Fraude alimentar versus defesa dos alimentos e medidas de mitigação : de acordo com os referenciais de gestão da segurança e qualidade alimentar GFSI

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Maria Alexandra Mesquita
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/30651
Resumo: A produção de alimentos encontra-se atualmente globalizada, o que torna os alimentos um veículo fácil para causar danos à saúde dos consumidores, existindo, portanto, a necessidade dos governos e empresas do setor alimentar implementarem medidas de defesa dos alimentos. Simultaneamente, a extensão e complexidade da cadeia de fornecimento de alimentos, aliada à pressão económica propicia a disposição para a fraude alimentar. O estágio curricular na empresa BioConnection - Consultoria e Formação, Lda, teve como um dos objetivos a análise da perceção e posição das empresas da cadeia de fornecimento alimentar nacionais face à defesa dos alimentos e à fraude alimentar, averiguando as medidas de controlo que já se encontram implementadas e a sua relação com a adoção de normas de certificação. A recolha de dados passou pelo envio de um inquérito a empresas do setor alimentar, tendo uma taxa de resposta de 34,3%. A definição correta de “defesa dos alimentos” foi selecionada por 89,0% das empresas certificadas e 53,3% das empresas não certificadas. A definição correta de “fraude alimentar” foi selecionada por 97,3% das empresas certificadas e 86,7% das empresas não certificadas. O plano de defesa dos alimentos e fraude alimentar estava implementado em 83,6% e 74,0%, respetivamente, das empresas certificadas e em 30,0% e 20,0%, respetivamente, das empresas não certificadas. A formação aos colaboradores em defesa dos alimentos e fraude alimentar fazia parte do plano de formação de 90,4% e 72,6%, respetivamente, das empresas certificadas e em 53,3% e 33,3%, respetivamente, das empresas não certificadas. Relativamente ao nível de risco para a defesa dos alimentos e fraude alimentar, observou-se uma associação significativa na atribuição dos dois níveis de risco (R = 0,467; p < 0,001). O nível de risco de fraude alimentar atribuído demonstrou ser influenciado pelo setor de atividade da empresa (p = 0,098), sendo que os setores apontados como de maior risco foram: agricultura, produção animal, caça e atividades dos serviços relacionados, abate de animais, preparação e conservação de carne e de produtos à base de carne; produção de óleos e gorduras animais e vegetais; indústria de laticínios; e comércio por grosso de produtos alimentares, bebidas e tabaco. Neste estudo verificou-se que a preocupação com estes dois temas é mais evidente em empresas certificadas, mas que a formação aos colaboradores é transversal, sendo necessário um maior investimento nas medidas de prevenção nas empresas não certificadas.
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O estágio curricular na empresa BioConnection - Consultoria e Formação, Lda, teve como um dos objetivos a análise da perceção e posição das empresas da cadeia de fornecimento alimentar nacionais face à defesa dos alimentos e à fraude alimentar, averiguando as medidas de controlo que já se encontram implementadas e a sua relação com a adoção de normas de certificação. A recolha de dados passou pelo envio de um inquérito a empresas do setor alimentar, tendo uma taxa de resposta de 34,3%. A definição correta de “defesa dos alimentos” foi selecionada por 89,0% das empresas certificadas e 53,3% das empresas não certificadas. A definição correta de “fraude alimentar” foi selecionada por 97,3% das empresas certificadas e 86,7% das empresas não certificadas. O plano de defesa dos alimentos e fraude alimentar estava implementado em 83,6% e 74,0%, respetivamente, das empresas certificadas e em 30,0% e 20,0%, respetivamente, das empresas não certificadas. A formação aos colaboradores em defesa dos alimentos e fraude alimentar fazia parte do plano de formação de 90,4% e 72,6%, respetivamente, das empresas certificadas e em 53,3% e 33,3%, respetivamente, das empresas não certificadas. Relativamente ao nível de risco para a defesa dos alimentos e fraude alimentar, observou-se uma associação significativa na atribuição dos dois níveis de risco (R = 0,467; p < 0,001). O nível de risco de fraude alimentar atribuído demonstrou ser influenciado pelo setor de atividade da empresa (p = 0,098), sendo que os setores apontados como de maior risco foram: agricultura, produção animal, caça e atividades dos serviços relacionados, abate de animais, preparação e conservação de carne e de produtos à base de carne; produção de óleos e gorduras animais e vegetais; indústria de laticínios; e comércio por grosso de produtos alimentares, bebidas e tabaco. Neste estudo verificou-se que a preocupação com estes dois temas é mais evidente em empresas certificadas, mas que a formação aos colaboradores é transversal, sendo necessário um maior investimento nas medidas de prevenção nas empresas não certificadas.Food production is currently globalized, which makes food an easy vehicle to cause harm to consumers health, so there is a need for governments and food companies to implement food defense measures. Simultaneously, the extension and complexity of the food supply chain, allied with the economic pressure facilitates the tendency for food fraud. The main objective of the curricular internship at BioConnection - Consultoria e Formação, Lda was to analyse the perception and position of the national food supply chain companies in regarding to food defense and food fraud, verifying the control measures that are already implemented and their relationship with the adoption of certification standards.Data were collected by sending a questionnaire to food companies, with a rate response of 34.3%. The correct definition of "food defense" was selected by 89.0% of certified companies and 53.3% of non-certified companies. The correct definition of "food fraud" was selected by 97.3% of certified companies and 86.7% of non-certified companies. The food defense and food fraud plan was implemented in 83.6% and 74.0%, respectively, of the certified companies and 30.0% and 20.0%, respectively, of the non-certified companies. The training of employees in food defense and food fraud was part of the training plan in 90.4% and 72.6%, respectively, of the certified companies and in 53.3% and 33.3%, respectively, of the non-certified companies. Regarding the level of risk for food defense and food fraud, it was found a significative association in the assignment of the two risk levels (R = 0.467; p <0.001). The risk level of food fraud attributed was influenced by the company activity sector (p = 0.098), and the sectors considered to be at greatest risk were: agriculture, animal production, hunting and related service activities, slaughter of animals, preparation and preservation of meat and meat products; production of animal and vegetable oils and fats; dairy industry; and wholesale of food, beverages and tobacco. In this study it was verified that the concern with these two themes is more evident in certified companies, but employees training is transversal, being necessary a greater investment in the prevention measures in the non-certified companies.Franco, Maria de Fatima Magalhães de CarvalhoMartins, Margarida João Ribeiro de LizVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaTeixeira, Maria Alexandra Mesquita2020-06-02T14:46:40Z2018-12-1420182018-12-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/30651TID:202332268porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:36:10Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/30651Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:24:38.822500Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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