Neurofeedback por EEG no PHDA em crianças : uma revisão sistemática

• Autor(a) principal: Pais, Mariana Pestana
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/13017
• topic: MESTRADO EM NEUROPSICOLOGIA APLICADA; NEUROPSICOLOGIA; DISTÚRBIO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE; CRIANÇAS; NEUROFEEDBACK; ELETROENCEFALOGRAMA; REVISÃO BIBLIOGRÁFICA; NEUROPSYCHOLOGY; ATTENTION DEFICIT HYPERACTIVITY DISORDER; CHILDREN; ELECTROENCEPHALOGRAPHY; BIBLIOGRAPHIC REVIEW; NEUROFEEDBACK

A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) afeta o desenvolvimento neuronal, é diagnosticada durante o período escolar, e apresenta uma taxa de prevalência de 5% entre a população (APA, 2013). Em contexto clínico, o Neurofeedback (NF) surge como meio complementar de tratamento da sintomatologia presente em indivíduos diagnosticados com PHDA. Trata-se de uma técnica dirigida ao treino de frequências cerebrais, registadas através de eletroencefalografia (EEG). Através da análise quantitativa do EEG, é possível separar o sinal elétrico em diferentes componentes, e desta forma avaliar o impacto das intervenções de NF nos componentes cerebrais treinados. A presente revisão sistemática tem como objetivo analisar os protocolos estandardizados, metodologia e implementação dos RCT’s, baseando-se não só na observação dos ganhos registados no EEG, mas também, noutras medidas (e.g., neuropsicológicas, comportamentais e questionários). Isto irá permitir compreender se o NF é eficaz no tratamento da PHDA em crianças, recorrendo ao EEG como medida psicofisiológica para a recolha desses dados. Nesta revisão foram considerados (a) todos os artigos publicados, (b) com amostras de adolescentes (com idades até aos 17 anos), (c) diagnosticados com PHDA (segundo o DSM, ou semelhante), (d) incluídos em estudos clínicos randomizados blind ou double blind, (e) com recolha de outras medidas de avaliação da intervenção, e (f) seguindo protocolos NF estandardizados. Foram excluídos artigos com participantes com comorbidades. Os resultados encontrados apontam no sentido do NF se tratar de uma intervenção eficaz no tratamento da PHDA, apresentando melhorias nas medidas aplicadas aos informantes distais e proximais. Melhorias nos questionários e medida EEG foram também observados, porém, em menor proporção. Relativamente ao objetivo principal desta revisão, os protocolos implementados carecem de homogeneidade entre si, comprometendo a eficácia do NF.