Carbono orgânico e elementar de PM2.5 em ambientes domésticos urbanos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Ana Isabel Martins
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/15162
Resumo: A qualidade do ar interior ao nível do aerossol particulado fino (PM2.5) e os seus constituintes maioritários - carbono elementar (CE) e carbono orgânico (CO) – foram caracterizados em quatro residências com diferentes características na área metropolitana do Porto. Foram realizadas sete medições de PM2.5, simultaneamente em ambiente interior e exterior, por períodos de 72 horas, recorrendo a dois amostradores de baixo caudal MiniVol™ TAS. Os filtros amostrados foram analisados por gravimetria, para determinação das concentrações de PM2.5, e por um método termo-óptico para quantificação da fracção de CO e de CE. As concentrações médias interiores e exteriores de PM2.5 variaram entre 21 e 48 μg.m-3 e entre 21 e 40 μg.m-3, respectivamente. A fracção carbonosa total contida em PM2.5 variou entre 38 e 53% para o ambiente interior e entre 33 e 55% para o ambiente exterior. As concentrações médias de CO situaram-se entre 6 e 20 μg.m-3, para o ambiente interior, e entre 4 e 16 μg.m-3, para o ambiente exterior. Quanto ao CE, as concentrações médias variaram entre 2 e 6 μg.m-3, para ambos os tipos de ambiente. O rácio para as concentrações interiores e exteriores (I/E) foi utilizado para investigar a presença de fontes interiores dos parâmetros estudados. Os rácios I/E foram iguais ou superiores a 1 para PM2.5 e superiores a 1 para o CO. O CE foi uma excepção, pois apresentou um rácio I/E inferior a 1 para uma residência, com uma variação global entre 0,7 e 1,1. O rácio CO/CE foi utilizado como ferramenta na investigação da origem da presença de aerossóis carbonáceos, dado que as emissões primárias com origem no tráfego automóvel normalmente contêm uma baixa proporção de CO comparativamente às fontes primárias com origem nas actividades da queima de biomassa ou fontes secundárias. O rácio CO/CE para ambiente interior variou entre 1,2 e 3,5 sugerindo influência das actividades humanas interiores e na atmosfera exterior oscilou entre 0,9 e 2,4, sugerindo uma influência de emissões veiculares. Neste sentido, a divulgação pública dos factores que estão na base do aumento de partículas, revela-se fundamental para um melhoramento da qualidade do ar interior.
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A fracção carbonosa total contida em PM2.5 variou entre 38 e 53% para o ambiente interior e entre 33 e 55% para o ambiente exterior. As concentrações médias de CO situaram-se entre 6 e 20 μg.m-3, para o ambiente interior, e entre 4 e 16 μg.m-3, para o ambiente exterior. Quanto ao CE, as concentrações médias variaram entre 2 e 6 μg.m-3, para ambos os tipos de ambiente. O rácio para as concentrações interiores e exteriores (I/E) foi utilizado para investigar a presença de fontes interiores dos parâmetros estudados. Os rácios I/E foram iguais ou superiores a 1 para PM2.5 e superiores a 1 para o CO. O CE foi uma excepção, pois apresentou um rácio I/E inferior a 1 para uma residência, com uma variação global entre 0,7 e 1,1. O rácio CO/CE foi utilizado como ferramenta na investigação da origem da presença de aerossóis carbonáceos, dado que as emissões primárias com origem no tráfego automóvel normalmente contêm uma baixa proporção de CO comparativamente às fontes primárias com origem nas actividades da queima de biomassa ou fontes secundárias. O rácio CO/CE para ambiente interior variou entre 1,2 e 3,5 sugerindo influência das actividades humanas interiores e na atmosfera exterior oscilou entre 0,9 e 2,4, sugerindo uma influência de emissões veiculares. Neste sentido, a divulgação pública dos factores que estão na base do aumento de partículas, revela-se fundamental para um melhoramento da qualidade do ar interior.The indoor air quality was studied in relation to fine particulate matter (PM2.5) and its major components – elemental carbon (EC) and organic carbon (OC) – in four residences, with distinct technical features, located in the Porto city metropolitan area. Seven PM2.5 indoor and outdoor measuremets were performed simultaneously, during 72 hour sampling periods, with two MiniVol™ TAS samplers. The sampling filters were then analysed using a gravimetric method, to determine the PM2.5 concentrations and with a thermal-optical method, to quantify the EC and OC fractions. The average indoor and outdoor PM2.5 concentrations were in the ranged of 21 to 48 μg.m-3 and 21 to 40 μg.m-3, respectively. The total amount of carbonaceous matter contained in PM2.5 ranged from 38 to 53% for the indoor environment and from 33 to 55% for the outdoor environment. The average OC concentrations varied between 6 and 20 μg.m-3, indoors, and between 4 and 16 μg.m-3, outdoors. In what concerns the EC fraction, average concentrations ranged between 2 and 6 μg.m-3 for both types of environment. Indoor and outdoor concentrations ratios (I/O) were used to investigate the presence of indoor sources of the studied parameters. I/O ratios were equal to or higher than 1 for PM2.5 and above 1 for OC. EC was an exception, since the I/O ratio was lower than one for one residence, with an overall range between 0,7 and 1,1. The OC/EC ratio was used as a tool to investigate the origin of carbonaceous aerosols, given that primary emissions from vehicles ususally contain a lower proportion of OC than primary sources from biomass burning activities or secondary sources. The OC/EC ratio ranged between 1,2 and 3,5 in the indoor air suggesting an influence of indoor human activities and between 0,9 and 2,4, in the outdoor air, suggesting an influence of vehicular emissions . Thus, the public disclosure of the factors that underlie the increase of particles is essencial in order to improve the quality of indoor air.Universidade de Aveiro2016-02-10T15:28:09Z2015-01-01T00:00:00Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/15162TID:201563304porRibeiro, Ana Isabel Martinsinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:27:58Zoai:ria.ua.pt:10773/15162Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:50:35.078141Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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