Cultura organizacional da família e sexualidade na adolescência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Grilo, Célia Maria Jesus Ferreira
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient., Duarte, João Carvalho, co-orient.
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/2052
Resumo: Enquadramento: A adolescência é uma etapa da vida que se caracteriza pela progressiva aquisição de autonomia e mudanças nas relações familiares, mas também muitas vezes por imaturidade emocional e susceptibilidade à influência de pares que facilmente podem resultar na adoção de comportamentos e atitudes considerados de risco para a sua integridade. Objectivos: Analisar as relações entre as variáveis sociodemográficas e de contexto sexual, a cultura organizacional da família e as atitudes adotadas pelos adolescentes face a sexualidade. Método: Estudo observacional descritivo correlacional, efetuado em corte transversal. A amostra não probabilística de 1216 adolescentes que frequentam o 9º ano em escolas públicas do interior centro de Portugal realizado no âmbito do projecto MISIJ –FCTFPTDC/ CPE-CED/103313/2008. Foi aplicado o questionário sobre a caraterização sociodemográfica e de contexto sexual; o inventário da cultura organizacional da família de Nave (2007) e a escala de atitudes face à sexualidade de Nelas et al (2010). Resultados: A maioria (54.77%) é do sexo feminino e (45.23%) do sexo masculino, entre 14 e 18 anos. A média de idades foi de 14.69 anos; a maioria reside em aldeia (48.8%). 12.6% já iniciaram relações sexuais; entre os 10 e os 18 anos com média de 13,83 anos, os rapazes (15.1%) mais do que as raparigas (10.5%). Dos que fazem contraceção 39.4% são do sexo feminino e 60.6 % são do sexo masculino; 12,9% os rapazes não utilizam o preservativo em todas as relações, e o mesmo se verifica para 17,8% das raparigas. A maioria (48.1%) apresenta atitudes favoráveis face à sexualidade e 24.9% revelou atitudes desfavoráveis. Os rapazes (53.7%) apresentam atitudes mais favoráveis face à sexualidade no global do que as raparigas (46.3%), (X2=36.348, p=0.000 Existem diferenças estatisticamente significativas entre o sexo (p=0.000), a idade (p=0.004), a cultura organizacional da família (p<0.005), o diálogo sobre sexualidade com professores (p=0.000), com profissionais de saúde (p=0.000), e as atitudes dos adolescentes face à sexualidade. Conclusão: Família e sociedade devem assumir a importância da sexualidade como factor de equilíbrio do ser humano ao longo da vida e criar modelos de saúde e espaços de confiança que sustentem a educação sexual das crianças e adolescentes, tornando-os mais empoderados, saudáveis e felizes. PALAVRAS-CHAVE: adolescência, família, sexualidade, atitudes.
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A amostra não probabilística de 1216 adolescentes que frequentam o 9º ano em escolas públicas do interior centro de Portugal realizado no âmbito do projecto MISIJ –FCTFPTDC/ CPE-CED/103313/2008. Foi aplicado o questionário sobre a caraterização sociodemográfica e de contexto sexual; o inventário da cultura organizacional da família de Nave (2007) e a escala de atitudes face à sexualidade de Nelas et al (2010). Resultados: A maioria (54.77%) é do sexo feminino e (45.23%) do sexo masculino, entre 14 e 18 anos. A média de idades foi de 14.69 anos; a maioria reside em aldeia (48.8%). 12.6% já iniciaram relações sexuais; entre os 10 e os 18 anos com média de 13,83 anos, os rapazes (15.1%) mais do que as raparigas (10.5%). Dos que fazem contraceção 39.4% são do sexo feminino e 60.6 % são do sexo masculino; 12,9% os rapazes não utilizam o preservativo em todas as relações, e o mesmo se verifica para 17,8% das raparigas. A maioria (48.1%) apresenta atitudes favoráveis face à sexualidade e 24.9% revelou atitudes desfavoráveis. Os rapazes (53.7%) apresentam atitudes mais favoráveis face à sexualidade no global do que as raparigas (46.3%), (X2=36.348, p=0.000 Existem diferenças estatisticamente significativas entre o sexo (p=0.000), a idade (p=0.004), a cultura organizacional da família (p<0.005), o diálogo sobre sexualidade com professores (p=0.000), com profissionais de saúde (p=0.000), e as atitudes dos adolescentes face à sexualidade. Conclusão: Família e sociedade devem assumir a importância da sexualidade como factor de equilíbrio do ser humano ao longo da vida e criar modelos de saúde e espaços de confiança que sustentem a educação sexual das crianças e adolescentes, tornando-os mais empoderados, saudáveis e felizes. PALAVRAS-CHAVE: adolescência, família, sexualidade, atitudes.ABSTRACT Background: Adolescence is a stage of life characterized by the progressive acquisition of autonomy and changes in family relationships, but also often by emotional immaturity and susceptibility to peer influence that can easily result in the adoption of behaviors and attitudes considered a risk for adolescents’ integrity. Objectives: To analyze the relationship between sociodemographic variables, of sexual context and organizational culture of the family and the attitudes adopted by adolescents facing sexuality. Method: Observational descriptive and correlational, transversal study. The non-probabilistic convenience sample consists of 1216 adolescents attending the 9th year of study in public schools in the inner center of Portugal and is part of the project MISIJ -FCTF-PTDC/CPECED/ 103313/2008. The questionnaire applied was on sociodemographic characterization and sexual context, the family organizational culture of Nave (2007) and the scale of attitudes towards sexuality of Nelas et al (2010). Results: The majority (54.77%) are female and (45.23%) male, between 14 and 18 years. The average age was 14.69 years, they mostly reside in village (48.8%). 12.6% have initiated sex relations; between 10 and 18 years with an average of 13.83 years, boys (15.1%) more than girls (10.5%). Those who use contraception 39.4% are female and 60.6% were male; 12.9% boys do not use condoms in all relationships, and the same applies to 17.8% of girls. The majority (48.1%) had favorable attitudes towards sexuality and 24.9% showed unfavorable attitudes. Boys (53.7%) have more favorable attitudes towards sexuality in global than girls (46.3%) (X2 = 36,348, p = 0.000). There are statistically significant differences between sex (p=0.000), age (p=0.004), family organizational culture(p<0.005), speaking about sexuality with teachers (p=0.000), with health professionals (p=0.000) and attitudes of adolescents towards sexuality. Conclusion: Family and society should take the importance of sexuality as a balancing factor of human beings throughout life and create health models and spaces of trust to support sex education for children and adolescents, making them more empowered, healthy and happy. KEYWORDS: adolescents, family, sexuality, attitudes.Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de ViseuRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuGrilo, Célia Maria Jesus FerreiraFerreira, Manuela Maria Conceição, orient.Duarte, João Carvalho, co-orient.2014-04-01T07:26:41Z20132013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/2052TID:201203413porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:25:21Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/2052Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:41:19.564646Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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