Autoconceito, atitudes parentais e autoeficácia: implicaçoes na motivação dos alunos do 3ºciclo do ensino básico

• Autor(a) principal: Carvalhais, Camila Adelaide Pinto
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2398
• topic: Motivação para a aprendizagem; Autoconceito; Autoeficácia; Atitudes Parentais; Género

O estudo que se propõe desenvolver tem como objetivo geral verificar qual a relação existente entre a motivação e o autoconceito, autoeficácia e as atitudes parentais nos alunos do terceiro ciclo do ensino básico. A motivação, ao longo dos anos, tem surgido como um importante fator que explica alguns dos comportamentos dos indivíduos, em particular no contexto escolar, permitindo perceber as suas predisposições para o sucesso ou insucesso. Também a autoeficácia surge como um fator que pode desencadear determinados comportamentos e define-se como as crenças e expectativas que o indivíduo possui acerca das suas capacidades para realizar as atividades e assim alcançar os objetivos previamente definidos. O autoconceito surge como sendo a perceção que os indivíduos possuem sobre si próprios e é através deste que os indivíduos realizam avaliações acerca das suas capacidades e competências para a execução de uma atividade. As atitudes parentais também assumem o seu papel de destaque para a motivação dos indivíduos. A família é fundamental para a transmissão de valores e regras sociais às crianças que mais tarde poderão influenciar a forma como estas percecionam a escola, assim como a importância dos seus sucessos ou insucessos. Neste estudo participaram 286 alunos do 3ºciclo com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos. A recolha de dados foi efetuada através da Escala de Autoeficácia Académica (Neves & Faria, 2005), do questionário das Perceções das Atitudes Parentais (Antunes & Fontaine, 2003), da Escala de Orientação Intrínseca vs. Extrínseca (Lemos, 1993) e da escala de Susan Harter Self Perception Profile for Adolescents, adaptada por Peixoto (1996). Os resultados obtidos através desta investigação permitiram observar relações positivas entre as atitudes parentais e a autoeficácia, entre as atitudes parentais e a motivação, entre o autoconceito e a autoeficácia, entre o autoconceito e as atitudes parentais e entre a autoeficácia e autoconceito com a motivação. A autoeficácia geral foi a variável em estudo que se revelou como melhor preditora da motivação para aprendizagem, para a dimensão mestria, assim como para dimensão curiosidade. Também a variável autoeficácia em matemática se revelou preditora para a dimensão desafio.