Sete notas soltas sobre sonhos e pesadelos das tecnologias contemporâneas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/42914 |
Resumo: | O objetivo destas notas soltas é o de nos confrontar com os avanços vertiginosos das tecnologias contemporâneas que podem ser/são pervertidos para modificar radicalmente a condição humana. Estão a ressurgir as questões descritas na caverna de Platão e no deus enganador de Descartes – Quem somos? Onde estamos? Quem nos colocou aqui? – potenciadas pela tecnologia e num ambiente de ansiedade; e são retomadas na ficção de Matrix com a pergunta “estaremos todos a viver num simulacro criado por um computador? Estaremos a assistir ao colapso da autonomia humana e da ética? Estaremos a permitir que a técnica determine a condição humana? Estaremos a deixar que o valor acrescentado artificial seja superior ao valor acrescentado pelo humano? Estas notas vincam de que modo as capacidades das tecnologias médicas, manipulação genética, aprimoramento tecnológico e ciborgues, inteligência artificial, robótica e big data estão na raiz de algumas das feridas em aberto das sociedades contemporâneas e de como humanismo e tecnocracia se confrontam. A nossa posição é semelhante à que John von Neumann assim caraterizou: «Em matemática, não compreendemos as coisas. Apenas nos habituamos a elas.» |
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Sete notas soltas sobre sonhos e pesadelos das tecnologias contemporâneasTecnologiaCiênciaÉticaTeoriaInvestigaçãoDesenvolvimentoManipulação genéticaAprimoramento tecnológico e ciborguesInteligência artificialBig dataTechnologyScienceEthicsTheoryResearchDevelopmentGenetic manipulationTechnological improvement and cyborgsArtificial intelligenceO objetivo destas notas soltas é o de nos confrontar com os avanços vertiginosos das tecnologias contemporâneas que podem ser/são pervertidos para modificar radicalmente a condição humana. Estão a ressurgir as questões descritas na caverna de Platão e no deus enganador de Descartes – Quem somos? Onde estamos? Quem nos colocou aqui? – potenciadas pela tecnologia e num ambiente de ansiedade; e são retomadas na ficção de Matrix com a pergunta “estaremos todos a viver num simulacro criado por um computador? Estaremos a assistir ao colapso da autonomia humana e da ética? Estaremos a permitir que a técnica determine a condição humana? Estaremos a deixar que o valor acrescentado artificial seja superior ao valor acrescentado pelo humano? Estas notas vincam de que modo as capacidades das tecnologias médicas, manipulação genética, aprimoramento tecnológico e ciborgues, inteligência artificial, robótica e big data estão na raiz de algumas das feridas em aberto das sociedades contemporâneas e de como humanismo e tecnocracia se confrontam. A nossa posição é semelhante à que John von Neumann assim caraterizou: «Em matemática, não compreendemos as coisas. Apenas nos habituamos a elas.»The purpose of these notes is to confront us with the dizzying advances of contemporary technologies that can be / are perverted to radically modify human condition. The questions os Plato's cave and Descartes' deceptive god – Who we are? Where are we? Who put us here?– are resurging, powered by technology and in an anxiety environment; the Matrix fiction puts the question “are we living in a simulacrum created by a computer? Are we witnessing the collapse of human autonomy and ethics? Are we allowing technology to determine human condition? Are we allowing artificial added value to be greater than human added value? These notes underline how some capabilities of medical technologies, genetic manipulation, technological improvement and cyborgs, artificial intelligence, robotics and big data are at the root of some of the open wounds of contemporary societies and how humanism and technocracy confront each other. Our situation is similar to what John von Neumann characterized: «In mathematics, we do not understand things. We just get used to them»Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaHenriques, Mendo Castro2023-10-25T17:58:42Z2020-122020-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/42914por2358-2790info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-31T01:33:56Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/42914Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:26:08.865211Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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