Caracterização socioeconómica dos estudantes de medicina da UBI e relação com o desempenho académico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/8334 |
Resumo: | Introdução e objetivos: A educação é uma necessidade primária nesta era de globalização. Parte do sucesso do processo educacional médico tem sido avaliado pelo desempenho académico dos estudantes, que costuma ser medido através das médias dos alunos. O desempenho académico dos estudantes tem vindo a ser estudado por vários investigadores, sendo que inúmeras variáveis relacionadas com o estatuto socioeconómico dos alunos têm demonstrado influenciar o seu desempenho académico.(1–5) Assim, torna-se interessante estudar fatores socioeconómicos que possam influenciar o desempenho académico dos estudantes de medicina da Universidade da Beira Interior (UBI), de maneira a se desenvolver politicas que reduzam desigualdades na educação médica e na qualidade do ensino facultado pela Faculdade Ciências da Saúde (FCS). Esta investigação tem como objetivo principal relacionar características do ambiente familiar dos alunos de Medicina com o seu desempenho académico. Métodos: Foi aplicado um questionário sociodemográfico aos alunos do 1º ano de medicina da UBI que ingressaram no ano letivo 2015/2016 e analisadas as seguintes variáveis: habilitações literárias, situação, categoria e atividade profissional do pai e da mãe. A amostra em estudo, constituída por 132 alunos, foi descrita utilizando a estatística descritiva (frequências, médias e desvios-padrão). Posteriormente, recorreu-se a alguns métodos de inferência estatística, nomeadamente ao teste da ANOVA, teste de Kruskal-Wallis, teste t-student para amostras independentes e teste de Mann-Whitney. Foi considerada uma significância de 5 %. Resultados: Verificou-se que os estudantes de medicina com média de 1º ano mais baixa têm pais e mães com nível de escolaridade mais baixo (ensino básico) e que os estudantes com média de 1º ano mais elevada têm pais e mães graduados e pós-graduados. No entanto, estas diferenças não mostraram ser significativas. Verificou-se também, embora as relações não tenham sido significativas, que os alunos com média de 1º ano de medicina mais baixa têm pais desempregados e que os estudantes com mães desempregadas são os que apresentam melhores resultados académicos. Em contrapartida, verificou-se que os alunos com média mais elevada têm pais a trabalhar como pessoal administrativo e similares e os que têm média mais baixa têm pais a trabalhar como pessoal dos serviços e vendedores. Para além disso, a média mais elevada dos alunos está associada à seguinte categoria profissional das mães: trabalhar como operárias, artífices e trabalhadoras similares. Estas relações também não apresentaram significância estatística. Quanto ao facto de os pais e mães serem trabalhadores por conta de outrem ou por conta própria, verificou-se que os estudantes com médias mais elevadas são aqueles cujos pais e mães trabalham por conta de outrem, porém este resultado apenas apresentou significância estatística (p-value < 0,05) no caso dos pais. Conclusão: Pelos resultados obtidos, pode-se concluir que o facto de os pais exercerem uma atividade profissional por conta de outrem influencia de forma significativa o desempenho académico dos estudantes do 1º ano de medicina. Em relação às restantes variáveis analisadas, estas não parecem influenciar significativamente o desempenho académico dos estudantes. |
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Caracterização socioeconómica dos estudantes de medicina da UBI e relação com o desempenho académicoCaracterização SocioeconómicaDesempenho AcadémicoEducação MédicaEstudantes MedicinaNível Educacional dos PaisUbiDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução e objetivos: A educação é uma necessidade primária nesta era de globalização. Parte do sucesso do processo educacional médico tem sido avaliado pelo desempenho académico dos estudantes, que costuma ser medido através das médias dos alunos. O desempenho académico dos estudantes tem vindo a ser estudado por vários investigadores, sendo que inúmeras variáveis relacionadas com o estatuto socioeconómico dos alunos têm demonstrado influenciar o seu desempenho académico.(1–5) Assim, torna-se interessante estudar fatores socioeconómicos que possam influenciar o desempenho académico dos estudantes de medicina da Universidade da Beira Interior (UBI), de maneira a se desenvolver politicas que reduzam desigualdades na educação médica e na qualidade do ensino facultado pela Faculdade Ciências da Saúde (FCS). Esta investigação tem como objetivo principal relacionar características do ambiente familiar dos alunos de Medicina com o seu desempenho académico. Métodos: Foi aplicado um questionário sociodemográfico aos alunos do 1º ano de medicina da UBI que ingressaram no ano letivo 2015/2016 e analisadas as seguintes variáveis: habilitações literárias, situação, categoria e atividade profissional do pai e da mãe. A amostra em estudo, constituída por 132 alunos, foi descrita utilizando a estatística descritiva (frequências, médias e desvios-padrão). Posteriormente, recorreu-se a alguns métodos de inferência estatística, nomeadamente ao teste da ANOVA, teste de Kruskal-Wallis, teste t-student para amostras independentes e teste de Mann-Whitney. Foi considerada uma significância de 5 %. Resultados: Verificou-se que os estudantes de medicina com média de 1º ano mais baixa têm pais e mães com nível de escolaridade mais baixo (ensino básico) e que os estudantes com média de 1º ano mais elevada têm pais e mães graduados e pós-graduados. No entanto, estas diferenças não mostraram ser significativas. Verificou-se também, embora as relações não tenham sido significativas, que os alunos com média de 1º ano de medicina mais baixa têm pais desempregados e que os estudantes com mães desempregadas são os que apresentam melhores resultados académicos. Em contrapartida, verificou-se que os alunos com média mais elevada têm pais a trabalhar como pessoal administrativo e similares e os que têm média mais baixa têm pais a trabalhar como pessoal dos serviços e vendedores. Para além disso, a média mais elevada dos alunos está associada à seguinte categoria profissional das mães: trabalhar como operárias, artífices e trabalhadoras similares. Estas relações também não apresentaram significância estatística. Quanto ao facto de os pais e mães serem trabalhadores por conta de outrem ou por conta própria, verificou-se que os estudantes com médias mais elevadas são aqueles cujos pais e mães trabalham por conta de outrem, porém este resultado apenas apresentou significância estatística (p-value < 0,05) no caso dos pais. Conclusão: Pelos resultados obtidos, pode-se concluir que o facto de os pais exercerem uma atividade profissional por conta de outrem influencia de forma significativa o desempenho académico dos estudantes do 1º ano de medicina. Em relação às restantes variáveis analisadas, estas não parecem influenciar significativamente o desempenho académico dos estudantes.Introduction and aim of the work: Education is a primary need in the globalization era we are living in. Part of the success of the educational project of Medicine has been evaluated based on the student’s academic performance, which in turn is typically measured through the students’ scores. Investigators have studied the students’ academic performance, and their studies have revealed that several parameters linked with the students’ socioeconomic status influence their academic achievement.(1–5) Therefore, to study socioeconomic variables that can impact the academic performance of the medical students of the University of Beira Interior (UBI) is highly important, so as to develop strategies that can reduce inequalities in medical education and improve the quality of the education offered by Faculdade de Ciências da Saúde (FCS). The aim of this study is to relate the academic performance of the medical students with their family background. Methods: A sociodemographic questionnaire was administered to first year medical students of UBI who started the degree in the academic year 2015/2016. In this survey, the following variables were analyzed: educational qualifications, professional situation, category and professional activity of the parents. The sample of this study, composed of 132 students, was described using descriptive statistics (frequencies, averages and standard deviations). Afterwards, some statistical inference methods - namely ANOVA test, Kruskal-Wallis test, student’s t-test for independent samples and Mann-Whitney test - were used to complete the study. A significance of 5% was considered. Results: It was ascertained, with non-significant statistical differences, that medical students with a lower first year average score have parents with lower educational qualifications (basic education), and that students with a higher first year average have fathers and mothers with strong educational backgrounds (higher and postgraduate education). It was also shown that first year students with lower average marks have unemployed father figures, and that students with unemployed mothers are the ones with the best academic results. However, these relations appeared to not be statistically differentiable. Students with fathers who work administrative jobs are the ones with higher average. Those who have lower average marks have fathers working as service staff employees and in sales. Furthermore, the highest averages grades were obtained by students whose mothers are factory workers, artisans and similar. These relationships were also not statistically significant. Lastly, it was found that the students with higher marks are those whose parents are employees and not employers, yet this result only exhibited statistical significance in the case of the fathers (p-value < 0,05).Conclusion: The results of this study revealed that the professional activity of the fathers who work as employees has a significant influence on the medical students’ academic performance. The other variables did not significantly influence the performance of first year medical students.Neto, Isabel Maria FernandesNunes, Célia Maria PintouBibliorumLopes, Aléxia Martins2020-01-15T17:06:06Z2018-05-162018-04-32018-05-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8334TID:202361853porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:48:17Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8334Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:41.471550Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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