Reconciliação : realidade teológica e humana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tyindumbo, Sesseca Liacundja
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/30616
Resumo: Em poucas palavras importa neste trabalho compreender que, no processo da reconcilição sobressai primeiramente a vontade divina de reconciliar-se com a humanidade por meio de Jesus Cristo. Na relação do homem com o seu Criador, Cristo, surge como uma graça que dá lugar à comunhão e abre novas perspectivas de vida. Deus é o principal ator da reconciliação apesar de não ter sido Ele o autor do pecado, mas tudo fez para que a humanidade fosse livre do pecado e que a comunhão, a conversão e o perdão estivessem acima de qualquer ação humana (Cf: Is 1,16-18). Assiste-se em toda a parte uma tensão permanente de confronto entre o bem e o mal motivado pela desigualdade social, injustiça, falta de liberdade e oportunidade para todos. No entanto a reconciliação é urgente e necessária, pois ela é um meio pelo qual os homens aproximam-se a Deus através do processo de conversão e perdão. Reconciliar-se é reatar as relações e pôr fim a má convivência, restabelecer um novo ambiente de vida e de amor. O objectivo deste trabalho é propor aos homens do nosso tempo, a buscarem a unidade, o amor, a paz e perdão através do processo de reconciliação; por esta razão procurei tratar do tema intitulado: “A Reconciliação Realidade Teológica e Humana”. Mas sem prescindir do protagonismo cristológico na obra da reconciliação, sendo Ele o único e verdadeiro modelo da reconciliação e da paz. A paz terrena é imagem e fruto da paz de Cristo, o “Conselheiro-Admirável, Deus herói, Pai-Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9,5). Títulos aplicados ao menino real e que a Igreja na sua liturgia carateriza Jesus como o verdadeiro Emanuel. Pelo sangue da sua cruz, Ele, “aniquilou toda a inimizade” (Ef 2,16), “reconciliou com Deus os homens e fez da sua Igreja sacramento de unidade do género humano e da sua união com Deus” 1 . A Igreja assume a reconciliação como sacramento que purifica o homem do pecado e o reconduz a Deus. A reconciliação é um sacramento que renova a comunhão com Deus e com a Igreja; ela confere ao homem a dignidade e o amor, marca o fim de conflitos com o pecado e reata um novo ambiente de paz e de justiça. A reconciliação é um caminho autêntico para o perdão, ela exige misericordia, arrependimento e conversão, como momentos de reconhecimento da presença da graça divina. Em África como noutras partes do mundo, a reconciliação é um processo continuo na construção de paz e meio pelo qual se transforma as forças negativavas em positivas, que favorecem uma convivência baseada nos princípios de liberdade, justiça, respeitando todos os direitos fundamentais do homem. A reconciliação é um ato de reconstrução pós-conflito, uma reconstrução das estruturas morais e físicas, isto é, reconstruçâo do homem na sua integridade total. O Diálogo é um elemento importante na aproximação das famílias, dos povos de diferentes culturas e regiões do mundo. Um diálogo tomado por meio de mediação e correção fraterna, sem tirar partido algum, mas que conduz para uma comunhão de fraterna caridade.
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No entanto a reconciliação é urgente e necessária, pois ela é um meio pelo qual os homens aproximam-se a Deus através do processo de conversão e perdão. Reconciliar-se é reatar as relações e pôr fim a má convivência, restabelecer um novo ambiente de vida e de amor. O objectivo deste trabalho é propor aos homens do nosso tempo, a buscarem a unidade, o amor, a paz e perdão através do processo de reconciliação; por esta razão procurei tratar do tema intitulado: “A Reconciliação Realidade Teológica e Humana”. Mas sem prescindir do protagonismo cristológico na obra da reconciliação, sendo Ele o único e verdadeiro modelo da reconciliação e da paz. A paz terrena é imagem e fruto da paz de Cristo, o “Conselheiro-Admirável, Deus herói, Pai-Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9,5). Títulos aplicados ao menino real e que a Igreja na sua liturgia carateriza Jesus como o verdadeiro Emanuel. Pelo sangue da sua cruz, Ele, “aniquilou toda a inimizade” (Ef 2,16), “reconciliou com Deus os homens e fez da sua Igreja sacramento de unidade do género humano e da sua união com Deus” 1 . A Igreja assume a reconciliação como sacramento que purifica o homem do pecado e o reconduz a Deus. A reconciliação é um sacramento que renova a comunhão com Deus e com a Igreja; ela confere ao homem a dignidade e o amor, marca o fim de conflitos com o pecado e reata um novo ambiente de paz e de justiça. A reconciliação é um caminho autêntico para o perdão, ela exige misericordia, arrependimento e conversão, como momentos de reconhecimento da presença da graça divina. Em África como noutras partes do mundo, a reconciliação é um processo continuo na construção de paz e meio pelo qual se transforma as forças negativavas em positivas, que favorecem uma convivência baseada nos princípios de liberdade, justiça, respeitando todos os direitos fundamentais do homem. A reconciliação é um ato de reconstrução pós-conflito, uma reconstrução das estruturas morais e físicas, isto é, reconstruçâo do homem na sua integridade total. O Diálogo é um elemento importante na aproximação das famílias, dos povos de diferentes culturas e regiões do mundo. Um diálogo tomado por meio de mediação e correção fraterna, sem tirar partido algum, mas que conduz para uma comunhão de fraterna caridade.In short, it is important in this work to understand that in the process of reconciliation, the Divine will to reconcile with humanity through Jesus Christ stands out. Man´s quarrelsome relationship with his Christ creator emerges as a grace that gives way to communion and opens new perspectives to life. God is the principal author of the reconciliation, although he was not the author of sin, but he did everything to ensure that humanity was free from sin and that communion, conversion and forgiveness were above all human action (Cf: Is 1, 16-18). Everywhere there is a constant tension of confrontation between God and evil caused by inequality .injustice, lack of freedom and opportunity for all people. However reconciliation is urgent and necessary because it is the means by which men get near God through the process of conversion and forgiveness. To reconcile is to renew relations and to end bad coexistence and to restore a new environment of life and love. The objective of this work it is to propose to the men of our time to seek unity, love peace and forgiveness through the process of reconciliation; for this reason I sought to address the theme entitled “Reconciliation as human and theological reality”, but without giving up Christological role in the work of reconciliation, he is the only true model of reconciliation and peace.. Earthly peace is the image and fruit of Christ`s peace “ The messianic Prince of Peace” (Is 9, 5). By the blood of his cross, he “carrying death to enmity in himself” (Ef 2, 16); “reconciled men to God and made His Church sacrament of the unity of mankind and of their union with God” (CIC-2305). The Church assumes reconciliation as a sacrament that purifies man from sin and brings him to God. Reconciliation is a sacrament that renews communion with God and Church; it confers on man dignity and love, marks the end of conflicts with sin and creates a new environment of peace and justice .Reconciliation is an authentic path to forgiveness, it requires mercy, repentance and conversion as moments of acknowledgment of the presence of the divine grace. In Africa as in other parts of the world , reconciliation is an ongoing process of peace building and a means by which negative forces become positive that help coexistence based on the principles of liberty , while respecting all fundamental rights of the man. Reconciliation is an act of post-conflicting reconstruction of moral and physical structures, this means, reconstruction of man in his total integrity. Dialogue is an important element on bringing families, peoples of different cultures and regions of the world together. A dialogue taken through fraternal mediation and correction without taking advantage of it, but leading to a fraternal communion of charity.Trigo, Jerónimo dos SantosVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaTyindumbo, Sesseca Liacundja2020-05-29T10:37:48Z2020-04-3020192020-04-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/30616TID:202481778porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:36:12Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/30616Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:24:40.869947Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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