DJ Dolores: experimentação, diferença e memória da música eletrônica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/rlec.303 |
Resumo: | A trajetória artística do DJ Dolores (codinome de Hélder Aragão) ganhou força durante o movimento manguebeat, na década de 1990, no Recife, capital do estado de Pernambuco, no nordeste do Brasil. Além de trabalhar com produção multimídia, na música sua obra é composta por álbuns experimentais de música eletrônica e também trilhas sonoras para filmes, peças de teatro e espetáculos de dança. Este artigo analisa a diversidade cultural e as misturas organizadas pelo DJ que deslocam as fronteiras dos gêneros musicais hegemônicos articulados pela indústria fonográfica. Ao contrário, Dolores valoriza textos subterrâneos na memória da música pop das mídias, como ritmos de tradições regionais (embolada, coco, maracatu e frevo). A partir dos hibridismos presentes nos álbuns Contraditório? (2002) e Frevotron (2015), respectivamente primeiro e último disco, são identificadas políticas de alteridade e diferença na linguagem, assim como textos culturais e memória, na simbiose entre, de um lado, DJ e tecnologia, e de outro, tradição e instrumentação acústica. No primeiro disco, Dolores toca com a Orchestra Santa Massa, que congrega instrumentos como rabeca, percussões, sopros, guitarra e a voz de Isaar França. No último trabalho, o DJ toca com Maestro Spok, saxofonista de frevo, um percussionista e um guitarrista. |
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DJ Dolores: experimentação, diferença e memória da música eletrônicaDJ Dolores: experimentation, difference and memory of the electronic musicEstéticas sonorasA trajetória artística do DJ Dolores (codinome de Hélder Aragão) ganhou força durante o movimento manguebeat, na década de 1990, no Recife, capital do estado de Pernambuco, no nordeste do Brasil. Além de trabalhar com produção multimídia, na música sua obra é composta por álbuns experimentais de música eletrônica e também trilhas sonoras para filmes, peças de teatro e espetáculos de dança. Este artigo analisa a diversidade cultural e as misturas organizadas pelo DJ que deslocam as fronteiras dos gêneros musicais hegemônicos articulados pela indústria fonográfica. Ao contrário, Dolores valoriza textos subterrâneos na memória da música pop das mídias, como ritmos de tradições regionais (embolada, coco, maracatu e frevo). A partir dos hibridismos presentes nos álbuns Contraditório? (2002) e Frevotron (2015), respectivamente primeiro e último disco, são identificadas políticas de alteridade e diferença na linguagem, assim como textos culturais e memória, na simbiose entre, de um lado, DJ e tecnologia, e de outro, tradição e instrumentação acústica. No primeiro disco, Dolores toca com a Orchestra Santa Massa, que congrega instrumentos como rabeca, percussões, sopros, guitarra e a voz de Isaar França. No último trabalho, o DJ toca com Maestro Spok, saxofonista de frevo, um percussionista e um guitarrista.DJ Dolores’ artistic path (codenamed Helder Aragão) arises during the manguebeat movement in the 1990s, in Recife, the capital of Pernambuco state, in northeastern Brazil. In addition to working with multimedia production, in music his work consists of experimental albums of electronic music and also soundtracks for films, theatre play and dance performances. This article analyzes the cultural diversity and mixtures organized by the DJ, which shift the boundaries of hegemonic musical genres articulated by the phonographic industry. Rather, Dolores values underground texts in the memory of media pop music, such as regional traditions rhythms (embolada, coco, maracatu and frevo). As of the hybridisms present on the albums Contraditório? (2002) and Frevotron (2015), respectively first and last discs, otherness and difference policies are identified on the musical language as well as cultural texts and memory, the symbiosis between, on one hand, DJ and technology, and, on the other, tradition and acoustic instrumentation. On the first album, Dolores plays with the Orchestra Santa Massa, which brings together instruments such as rabeca, percussion, wind instruments, electric guitar and the Isaar França’s voice. On the last one, the DJ plays with Maestro Spok, frevo saxophonist, one percussionist and a guitarist.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho2018-06-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/rlec.303por2183-08862184-0458Vargas, HeromCarvalho, Nilton Faria deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T16:20:42Zoai:journals.uminho.pt:article/1885Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:59:19.251068Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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