Regulação emocional e atitudes alimentares em estudantes universitários: um estudo na Universidade dos Açores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Resendes, Hugo Filipe Rodrigues
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/24262
Resumo: Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia Clínica)
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spelling Regulação emocional e atitudes alimentares em estudantes universitários: um estudo na Universidade dos Açores616.33-008.4159.942Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia Clínica)A incidência das Perturbações do Comportamento Alimentar tem aumentado nas últimas décadas e apresenta uma grande discrepância entre sexos, já que são raras nos indivíduos do sexo masculino mas uma das condições de saúde mais comuns nas adolescentes. São ainda escassos os dados acerca das perturbações alimentares na Região Autónoma dos Açores. Para além de o afeto negativo constituir um dos precursores mais frequentes, alguns contextos têm sido ligados a um aumento do risco do desenvolvimento de uma perturbação alimentar, nomeadamente a universidade. Um dos possíveis motivos subjacentes poderá ser a perpetuação das condutas alimentares já estabelecidas. Quando comparando com os homens, as mulheres são o sexo mais emocional pois tendem a exprimir e a preocupar-se mais com as emoções. Por sua vez, os homens tendem a evitar e a suprimir a expressão emocional. Também na regulação emocional, que consiste nos esforços do indivíduo em modificar a sua experiência e expressão emocional, as mulheres indicam a utilização de um maior número de estratégias. O sofrimento emocional tem sido ligado a dificuldades na autorregulação, sendo que as emoções negativas podem aumentar a ingestão compulsiva de alimentos. Concomitantemente, os indivíduos com perturbações alimentares tendem a ter dificuldades em distinguir e descrever as suas emoções, bem como em lidar com estas últimas. Como consequência, e por exemplo, os episódios de ingestão alimentar compulsiva e posteriores métodos compensatórios podem ser utilizados para regular as emoções. Este estudo tem por objetivo averiguar a influência da regulação emocional nas atitudes alimentares de estudantes que frequentam a Universidade dos Açores, sendo que participaram 292 sujeitos, nomeadamente 239 do sexo feminino e 53 do sexo masculino. Em termos de instrumentos, foram utilizados um questionário sociodemográfico, a Escala de Dificuldades de Regulação Emocional e o Teste de Atitudes Alimentares-25. Todos os estudantes foram motivados a participar mediante as contas de correio eletrónico fornecidas pela instituição de ensino supramencionada. Em termos de resultados, não foram encontradas diferenças significativas entre os estudantes de ambos os sexos nem nas atitudes alimentares nem na regulação emocional. A mesma ausência de diferenças foi verificada nas subescalas da Escala de Dificuldades de Regulação Emocional e do Teste de Atitudes Alimentares-25. Contudo, foi encontrada uma associação positiva entre a desregulação emocional e as atitudes alimentares patológicas. Finalmente, uma das principais limitações deste estudo prende-se com a reduzida participação de estudantes do sexo masculino que impediu a elaboração de resultados mais acurados.The incidence of eating disorders has been on the rise over the last decades and presents a large discrepancy between genders, since they are rare in males but one of the most common health conditions in adolescent girls. Data about eating disorders is still scarce in Azores. In addition of negative affect being one of the most frequent precursors, some contexts have been linked to an increased risk of developing an eating disorder, namely college. One of the possible underlying reasons may be the perpetuation of previously established eating behaviors. When compared to men, women are the most emotional gender because they tend to express and preoccupy more with emotions. On the other hand, men tend to avoid and suppress emotion expression. Also in emotion regulation, which consists of the efforts made by the individual to modify his emotional experience and expression, women report a greater use of strategies. Emotional distress has been linked to self-regulation difficulties, whereby negative emotions may increase impulsive ingestion of food. Concomitantly, individuals with eating disorders tend to have difficulties in distinguishing and describing emotions, as well in managing them. As a consequence, and for example, compulsive eating episodes e subsequent compensatory methods may be used to regulate emotions. The purpose of this study is to investigate the influence of emotion regulation on the eating attitudes of students attending University of Azores. Two hundred and ninety two subjects participated, namely 239 females and 53 males. In terms of assessment, a sociodemographic questionnaire and the Portuguese versions of the Difficulties in Emotion Regulation Scale and Eating Attitudes Test-26 were used. All students were encouraged to participate through their institutional email accounts. In terms of results, no significant differences were found between students of both genders neither in the eating attitudes nor in the emotion regulation. The same absence of differences was found in all subscales of the Portuguese versions of the Difficulties in Emotion Regulation Scale and of the Eating Attitudes Test-25. However, a positive association between emotional deregulation and disordered eating attitudes was found. Finally, one of the major limitations of this study concerns the low participation of male students that prevented the elaboration of more accurate results.Machado, Paulo P. P.Universidade do MinhoResendes, Hugo Filipe Rodrigues20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/24262porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:28:36Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/24262Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:23:26.024697Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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