, mais idade e quanto maior é a incontinência de urgência, maior é a perceção da saúde; quanto maior o impacto da IU na mulher, mais elevado é o seu impacto na QDV; quanto maior a estima sexual, quanto maior é a incontinência de esforço, a preocupação sexual e o número de vezes que esteve grávida, maiores são as suas limitações e maior é o seu impacto na QDV; quanto maior a incontinência de esforço na mulher, mais elevadas são as limitações físicas; quanto maior o impacto na incontinência e maior a incontinência de urgência, maiores são as limitações físicas; quanto maior é a incontinência de esforço, a idade e o IMC mais elevadas são as limitações sociais nas mulheres. Inferiu-se que quanto maior é o impacto da IU, mais elevadas são as relações pessoais; quanto maior a incontinência de esforço, os anos de perda de urina e o total da sexualidade, mais afetada é a relação pessoal, mais afetadas estão as emoções, mais sonolência têm as mulheres, e maior é a deterioração da QDV. Conclusão: Concluiu-se que nas mulheres com IU estão afetados vários domínios da sua existência, o que interfere na sua QDV. Palavras-chave: Incontinência urinária; Mulher, Bem-Estar Sexual; Qualidade de Vida.ABSTRACT Background: Urinary incontinence (UI) is a common problem among women of all ages, is a major clinical problem and represents a significant cause of sexual dissatisfaction and deterioration of quality of life (QOL). Objectives: To evaluate the quality of life of women with UI, analyze the extent to which sociodemographic, obstetric and gynecological and lifestyles interfere with the QOL of women with UI; analyze the influence of impact and recovery of UI on the women QOL; whether sexual satisfaction influences the QOL of women with UI. Methods: We chose a non-experimental, quantitative, descriptive-correlational and explanatory study. To assess the study variables, the data collection instrument consists of a questionnaire (sociodemographic, obstetric and gynecological characteristics, lifestyles) and scales [Scale of the Impact of Incontinence (ICIQ-SF Short Form), Valuing Urinary Incontinence, King's Health Questionnaire (KHQ), Scale of Sexuality]. For convenience the used sampling was not probabilistic, consisting of 305 women, users of a health center and a hospital in the central region of the country, ranging in age from 29 to 75 years. Results: In general, sociodemographic, obstetric and gynecological and lifestyle influence the QOL of women with UI; in the sample, there are women with a weak to moderate QOL, although most have it classified as high; mostly women had stress urinary incontinence and stated that UI has an impact on your life; mostly women do not wet the bed, do not lose urine during sexual intercourse, did not have urinary infections, bladder pain, or have problems related to the loss of urine; the majority of women with a poor QOL and most women with a moderate QOL showed a weak sexuality, while most women with a high QOL showed a high sexuality; the greater the impact of UI in women the higher is the perception of health; how many more children they had, the older they are and the higher is urgency incontinence, greater the perception of health; the greater the impact of UI in women, the higher its impact on QOL; the greater sexual esteem, the greater stress incontinence, the greater sexual concerns and the greater number of times that she was pregnant, the higher are its limitations and its impact on QOL; the greater the stress incontinence in women, the higher are physical limitations; the greater the impact on incontinence and the greater urgency incontinence, the higher are the physical limitations; the greater the stress incontinence, the age and BMI, the higher social women limitations. We infer that the greater the impact of UI, the higher the personal relationships; the greater stress incontinence, the years of leakage and total sexuality, most affected are the personal relationship and the emotions, more women had sleepiness, the higher the severity and the higher the deterioration in QOL.Conclusion: We concluded that in women with UI various areas of its existence are affected, which interferes with their QOL. Keywords: Urinary incontinence, Women, Sexual Wellness, Quality of Life.Instituto Politécnico de Viseu. Escola Superior de Saúde de ViseuRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuFreire, Raquel Carvalho RodriguesCoutinho, Emília Carvalho, orient.Duarte, João Carvalho, co-orient.2013-07-05T10:46:24Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/1733porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:25:03Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/1733Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:41:03.389848Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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