(Des)igualdades de género na conciliação entre a vida profissional e a vida familiar

• Autor(a) principal: Mendes, Beatriz de Azevedo
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/19479
• topic: (Des)igualdades; Género; Trabalho-família; Família-trabalho; Empenhamento; Suporte organizacional; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais

Num mundo cada vez mais globalizado torna-se importante aprofundar este tema das (des)igualdades de géneros entre a vida familiar e profissional/pessoal. Este desequilíbrio entre a vida familiar e profissional leva ao aparecimento de conflito entre o trabalho-família e vice-versa, que ocorre essencialmente quando a pressão de uma esfera é transferida para outra (Cui & Li, 2021). Sendo deste modo importante averiguar os antecedentes organizacionais e potenciais consequentes, assim como, a perceção de suporte organizacional e o empenhamento organizacional, de acordo com o modelo de Meyer e Allen (1990). Pois um elevado empenhamento organizacional vai depender também de uma perceção de suporte organizacional positiva. O principal objetivo desta investigação consiste em analisar o (des)equilíbrio entre a vida profissional e pessoal dos adultos ativos residentes em Portugal e perceber se existe relação entre o género e o conflito trabalho-família e família-trabalho. Por outro lado, o objetivo também consistiu em investigar a relação entre o suporte organizacional e o empenhamento organizacional. Neste sentido, testou-se o conflito trabalho-família e família-trabalho; o empenhamento organizacional, as suas três dimensões, bem como a perceção de suporte organizacional através de um questionário online a 409 trabalhadores, entre os 18 e os 84 anos, sendo 75.3% do género feminino. Os resultados do estudo sugerem que não existe uma disparidade entre géneros no que toca ao conflito trabalho-família e conflito família-trabalho, não sendo o género feminino o mais afetado, ao contrário do que muitos estudos demonstram (e.g., Comissão Europeia, 2020). Em contrapartida, verificou-se que os inquiridos demonstraram ter um forte sentimento de pertença à organização onde se encontram a trabalhar devido à perceção de suporte organizacional positiva que acaba por influenciar de forma direta e indireta o empenhamento organizacional