A reação das vítimas ao cyber-hate no Facebook: contribuições da Teoria da Ação Planejada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes,Sheyla
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Melo,Érika, Nascimento,Marcikele, Junior,Stelio, Alves Freires,Leogildo, Silva,Jesana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-77702021000400278
Resumo: Resumo: O cyber-hate é um fenômeno social multifacetado caracterizado pela expressão de insultos e humilhações dirigidos a indivíduos e grupos no cyber-espaço. Trata-se de um fenômeno extremamente danoso que em função do anonimato ou da distância emocional das vítimas, acontece de forma recorrente nos ambientes virtuais. Pouca atenção tem sido direcionada à perspectiva das vítimas sobre as ofensas recebidas. Deste modo, este estudo tem a finalidade de investigar de que forma as vítimas respondem ao cyber-hate no contexto do Facebook. Foi elaborado um questionário a partir dos construtos da Teoria da Ação Planejada (TAP) com o objetivo de analisar as crenças, atitudes e normas acerca da reação das vítimas ao cyber-hate. O questionário foi disponibilizado em páginas do Facebook previamente selecionadas de militância sexual, ativismo étnico-racial, ativismo nordestino e militância política. Contou-se com a colaboração de 30 respondentes. Os dados coletados foram transformados em um corpus textual e analisados pelo software Iramuteq, por meio da Classificação Hierárquica Descendente (CHD). O corpus apresentou o quantitativo de 5540 ocorrências, com 322 formas ativas e um aproveitamento 138 segmentos de texto (ST) dos 172 (80,23%). A CHD apresentou a divisão do conteúdo em 3 classes: Classe 1 (“Crenças Comportamentais”), representando 43,5% da UCE’s e refletindo as vantagens e desvantagens em responder ao cyber-hate; Classe 2 (“Crenças de Controle”), representando 27,5% UCE’s e indicando as facilidades e dificuldades em reagir ao cyber-hate; e Classe 3 (“Crenças Normativas”), representando 28,99% UCE’s e destacando a influência de terceiros nas respostas ao cyber-hate. Os resultados permitiram concluir que as crenças exercem um papel central nas formas de reação ao cyber-hate nos ambientes virtuais. A base teórica e conceitual da TAP se constituiu como um pertinente dispositivo para a investigação deste fenômeno no âmbito do Facebook, corroborando com estudos recentes acerca da intolerância digital no contexto brasileiro.
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