A Brotéria e a justiça social no Estado Novo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/5656 |
Resumo: | Tese Mestrado em Filosofia. Área de Especialização em Fenomenologia e Filosofia da Religião |
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A Brotéria e a justiça social no Estado Novo946.9.073070(469)"19"Tese Mestrado em Filosofia. Área de Especialização em Fenomenologia e Filosofia da ReligiãoA Brotéria é uma revista, propriedade da Companhia de Jesus, de Índole cultural e humanista, criada em 1902. Com mais de um século de existência, surgiu, por um lado, como reacção às ideias liberais ateias e macedónicas marcadamente anticlericais e, por outro, contra as tendências positivistas, tão em moda, que dispensavam ou negavam a presença de Deus no mundo e, sobretudo, no exercício da ciência. Ora esta revista, criada por sacerdotes que simultaneamente eram cientistas com créditos firmados, pretende sustentar que a afirmação da existência de Deus não é incompatível com a ciência nem com os espíritos cultos, desenvolvidos racionalmente, que nela acreditavam. O Estado Novo é a designação atribuída ao período histórico-político compreendido entre 1933 e 1974. Continua, nos dias de hoje, a considerar-se um tempo controverso da histeria recente de Portugal, se atendermos aos direitos cívicos promovidos ou negados pelo regime político então vigente. Neste contexto que analisamos, na nossa Tese de Mestrado, o lugar e o papel da Brotéria, isto é, se esta revista é mais um dos veículos de propaganda do regime ou se é um órgão isento e imparcial, preocupado em apoiar ou denunciar, consoante a justinha social seja prosseguida ou violada. Podemos comprovar que, num primeiro momento, houve como que um acordo técnico em que o poder permitia a fixação de residência em Portugal da Companhia de Jesus e a revista, numa atitude de reconhecimentos, enfatizava as medidas governamentais e os benefícios delas resultantes. Num segundo período, notamos um certo distanciamento em relação às políticas do governo e, em algumas medidas, uma crítica desaprovante. Finalmente, maior distanciamento se verifica a partir de 1965, não sãs porque o corpo redactorial da revista se abre a articulistas leigos que não eram seguidores da politica oficial do regime, mas, também, em consequência disto, constatámos a existência de críticas à teoria e à prática politicas. Estes três momentos podem ser observados na forma como a Brotéria tratou a questão colonial portuguesa. No nosso trabalho, salientamos ainda a preocupação da revista em colocar-se ao lado dos socialmente discriminados, porque desfavorecidos física ou psicologicamente, ou devido à sua condição social. Os deficientes e a sua integração na sociedade, a mulher e a sua promoção social, como direito a ela devido, o respeito pela dignidade e pelos direitos dos homens, são preocupantes primordiais para que se instaure a justinha na sociedade e a paz possa, por meio dela, existir entre os homens.Lopes, José Manuel MartinsUniversidade do MinhoSantos, Alberto Jerónimo Silva2006-01-092006-01-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/5656porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:47:21Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/5656Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:45:27.359943Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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