TEMPO SEM TEMPO: «...e também, se não houver ninguém, olha. Abraçamos o nosso boneco.»
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11796/3259 |
Resumo: | A Aprendizagem Socioemocional (ASE) tem vindo a ganhar destaque nos discursos educativos. No entanto, na prática, ainda é relegada para plano de fundo como mero conjunto de soft skills, em detrimento das restantes habilidades cognitivas, mais valorizadas em meio social e escolar. O presente trabalho pretende um olhar sobre a importância das competências socioemocionais e sobre a centralidade da relação como agente protagonista na ASE da criança em idade pré-escolar, numa comunidade educativa do Bairro S. João de Deus. Procuramos sustentar que os laços relacionais humanos são um conceito profundamente sistémico e comunitário, basilar ao desenvolvimento e aprendizagem socioemocional. E que esses laços (relação, elo, conexão e pertença) implicam um investimento de Tempo diferenciado – que procuramos definir, explorando alguns dos seus ingredientes-chave: através da reflexão sobre possíveis fatores de risco e promotores ASE. Neste trabalho chamamos “Tempo de Qualidade em Família(s)” (TQF) a um tempo apoiante/ impulsionador da criação e reforço de laços – da Aprendizagem Socioemocional. Interessou-nos portanto recolher as representações de TQF por parte dos diferentes vértices da comunidade educativa (crianças, famílias, agentes educativos, comunidade envolvente), de modo a investigar de que fios eram tecidas e quais os seus possíveis efeitos na ASE, usando como principais indicadores o Tempo, as Memórias e as Emoções. Pudemos observar nas representações de TQF um conjunto de potenciais efeitos relacionais, sistémicos e educacionais (quer de risco e de proteção, conscientes ou implícitos), com influência na ASE em idade pré-escolar. O tema emergente transversal na investigação foi a busca por conexão e pertença. Acreditamos que a Intervenção Comunitária pode ser o vértice que falta junto dos sistemas mais próximos à criança (e trabalhando em parceria com os mais macro) a reforçar, a mediar, a destacar e a articular as forças de todos, no suprir das suas próprias necessidades |
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TEMPO SEM TEMPO: «...e também, se não houver ninguém, olha. Abraçamos o nosso boneco.»Intervenção comunitáriaAprendizagem socioemocionalLaços comunitáriosTempo de qualidade com famíliasA Aprendizagem Socioemocional (ASE) tem vindo a ganhar destaque nos discursos educativos. No entanto, na prática, ainda é relegada para plano de fundo como mero conjunto de soft skills, em detrimento das restantes habilidades cognitivas, mais valorizadas em meio social e escolar. O presente trabalho pretende um olhar sobre a importância das competências socioemocionais e sobre a centralidade da relação como agente protagonista na ASE da criança em idade pré-escolar, numa comunidade educativa do Bairro S. João de Deus. Procuramos sustentar que os laços relacionais humanos são um conceito profundamente sistémico e comunitário, basilar ao desenvolvimento e aprendizagem socioemocional. E que esses laços (relação, elo, conexão e pertença) implicam um investimento de Tempo diferenciado – que procuramos definir, explorando alguns dos seus ingredientes-chave: através da reflexão sobre possíveis fatores de risco e promotores ASE. Neste trabalho chamamos “Tempo de Qualidade em Família(s)” (TQF) a um tempo apoiante/ impulsionador da criação e reforço de laços – da Aprendizagem Socioemocional. Interessou-nos portanto recolher as representações de TQF por parte dos diferentes vértices da comunidade educativa (crianças, famílias, agentes educativos, comunidade envolvente), de modo a investigar de que fios eram tecidas e quais os seus possíveis efeitos na ASE, usando como principais indicadores o Tempo, as Memórias e as Emoções. Pudemos observar nas representações de TQF um conjunto de potenciais efeitos relacionais, sistémicos e educacionais (quer de risco e de proteção, conscientes ou implícitos), com influência na ASE em idade pré-escolar. O tema emergente transversal na investigação foi a busca por conexão e pertença. Acreditamos que a Intervenção Comunitária pode ser o vértice que falta junto dos sistemas mais próximos à criança (e trabalhando em parceria com os mais macro) a reforçar, a mediar, a destacar e a articular as forças de todos, no suprir das suas próprias necessidadesSocial-emotional Learning (SEL) has been gaining prominence in educational discourses. However, in practice, it is still relegated to the background as a mere set of soft skills, to the detriment of the other cognitive skills more valued in the social and school environment. This paper aims to look at the importance of social-emotional competencies and the centrality of the relationship as a protagonist agent in the SEL of preschool children in an educational community of the S. João de Deus neighborhood. We seek to maintain that human relational ties are a deeply systemic and communitarian concept fundamental to social-emotional development and learning. And that these ties (relationship, link, connection, and belonging) imply an investment of Time – not just any time, but differentiated – that we seek to define, exploring some of its key ingredients: reflecting on possible risk factors and ASE promoters. In this work, we call "Quality Family Time" (QFT) a time supporting/driving the creation and reinforcement of bonds – supporting Socio-emotional Learning. Therefore, we were interested in collecting the representations of QFT by the different vertices of the educational community (children, families, educational agents, surrounding community) to investigate from which threads were woven and what were their possible effects on the SEL, using as leading indicators Time, Memories and Emotions. In the representations of QFT, we could observe potential relational, systemic, and educational effects (whether risk and protection, conscious or implicit) with influence on the SEL in preschool age. The emerging cross-sectional theme in the investigation was the search for connection and belonging. Community Intervention can be the missing vertex, with the systems closest to the child (and working in partnership with the most macro) to reinforce, mediate, highlight, and articulate the strengths of all in meeting their own needs.2023-11-28T11:06:59Z2023-07-15T00:00:00Z2023-07-152023-07-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11796/3259TID:203391292porCraveiro, Marianainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-11T07:13:49Zoai:repositorio.esepf.pt:20.500.11796/3259Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:40:17.365906Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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