O poder de uma boa ação: o impacto de uma intervenção no combate ao estigma face à doença mental em alunos do 1º ciclo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Ana Rita Teixeira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/11532
Resumo: Perante a necessidade de prevenir a doença mental o mais precocemente possível, torna-se essencial combater o estigma, uma das principais barreiras à não adesão ao tratamento e à recusa na procura de ajuda. Existe também cada vez mais evidência de que as atitudes estigmatizantes começam desde cedo, nomeadamente, na fase infantojuvenil. Assim, o objetivo deste estudo passa por verificar o impacto de um programa de 3 sessões no combate ao estigma em crianças do 1º Ciclo, com recurso a uma leitura encenada de uma história de contacto e trabalho de expressão plástica. Este estudo assenta na hipótese de que intervenções estruturadas e centradas nesta faixa etária são eficazes na diminuição do estigma face à doença mental. A amostra é constituída por 75 indivíduos com idades entre os 6 e os 11 anos, sendo que 45 foram alocados ao grupo experimental e 30 ao grupo de controlo. Ambos foram submetidos a uma avaliação pré e pós intervenção através do preenchimento do questionário de Atribuição AQ-8-C. A um nível de significância de 0,050, constata-se uma diminuição estatisticamente significativa nas atitudes estigmatizantes no grupo experimental (p=0,000) entre os momentos pré e pós intervenção, no entanto o mesmo não se verificou no grupo de controlo (p=0,178). Através do teste ANOVA, verifica-se que as diferenças encontradas entre os momentos de avaliação foram significativamente influenciadas pelo grupo de intervenção do qual os participantes faziam parte (p=0,000), o que significa que a intervenção realizada no grupo experimental gerou impacto sobre as atitudes estigmatizantes. Em conclusão, o presente estudo mostra que o programa de intervenção surtiu um efeito significativo, tendo diminuído as atitudes estigmatizantes no grupo experimental. No entanto, dadas suas limitações metodológicas, ressalva-se a importância de, em estudos futuros, se incluir uma amostra de maiores dimensões. Deve também haver um follow-up, a fim de averiguar a manutenção dos resultados. Para além disso, torna-se igualmente essencial a criação de metodologias criteriosas e ajustadas à faixa etária em estudo, a fim de criar mais robustez sobre a influencia destes programas de intervenção no combate ao estigma.
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