Criopreservação das células estaminais do sangue do cordão umbilical

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Franco, Carolina Rua
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/19817
Resumo: A célula estaminal caracteriza-se por ser uma célula indiferenciada com capacidade de proliferação e de diferenciação em células especializadas com diversas funções de acordo com o tecido ou órgão onde estão localizadas. Podem classificar-se quanto à sua origem ou potência de diferenciação. As células estaminais hematopoiéticas, devido às suas propriedades tem apresentado uma vasta gama de utilizações em múltiplas doenças e investigações face a outras estratégias terapêuticas. O sangue do cordão umbilical, pelo facto de ser rico nestas células, tem-se sobreposto a outras fontes e tem sido já aplicado em cerca de 80 patologias, como por exemplo, na anemia de Fanconi, na leucemia linfoblástica aguda e na síndrome de Hunter. O processo de criopreservação permite o armazenamento destas células por longos períodos de tempo até que sejam necessárias, não alterando as características e a viabilidade celular. Assim, inúmeros bancos, públicos e privados têm surgido em todo o mundo, tal como a BebéVida. No entanto, o potencial de cada amostra, avaliado por diversos parâmetros laboratoriais, pode ser influenciado por fatores neonatais e obstétricos, como o género e o tipo de parto, bem como pelo processamento aplicado para o isolamento destas células a partir do sangue. Portanto, este trabalho teve como objetivo entender o modo como todos estes indicadores podem afetar a qualidade da amostra criopreservada. Consoante o género observou-se diferenças significativas em parâmetros como no número total de células nucleadas inicial e na percentagem da taxa de recuperação. Pelo tipo de parto observou-se diferenças significativas no número total de células nucleadas iniciais e na percentagem do hematócrito inicial. Pela correlação entre os diversos parâmetros laboratoriais avaliados, antes e após o processamento, também se observaram que alguns estavam correlacionados, por exemplo o volume de sangue colhido e o número inicial de células nucleadas ou a taxa recuperação celular, o número inicial de células nucleadas, o número final de células nucleadas e o número de células expressas por CD34+. Pode concluir-se que apesar do género e do tipo de parto serem fatores extrínsecos ao processamento, estas podem afetar a qualidade da unidade a criopreservar. Contudo, esta também se encontra dependente do método empregue pelo laboratório e da eficiência de todo o processamento.
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