A Leishmaniose em indivíduos infectados com HIV: Influência da patogénese na clínica, imunologia, tratamento e prevenção

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, José Luís Parreira de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/36146
Resumo: Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2017
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spelling A Leishmaniose em indivíduos infectados com HIV: Influência da patogénese na clínica, imunologia, tratamento e prevençãoLeishmanioseHIVPatogéneseTratamentoCo-infecçãoMestrado Integrado - 2017Ciências da SaúdeTrabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2017A Leishmaniose é uma designação comum para as doenças provocadas pelos protozoários do género Leishmania. A transmissão é feita pela picada de um flebótomo ou flebotomíneo infectado, em geral, por um ciclo zoonótico. O principal reservatório do protozoário, no ciclo zoonótico, é o cão. Países como o Brasil, a Etiópia e a Índia apresentam uma elevada prevalência de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e sendo países endémicos para a Leishmaniose visceral (LV) há um risco acrescido de ocorrência de co-infecções. Quer o HIV, quer a Leishmania spp. podem também ser transmitidos por via sanguínea, como por exemplo na partilha de agulhas contaminadas. Na co-infecção HIV-Leishmania a maioria dos casos apresenta a forma clínica de LV, a mais grave. L. donovani e L. infantum são os principais agentes etiológicos de LV. O diagnóstico de LV é mais difícil na co-infecção HIV-Leishmania e esta última apresenta menor probabilidade de cura, maior toxicidade medicamentosa, maior probabilidade de recorrências, e maiores números de óbitos. Mais de 40% dos co-infectados não apresentam níveis detectáveis de anticorpos específicos contra a Leishmania spp. Cerca de metade dos co-infectados desenvolvem critérios de síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) dentro de 2 meses após o diagnóstico de LV. Estes protozoários podem infectar células fagocitárias como os macrófagos e as células dendríticas. A infecção pela Leishmania spp. induz uma activação crónica do sistema imunitário e nos indivíduos infectados pelo HIV ocorre a activação do vírus latente, há um aumento da carga viral e evolução clinica para SIDA. Na co-infecção HIV-Leishmania, o HIV contribui para uma maior multiplicação intracelular do protozoário. A resposta imunitária mediada pelos linfócitos T auxiliares do tipo 2 (TH2) aumenta a susceptibilidade a infecções por agentes patogénicos intracelulares como vírus e a Leishmania spp., desactivando os macrófagos e prevenindo a produção das citocinas do tipo TH1. A resposta imunitária protectora à Leishmaniose é mediada pelos linfócitos T auxiliares do tipo 1 (TH1). Na LV há uma mistura das respostas TH1 e TH2 contudo a resposta TH2 tende a dominar quando ambas são activadas. O tratamento geralmente não consegue eliminar todos os parasitas e uma infecção subclínica (assintomática) persiste. Nos indivíduos co-infectados as recorrências da doença são frequentes.Leishmaniasis is a common name for diseases caused by protozoa of the genus Leishmania. The transmission is done by the bite of an infected phlebotomine sandfly, usually by a zoonotic cycle. The main reservoir host of the protozoa, in the zoonotic cycle, is the domestic dog. Countries such as Brazil, Ethiopia and India have a high prevalence of human immunodeficiency virus (HIV) infection and since they are endemic countries for visceral leishmaniasis (VL) there is an increased risk of co-infections. Both pathogens, HIV and Leishmania spp., are also transmitted through the blood, for example, in the sharing of contaminated needles. In HIV-Leishmania co-infection, most cases present the most severe clinical form of VL. L. donovani and L. infantum are the main etiological agents of VL. The diagnosis of VL is more difficult in HIV-Leishmania co-infection and the latter has a lower probability of cure, higher drug toxicity, higher probability of reoccurrence and a higher number of deaths. Over 40% of co-infected individuals do not have detectable levels of specific antibodies against Leishmania spp. Half of the co-infected individuals develop acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) criteria within 2 months after the diagnosis of VL. This protozoan infect macrophages and dendritic cells and thus, Leismaniosis induces chronic activation of the immune system and, in individuals infected with HIV, there is an activation of the virus, with an increase in viral load and clinical progression to AIDS. In HIV-Leishmania co-infection, HIV contributes to a higher intracellular multiplication of the protozoa. The immune response mediated by the T helper type 2 (TH2) lymphocytes increases the susceptibility to infections by intracellular pathogenic agents such as viruses and Leishmania spp., by deactivating the macrophages and preventing the production of TH1 type cytokines. The protective immune response to Leishmaniasis is mediated by the T helper T type 1 (TH1) lymphocytes. In VL there is a mix of the TH1 and TH2 responses however the TH2 response tends to dominate when both are activated. The treatment generally does not eliminate all parasites and a subclinical (asymptomatic) infection persists. Reoccurrences of the disease are frequent in co-infected individuals.Costa, Quirina dos SantosRepositório da Universidade de LisboaOliveira, José Luís Parreira de2018-12-21T15:47:56Z2017-12-2820172017-12-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/36146porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:32:35Zoai:repositorio.ul.pt:10451/36146Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:50:27.513641Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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