Shinto, rituais e purificação: o indivíduo no ciclo de desordem e ordem
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/8982 |
Resumo: | O presente trabalho procura analisar os rituais que no contexto de shinto, inviabilizam e favorecem a restauração da Ordem. Os rituais, por norma portadores de uma conotação ´positiva', podem alternativamente ser entendidos como uma sucessão de pensamentos, palavras e ações, justificando a classificação em positivo/negativo consoante os resultados obtidos. No Japão, a gradual institucionalização da Via dos kami (shinto) por parte da corte imperial favoreceu a evolução de práticas 'rituais' executadas por indivíduos que celebravam a sua relação com os kami, formas de existência e consciência associadas à Ordem (na sua grande maioria) e veneradas até aos dias de hoje. Criado para o bem de quem o segue, o shint? reconhece a purificação como a preocupação transversal de todas as suas vertentes. Com efeito, a purificação é um complexo processo cujos efeitos não são apenas positivos para o indivíduo mas também para o coletivo, isto é, a sociedade com a qual interage diariamente, conduzindo-o à Ordem. Contudo, não há Ordem sem o seu oposto; a Ordem e a Desordem são as duas partes de um ciclo no qual o indivíduo se encontra, assumindo um papel fundamental dado que tem a capacidade de executar rituais: se a Ordem é a meta dos rituais positivos, a Desordem é a consequência dos rituais negativos. |
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Shinto, rituais e purificação: o indivíduo no ciclo de desordem e ordemMESTRADO EM CIÊNCIA DAS RELIGIÕESRELIGIÃOXINTOISMORITUAISRELIGIONSHINTORITUALSO presente trabalho procura analisar os rituais que no contexto de shinto, inviabilizam e favorecem a restauração da Ordem. Os rituais, por norma portadores de uma conotação ´positiva', podem alternativamente ser entendidos como uma sucessão de pensamentos, palavras e ações, justificando a classificação em positivo/negativo consoante os resultados obtidos. No Japão, a gradual institucionalização da Via dos kami (shinto) por parte da corte imperial favoreceu a evolução de práticas 'rituais' executadas por indivíduos que celebravam a sua relação com os kami, formas de existência e consciência associadas à Ordem (na sua grande maioria) e veneradas até aos dias de hoje. Criado para o bem de quem o segue, o shint? reconhece a purificação como a preocupação transversal de todas as suas vertentes. Com efeito, a purificação é um complexo processo cujos efeitos não são apenas positivos para o indivíduo mas também para o coletivo, isto é, a sociedade com a qual interage diariamente, conduzindo-o à Ordem. Contudo, não há Ordem sem o seu oposto; a Ordem e a Desordem são as duas partes de um ciclo no qual o indivíduo se encontra, assumindo um papel fundamental dado que tem a capacidade de executar rituais: se a Ordem é a meta dos rituais positivos, a Desordem é a consequência dos rituais negativos.The following work aims for an analysis of the rituals that in the context of shintō may invalidate and encourage the restauration of the Order. The rituals, typically defined by bearing a “positive” connotation, may alternatively be understood as a succession of thought, words and actions, which justifies the ‘positive/negative’ classification according to the obtained results. In Japan, the gradual institutionalization of the Way of the kami by the imperial court promoted the evolution of several “ritual” practices executed by individuals that celebrated their relationship with the kami, forms of existence and conscience associated to the Order (the most part of them) and worshiped to the present time. A Way created for the wellbeing of the one who follows it, the shintō acknowledges the purification as the transversal concern of all of its aspects. Therefore, the purification is a complex process whose results are not just positive for the individual but also for the collective, meaning the society, with whom he interacts on a daily basis, which leads him to the Order. Nevertheless, there is no Order without its opposite; the Order and the Disorder are the two parts of a cycle in which the individual is found, assuming a vital role due to the fact he has the capacity of executing rituals: if the Order is the goal of positive rituals, the Disorder is the consequence of negative rituals.2018-10-18T16:11:47Z2018-01-01T00:00:00Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/8982TID:201982510porNunes, Mariana Bernardoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:03:28Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/8982Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:11:40.385612Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O presente trabalho procura analisar os rituais que no contexto de shinto, inviabilizam e favorecem a restauração da Ordem. Os rituais, por norma portadores de uma conotação ´positiva', podem alternativamente ser entendidos como uma sucessão de pensamentos, palavras e ações, justificando a classificação em positivo/negativo consoante os resultados obtidos. No Japão, a gradual institucionalização da Via dos kami (shinto) por parte da corte imperial favoreceu a evolução de práticas 'rituais' executadas por indivíduos que celebravam a sua relação com os kami, formas de existência e consciência associadas à Ordem (na sua grande maioria) e veneradas até aos dias de hoje. Criado para o bem de quem o segue, o shint? reconhece a purificação como a preocupação transversal de todas as suas vertentes. Com efeito, a purificação é um complexo processo cujos efeitos não são apenas positivos para o indivíduo mas também para o coletivo, isto é, a sociedade com a qual interage diariamente, conduzindo-o à Ordem. Contudo, não há Ordem sem o seu oposto; a Ordem e a Desordem são as duas partes de um ciclo no qual o indivíduo se encontra, assumindo um papel fundamental dado que tem a capacidade de executar rituais: se a Ordem é a meta dos rituais positivos, a Desordem é a consequência dos rituais negativos. |
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