Bem-estar subjetivo de adeptos de futebol durante a interdição de público nos estádios devido à pandemia COVID-19

• Autor(a) principal: Sardo, Filipa Sofia Sant´Ana Lopes Malheiro
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/39698
• topic: Pandemia COVID-19; Interdição de público; Adeptos de futebol; Bem-estar subjetivo; Afeição ao clube; COVID-19 pandemic; Public interdiction; Football supporters; Subjective wellbeing; Club affection; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia

A pandemia de COVID-19 trouxe a necessidade da tomada de medidas com vista à promoção da saúde pública e à prevenção do contágio. Todos os espetáculos desportivos, incluindo jogos de futebol, foram interditados de acesso por parte do público, realizando-se sem adeptos nas bancadas. O presente estudo exploratório, de abordagem quantitativa e qualitativa, teve como objetivo conhecer a forma como os adeptos de futebol percecionaram o impacto que a interdição de público nos estádios de futebol teve no seu bem-estar. Participaram nesta investigação 431 adeptos de futebol (71% homens) residentes em Portugal, com idades entre os 18 e os 74 anos. Os dados foram recolhidos através de questionário online, que incluiu questões de caracterização sociodemográfica e de caracterização do tipo de adepto; escalas Positive and Negative Affect Scale (PANAS) e Mental Health Continnum Short Form (MHCF-SF), adaptadas para avaliar o bem-estar subjetivo neste contexto particular, bem como algumas questões abertas. Concluiu-se que a interdição de público nos estádios de futebol teve um impacto negativo no bem-estar subjetivo dos adeptos, sobretudo em participantes com elevado grau de afeição ao clube. As temáticas emergentes do processo de análise de conteúdo comprovaram os efeitos negativos no bem-estar subjetivo, evidenciando as áreas em que o mesmo foi mais sentido, nomeadamente na alteração e quebra de rotinas, aos sentimentos e emoções percecionados e à impossibilidade de manifestar apoio à equipa. As implicações do estudo remetem para a importância que assistir presencialmente aos jogos de futebol tem no bem-estar subjetivo dos respetivos adeptos. Investigações futuras são necessárias no sentido de sustentar estes resultados, estudando de forma mais aprofundada o impacto que o futebol assume no bem-estar junto dos seus adeptos, independentemente do contexto pandémico que emoldurou a nossa investigação.