Estudo das relações entre as estratégias de self-handicapping, autoestima, autoeficácia e o rendimento académico: um estudo com alunos do ensino superior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mena, Raquel Oneida Sepúlveda
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.13/2700
Resumo: Alguns estudos realçam que os alunos mais motivados são aqueles que apresentam perceções positivas de autoeficácia, são mais autorregulados nas suas aprendizagens e obtêm maior sucesso académico. Por outro lado, alguns indivíduos sentem-se inseguros com as suas capacidades e no momento de realizarem as suas atividades académicas apresentam comportamentos de evitamento ou fuga, porque antecipam dificuldades nas tarefas ou manifestam perceções distorcidas sobre as suas capacidades, apresentando também menores perceções de autoestima e de autoeficácia. O principal objetivo deste trabalho é conhecer as relações entre as variáveis estratégias de self-handicapping, autoestima, autoeficácia e o rendimento académico num grupo de estudantes do ensino superior. As variáveis foram medidas através da Escala Self-handicapping (Martin, 1998), Escala de autoestima de Rosenberg (Rosenberg, 1965) na sua adaptação para o contexto português por Pechorro, Marôco, Poiares e Vieira (2011) e a dimensão autoeficácia académica através da subescala Autoeficácia para a aprendizagem e desempenho, que é uma das 15 subescalas do Motivated Strategies for Learning Questionnaire (MSLQ Pintrich, 1981). O rendimento académico dos alunos foi medido através da sua classificação de acesso ao ensino superior. Os resultados descritivos apontam que os rapazes tendem a usar mais estratégias de self-handicapping e que o uso destas estratégias, sobretudo o self-handicapping ativo, tendencialmente aumenta à medida que se avança no ano. Os resultados dos estudos correlacionais apontam fracas correlações entre as variáveis sem significado estatístico. No entanto importa realçar as correlações no grupo das raparigas do 1º ano entre a nota de acesso ao ensino superior e as estratégias de self-handicapping reivindicado (correlação negativa) e entre a nota de acesso ao ensino superior e a autoestima (correlação positiva). No 3º ano registaram-se apenas correlações negativas entre as variáveis self-handicapping reivindicado e rendimento académico e entre self-handicapping ativo e rendimento académico, também apenas nas raparigas. Os resultados da análise da regressão sugerem apenas para a explicação do rendimento das raparigas do 1º ano explicando as variáveis self-handicapping reivindicado e autoestima que no seu conjunto explicam 13, 4 % dessa variabilidade. No 3º ano a variável self-handicapping ativo explica 21,2% dessa mesma variabilidade também apena nas raparigas. Os resultados de comparação das médias apontaram para a não existência de efeitos com significado estatístico entre o ano e o género. Espera-se poder contribuir para a discussão no tema da motivação para aprender e os processos adaptativos em alunos do Ensino Superior.
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Por outro lado, alguns indivíduos sentem-se inseguros com as suas capacidades e no momento de realizarem as suas atividades académicas apresentam comportamentos de evitamento ou fuga, porque antecipam dificuldades nas tarefas ou manifestam perceções distorcidas sobre as suas capacidades, apresentando também menores perceções de autoestima e de autoeficácia. O principal objetivo deste trabalho é conhecer as relações entre as variáveis estratégias de self-handicapping, autoestima, autoeficácia e o rendimento académico num grupo de estudantes do ensino superior. As variáveis foram medidas através da Escala Self-handicapping (Martin, 1998), Escala de autoestima de Rosenberg (Rosenberg, 1965) na sua adaptação para o contexto português por Pechorro, Marôco, Poiares e Vieira (2011) e a dimensão autoeficácia académica através da subescala Autoeficácia para a aprendizagem e desempenho, que é uma das 15 subescalas do Motivated Strategies for Learning Questionnaire (MSLQ Pintrich, 1981). O rendimento académico dos alunos foi medido através da sua classificação de acesso ao ensino superior. Os resultados descritivos apontam que os rapazes tendem a usar mais estratégias de self-handicapping e que o uso destas estratégias, sobretudo o self-handicapping ativo, tendencialmente aumenta à medida que se avança no ano. Os resultados dos estudos correlacionais apontam fracas correlações entre as variáveis sem significado estatístico. No entanto importa realçar as correlações no grupo das raparigas do 1º ano entre a nota de acesso ao ensino superior e as estratégias de self-handicapping reivindicado (correlação negativa) e entre a nota de acesso ao ensino superior e a autoestima (correlação positiva). No 3º ano registaram-se apenas correlações negativas entre as variáveis self-handicapping reivindicado e rendimento académico e entre self-handicapping ativo e rendimento académico, também apenas nas raparigas. Os resultados da análise da regressão sugerem apenas para a explicação do rendimento das raparigas do 1º ano explicando as variáveis self-handicapping reivindicado e autoestima que no seu conjunto explicam 13, 4 % dessa variabilidade. No 3º ano a variável self-handicapping ativo explica 21,2% dessa mesma variabilidade também apena nas raparigas. Os resultados de comparação das médias apontaram para a não existência de efeitos com significado estatístico entre o ano e o género. Espera-se poder contribuir para a discussão no tema da motivação para aprender e os processos adaptativos em alunos do Ensino Superior.Some studies emphasize that the most motivated students are those who present positive perceptions of self-efficacy, are more self-regulated in their learning and achieve greater academic success. On the other hand, some individuals feel insecure with their abilities and at the moment of carrying out their academic activities they exhibit avoidance or escape behaviors because they anticipate difficulties in tasks or manifest perceptions of self-esteem and self-efficacy. The main objective of this work is to know the relationships between the variables self-handicapping strategies, selfesteem, and self-efficacy and academic performance in a group of students of higher education. The variables were measured through the Self-handicapping Scale (Martin, 1998), Rosenberg Self-esteem Scale (Rosenberg, 1965) in its adaptation to the Portuguese context by Pechorro, Marôco, Poiares e Vieira (2011) and the academic selfefficacy dimension through the self-efficacy subscale for learning and performance, which is one of the 15 subscales of Motivated Strategies for Learning Questionnaire (MSLQ Pintrich, 1981). The academic performance of the students was measured by their classification of access to higher education. The descriptive results indicate that boys tend to use more self-handicapping strategies and that the use of these strategies, especially active self-handicapping, tends to increase as the year progresses. The results of correlational studies point to weak correlations between variables with no statistical significance. However, it is important to highlight the correlations in the group of girls in the 1st year between the notes on access to self-handicapping claimed (negative correlation) and between the note on access to higher education and self-esteem (positive correlation). In the 3rd year there were only negative correlations between the self-handicapping variables claimed and academic performance is between active selfhandicapping and academic achievement, also only in girls. The results of the regression analysis only suggest the explanation of the income of the girls of the 1st year explaining the variables self-handicapping claimed and self-esteem that together explain 13, 4% of this variability. In the 3rd year the active self-handicapping variable explain 21, 2 % of this same variability also only in girls. The results of comparison of the means pointed to the existence of effects with statistical significance between the year and the gander. We hope to contribute to the discussion on the subject of motivation to the discussion on the subject of motivation to learn and the adaptive processes in higher education students.Miranda, Lúcia do Rosário Cerqueira deDigitUMaMena, Raquel Oneida Sepúlveda2020-01-27T14:32:01Z2019-10-09T00:00:00Z2019-10-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.13/2700202372634porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T12:55:32Zoai:digituma.uma.pt:10400.13/2700Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:05:29.094314Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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