A evolução do Poder Terrestre a nível mundial nos últimos anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, João
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/11574
Resumo: Dado que o ser humano habita o meio terrestre é neste ambiente que, maioritariamente, as operações militares conduzem a resultados decisivos ao nível político. Sendo que o Poder Terrestre tem a capacidade singular de conquistar e controlar território, bem como a população nele inserida, a análise da aplicação das forças terrestres torna-se incontornável no âmbito do emprego do instrumento militar. O papel do Poder Terrestre tem, também, vindo a ser alargado, para além da derrota militar dos adversários, ao estabelecimento de um ambiente seguro e estável, facilitando, assim, a intervenção dos restantes instrumentos do poder do Estado. Para se compreender quer a actualidade quer a tendência de evolução do Poder Terrestre, objectivo deste Trabalho de Investigação Individual, há que analisar o seu passado. O estudo da evolução do Poder Terrestre deve ser abordado segundo duas dimensões. Uma intrínseca, que analisa o conhecimento autónomo das formas e técnicas de aplicação das forças terrestres, e outra extrínseca, sobre o papel e importância do Poder Terrestre dentro do instrumento militar. Este estudo parte da evolução do Poder Terrestre dos EUA, URSS/Rússia e China, desde o fim da 2ª Guerra Mundial, para chegar a um padrão evolutivo que permita elaborar uma prospectiva face à tendência de evolução da conflitualidade e do Ambiente Operacional. A dimensão intrínseca é analisada segundo quatro variáveis. A primeira, dentro do potencial de combate, examina o balanceamento entre fogos e manobra. A segunda aborda a capacidade de projecção, enquanto as restantes duas, na área da doutrina, estudam os níveis da guerra adoptados e a abordagem à condução das operações, atricionista ou manoverista. Na dimensão extrínseca é utilizada a variável do comportamento ao longo do espectro das operações militares, cuja operacionalização assenta na determinação da importância da aplicação das forças terrestres no contexto do emprego do instrumento militar e na relação entre o tipo de estado final pretendido e a capacidade em o atingir. Este Trabalho de Investigação Individual argumenta que, na sua dimensão intrínseca, o Poder Terrestre tende a evoluir no sentido do equilíbrio entre fogos e manobra, que as forças facilmente projectáveis tendem a ser o modelo adoptado e que o paradigma de emprego das forças terrestres tende a manter, quer uma abordagem manoverista, quer a adopção dos três níveis da guerra. Na dimensão extrínseca, o Poder Terrestre manteve-se o poder decisivo dentro do instrumento militar e tende a manter este papel, num modelo de aplicação conjunta do instrumento militar, principalmente, como facilitador de uma óptica integrada dos instrumentos do poder do Estado. Abstract: Since humans inhabit the land environment, it’s here that the majority of military operations lead to decisive results at the political level. Since the Landpower has the unique capacity to conquer and control territory, and population within, the analysis of the employment of ground forces becomes inevitable in the study of the application of the military instrument. The role of Landpower has also been extending beyond the military defeat of the opponents, to embrace the establishment of a safe and secure environment, thus facilitating the integration of the other instruments of State’s power. To understand the present situation, and the evolution trend, of Landpower, purpose of this research, it is necessary to examine its past. The evolution of Landpower should be analyzed in two dimensions, an intrinsic one, comprehending the knowledge of the application forms and techniques of ground forces, and an extrinsic one, about the role and importance of Landpower within the military instrument. This research departs from the evolution of U.S., USSR / Russia and China Landpower, since the end of World War 2, to reach an evolutionary pattern that would allow a prospective view of its trend, according to the foreseen evolution of conflicts and of the Operational Environment. The intrinsic dimension is analyzed based on four variables. The first, part of the combat power, examines the balance between fire and maneuver. The second deals with the capacity of deploying forces, while the other two, in the area of doctrine, study the levels of war and the type of approach to the conduct of operations, attritionist or maneuverist. In the extrinsic dimension the used variable is the Landpower’s behavior across the spectrum of military operations, based on the importance of land forces in the employment of the military instrument and the relationship between the type of desired end state and the ability to achieve it. This research argues that in its intrinsic dimension, Landpower tends to adopt an even balance between fire and maneuver, deployable forces tend to be the adopted model, and the paradigm of land forces employment tends to be maneuverist and to adopt the three levels of war. In its extrinsic dimension, Landpower remained the decisive power inside the military instrument, and tends to keep this role in a joint military instrument application’s model, mainly, as a facilitator of an integrated use of the instruments of the State’s power.
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The evolution of Landpower should be analyzed in two dimensions, an intrinsic one, comprehending the knowledge of the application forms and techniques of ground forces, and an extrinsic one, about the role and importance of Landpower within the military instrument. This research departs from the evolution of U.S., USSR / Russia and China Landpower, since the end of World War 2, to reach an evolutionary pattern that would allow a prospective view of its trend, according to the foreseen evolution of conflicts and of the Operational Environment. The intrinsic dimension is analyzed based on four variables. The first, part of the combat power, examines the balance between fire and maneuver. The second deals with the capacity of deploying forces, while the other two, in the area of doctrine, study the levels of war and the type of approach to the conduct of operations, attritionist or maneuverist. 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