Direito ao conhecimento das origens vs. prazo de caducidade da ação de investigação da paternidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/42210 |
Resumo: | O presente trabalho visa questionar a constitucionalidade da sujeição do direito a conhecer as origens a um prazo de caducidade findo o qual esse direito deixa de poder ser exercido. Esta solução é bastante lesiva dos direitos fundamentais do pretenso filho, nomeadamente do seu direito à sua identidade pessoal e à conformação da sua personalidade – tratando-se de direitos pessoais, exigem a imprescritibilidade. Assim, focar-nos-emos na apreciação do prazo previsto no n.º 1 do art. 1817.º do Código Civil, esclarecendo-se ainda que apesar de esta questão se poder colocar também no plano da investigação da maternidade, a nossa análise apenas irá versar sobre a investigação da paternidade. Pretende-se, com este trabalho, perceber as evoluções sentidas ao nível da investigação da paternidade, identificando as divergências que existem quanto a esta matéria quer a nível jurisprudencial, quer a nível doutrinal, pois só dessa forma conseguiremos avançar com aquela que nos parece ser a melhor solução para o problema. Apesar de esta questão já ter sido discutida várias vezes, não podemos deixar de a ressuscitar, pois se a ignorássemos e parássemos de nos preocupar com ela, o legislador acharia que nos conformamos com a solução atual, o que não acontece. Só insistindo na demonstração dos motivos que justificam a eliminação do prazo de caducidade da ação de investigação da paternidade é que conseguiremos obter uma solução capaz de assegurar os direitos fundamentais do investigante. |
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Direito ao conhecimento das origens vs. prazo de caducidade da ação de investigação da paternidadePaternidadeDireito ao conhecimento das origensAção de investigação da paternidadeFiliaçãoDireito à identidade pessoalDireito ao livre desenvolvimento da personalidadeDireito à não discriminação dos filhos nascidos fora do casamentoVerdade biológicaImprescritibilidadePaternityRight of knowledge of the originsPaternity investigation actionFiliationRight to personal identityRight to free development of personalityRight to non-discrimination of children born out of marriageBiological truthImprescriptibilityDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::DireitoO presente trabalho visa questionar a constitucionalidade da sujeição do direito a conhecer as origens a um prazo de caducidade findo o qual esse direito deixa de poder ser exercido. Esta solução é bastante lesiva dos direitos fundamentais do pretenso filho, nomeadamente do seu direito à sua identidade pessoal e à conformação da sua personalidade – tratando-se de direitos pessoais, exigem a imprescritibilidade. Assim, focar-nos-emos na apreciação do prazo previsto no n.º 1 do art. 1817.º do Código Civil, esclarecendo-se ainda que apesar de esta questão se poder colocar também no plano da investigação da maternidade, a nossa análise apenas irá versar sobre a investigação da paternidade. Pretende-se, com este trabalho, perceber as evoluções sentidas ao nível da investigação da paternidade, identificando as divergências que existem quanto a esta matéria quer a nível jurisprudencial, quer a nível doutrinal, pois só dessa forma conseguiremos avançar com aquela que nos parece ser a melhor solução para o problema. Apesar de esta questão já ter sido discutida várias vezes, não podemos deixar de a ressuscitar, pois se a ignorássemos e parássemos de nos preocupar com ela, o legislador acharia que nos conformamos com a solução atual, o que não acontece. Só insistindo na demonstração dos motivos que justificam a eliminação do prazo de caducidade da ação de investigação da paternidade é que conseguiremos obter uma solução capaz de assegurar os direitos fundamentais do investigante.This paper seeks to question the constitutionality of subjecting the right to know one’s origins to a limitation period after which the right may no longer be exercised. This solution is quite damaging to the fundamental right of the alleged child, namely their right to their personal identity and to the shaping of their personality – since these are personal rights, they require imprescriptibility. Thus, we will focus on the assessment of the time limit provided in article 1817, no. 1 of the Civil Code, making it clear that although this issue may also arise in the investigation of maternity, our analysis will only focus on the investigation of paternity. The aim of this paper is to understand the developments in the investigation of paternity, identifying the divergences that exist in jurisprudence and doctrine, because only in this way will we be able to present what we believe to be the best solution to the problem. Although this issue has already been discussed several times, we cannot fail to resurrect it, because if we ignore it and stop worrying about it, the legislator would think that we have conformed to the current solution, which is not the case. Only by insisting on demonstrating the reasons justifying the elimination of the statute of limitations for the paternity investigation action will we be able to obtain a solution capable of ensuring the fundamental rights of the investigator.Ferreira, Maria Elisabete da CostaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaSilva, Mariana Miguel de Oliveira e2023-09-07T10:05:56Z2023-07-2020232023-07-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/42210TID:203341309porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-09-12T01:39:40Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/42210Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:28:56.984109Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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