Prise d’otages

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Raymond, Serge G.
Data de Publicação: 1993
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/2963
Resumo: A tomada de reféns constitui um grande ensinamento para O perito. Situe-se ela no campo do terrorismo ou no do afecto, trata-se sempre de uma agressão que mobiliza a totalidade dos recursos do sujeito, quer no plano pulsional quer na esfera intelectual. A avaliação do traumatismo deve ser feita tanto no próprio momento em que ocorrem os fatos, isto é, quando se estabelecem as relações entre raptores e reféns, por um lado, e entre raptores e autoridade sobre as quais se exerce pressão, por outro lado, como ainda no regresso da vitima, sempre que se pretende medir os efeitos de aceleração do tempo. Tudo se passa então como se o que estava adormecido emergisse: O pré-psicótico tornar-se-ia psicótico, o pré-neurótico, neurótico ou, ainda, O neurótico orientar-se-ia para a psicose, num registo de robotização do comportamento. Na avaliação psicológica das sequelas afectivas deverá ter-se em conta não só a vitima como ainda os mais próximos dela, incluindo os adolescentes: pode haver propensão dos filhos, por exemplo, a repetirem ou a colocarem-se na situação de vitimas.
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