Quem tem medo da supervisão? : um estudo de contradições entre discursos, conceitos e práticas de professores e escolas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Olga Maria Fernandes
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/27060
Resumo: É através do conhecimento e da competência do fazer do professor, junto ao aluno, que se justifica a implementação de uma ação de supervisão, da prática letiva, enquanto estratégia formativa, centrada no contexto de trabalho, uma resposta possível que, através da observação direta das práticas, da reflexão e da construção colaborativa de conhecimento, facilite a resolução de problemas, promova o desenvolvimento profissional e a inovação curricular, aumentando a eficácia docente. Por conseguinte, a revisão da literatura evidencia que a supervisão pedagógica pode emergir como plataforma individual e organizacional capaz de promover estratégias que potenciem o trabalho colaborativo e reforcem a identidade docente. Neste contexto, optamos por uma investigação de natureza qualitativa, concretamente, pelo estudo de caso, recorrendo, para isso, à entrevista de supervisores/coordenadores e dois focus groups de supervisionados. Através da metodologia de análise de conteúdo os principais resultados permitem concluir que há conhecimento das funções supervisoras e das competências do supervisor e que, embora informais, existem momentos de reflexão conjunta entre docentes. A nível de práticas letivas de supervisão pedagógica, existe ainda um longo caminho a palmilhar. Considera-se que o sucesso e otimização de todo este processo depende de forma determinante do modo como os professores e as lideranças se posicionam relativamente à sua utilidade e validade educativa. Pensamos que passará pela necessidade de normalizar a implementação de mecanismos de supervisão bem como de ponderar acerca da sua relevância. Neste estudo constatamos ainda que um dos grandes entraves quer às práticas supervisivas, quer às colaborativas advêm do medo dos docentes se exporem aos outros, mostrando os seus pontos fracos, as suas dúvidas e medos, que podem pôr a sua reputação em perigo.
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