O Ciberespaço Como Denúncia: Assédio e Discriminação Vinculados à Colonialidade no Projeto Brasileiras Não Se Calam

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lamartine,Camila
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Silva,Marisa Torres da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-35752022000100209
Resumo: Resumo: O estereótipo da mulher latina é comummente associado à sexualidade. Dentre elas, as mulheres brasileiras parecem carregar ainda mais este estigma mundo fora. Enquanto imigrantes, interseccionadas por outras matrizes de opressão além de género e raça, por exemplo, estas mulheres veem-se sujeitas a diversas marcas ainda remanescentes da colonialidade eurocêntrica que as inferioriza e silencia (Mignolo, 2000/2003), o que é agravado quando o país de emigração é o seu colonizador. Este artigo explora a utilização do ciberespaço como campo de denúncia e ativismo feminista através do estudo de caso do perfil @brasileirasnaosecalam, a partir da análise de conteúdo. O projeto surge na rede social digital Instagram com o intuito de denunciar, de maneira anónima, assédios, discriminações e preconceitos que mulheres imigrantes brasileiras sofrem em Portugal, especificamente por carregarem consigo a sua própria nacionalidade. Assim, através do ciberativismo, também feminista, as mulheres dispõem de um novo ciclo político de oportunidades impulsionadas pela construção e consolidação de laços entre elas ao redor do globo, rompendo binarismos, também entre primeiro e terceiro mundo, num apelo à articulação entre fronteiras (Timeto, 2019). Constata-se a relevância de empreender uma visão ontológica que se apoie numa perspetiva feminista decolonial e interseccional que utiliza o ciberfeminismo como aliado de interconexão entre o espaço digital e o real.
id RCAP_df3ccfb2a54f1f4d39e94a29371a9b9f
oai_identifier_str oai:scielo:S2183-35752022000100209
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O Ciberespaço Como Denúncia: Assédio e Discriminação Vinculados à Colonialidade no Projeto Brasileiras Não Se CalamciberativismoimigraçãoxenofobiaBrasileiras Não Se CalamciberfeminismoResumo: O estereótipo da mulher latina é comummente associado à sexualidade. Dentre elas, as mulheres brasileiras parecem carregar ainda mais este estigma mundo fora. Enquanto imigrantes, interseccionadas por outras matrizes de opressão além de género e raça, por exemplo, estas mulheres veem-se sujeitas a diversas marcas ainda remanescentes da colonialidade eurocêntrica que as inferioriza e silencia (Mignolo, 2000/2003), o que é agravado quando o país de emigração é o seu colonizador. Este artigo explora a utilização do ciberespaço como campo de denúncia e ativismo feminista através do estudo de caso do perfil @brasileirasnaosecalam, a partir da análise de conteúdo. O projeto surge na rede social digital Instagram com o intuito de denunciar, de maneira anónima, assédios, discriminações e preconceitos que mulheres imigrantes brasileiras sofrem em Portugal, especificamente por carregarem consigo a sua própria nacionalidade. Assim, através do ciberativismo, também feminista, as mulheres dispõem de um novo ciclo político de oportunidades impulsionadas pela construção e consolidação de laços entre elas ao redor do globo, rompendo binarismos, também entre primeiro e terceiro mundo, num apelo à articulação entre fronteiras (Timeto, 2019). Constata-se a relevância de empreender uma visão ontológica que se apoie numa perspetiva feminista decolonial e interseccional que utiliza o ciberfeminismo como aliado de interconexão entre o espaço digital e o real.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade - Universidade do Minho2022-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-35752022000100209Comunicação e Sociedade v.41 2022reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-35752022000100209Lamartine,CamilaSilva,Marisa Torres dainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:30:35Zoai:scielo:S2183-35752022000100209Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:34:02.343811Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O Ciberespaço Como Denúncia: Assédio e Discriminação Vinculados à Colonialidade no Projeto Brasileiras Não Se Calam
title O Ciberespaço Como Denúncia: Assédio e Discriminação Vinculados à Colonialidade no Projeto Brasileiras Não Se Calam
spellingShingle O Ciberespaço Como Denúncia: Assédio e Discriminação Vinculados à Colonialidade no Projeto Brasileiras Não Se Calam
Lamartine,Camila
ciberativismo
imigração
xenofobia
Brasileiras Não Se Calam
ciberfeminismo
title_short O Ciberespaço Como Denúncia: Assédio e Discriminação Vinculados à Colonialidade no Projeto Brasileiras Não Se Calam
title_full O Ciberespaço Como Denúncia: Assédio e Discriminação Vinculados à Colonialidade no Projeto Brasileiras Não Se Calam
title_fullStr O Ciberespaço Como Denúncia: Assédio e Discriminação Vinculados à Colonialidade no Projeto Brasileiras Não Se Calam
title_full_unstemmed O Ciberespaço Como Denúncia: Assédio e Discriminação Vinculados à Colonialidade no Projeto Brasileiras Não Se Calam
title_sort O Ciberespaço Como Denúncia: Assédio e Discriminação Vinculados à Colonialidade no Projeto Brasileiras Não Se Calam
author Lamartine,Camila
author_facet Lamartine,Camila
Silva,Marisa Torres da
author_role author
author2 Silva,Marisa Torres da
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Lamartine,Camila
Silva,Marisa Torres da
dc.subject.por.fl_str_mv ciberativismo
imigração
xenofobia
Brasileiras Não Se Calam
ciberfeminismo
topic ciberativismo
imigração
xenofobia
Brasileiras Não Se Calam
ciberfeminismo
description Resumo: O estereótipo da mulher latina é comummente associado à sexualidade. Dentre elas, as mulheres brasileiras parecem carregar ainda mais este estigma mundo fora. Enquanto imigrantes, interseccionadas por outras matrizes de opressão além de género e raça, por exemplo, estas mulheres veem-se sujeitas a diversas marcas ainda remanescentes da colonialidade eurocêntrica que as inferioriza e silencia (Mignolo, 2000/2003), o que é agravado quando o país de emigração é o seu colonizador. Este artigo explora a utilização do ciberespaço como campo de denúncia e ativismo feminista através do estudo de caso do perfil @brasileirasnaosecalam, a partir da análise de conteúdo. O projeto surge na rede social digital Instagram com o intuito de denunciar, de maneira anónima, assédios, discriminações e preconceitos que mulheres imigrantes brasileiras sofrem em Portugal, especificamente por carregarem consigo a sua própria nacionalidade. Assim, através do ciberativismo, também feminista, as mulheres dispõem de um novo ciclo político de oportunidades impulsionadas pela construção e consolidação de laços entre elas ao redor do globo, rompendo binarismos, também entre primeiro e terceiro mundo, num apelo à articulação entre fronteiras (Timeto, 2019). Constata-se a relevância de empreender uma visão ontológica que se apoie numa perspetiva feminista decolonial e interseccional que utiliza o ciberfeminismo como aliado de interconexão entre o espaço digital e o real.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-06-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-35752022000100209
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-35752022000100209
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-35752022000100209
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade - Universidade do Minho
publisher.none.fl_str_mv Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade - Universidade do Minho
dc.source.none.fl_str_mv Comunicação e Sociedade v.41 2022
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137397658615808