A integração do 1º Ciclo nos agrupamentos verticais de escolas: o funcionamento do conselho pedagógico de um agrupamento do Concelho de Sintra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Serra, Elsa Maria Mecha Louro Pereira
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/669
Resumo: Dissertação de Mestrado em Administração e Gestão Educacional apresentada à Universidade Aberta
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spelling A integração do 1º Ciclo nos agrupamentos verticais de escolas: o funcionamento do conselho pedagógico de um agrupamento do Concelho de SintraEnsino básico1º CicloAgrupamento de escolasPlaneamento e administração da educaçãoDissertação de Mestrado em Administração e Gestão Educacional apresentada à Universidade AbertaResumo Esta investigação foi realizada no âmbito do Mestrado em Administração e Gestão Educacional, tendo como tema “A INTEGRAÇÃO DO 1º CICLO NOS AGRUPAMENTOS VERTICAIS DE ESCOLAS – o funcionamento do Conselho Pedagógico de um Agrupamento do Concelho de Sintra”. Procurou conhecer as percepções dos professores do Conselho Pedagógico sobre a formação do Agrupamento Vertical de Escolas e as alterações decorrentes da sua constituição. Para isso foram formulados seis objectivos de investigação, através dos quais se pretende conhecer a dinâmica do Conselho Pedagógico antes da formação do Agrupamento Vertical de Escolas e após a integração do 1º ciclo nesse Agrupamento; contribuir para a identificação de factores gerais considerados positivos ou negativos pelos professores do Conselho Pedagógico, em resultado da formação de Agrupamentos Verticais de Escolas; descrever dificuldades e benefícios para a escola do 1º ciclo por estar representada no Conselho Pedagógico do Agrupamento e para o(a) professor(a) que aí a representa e contribuir para a identificação de factores positivos e negativos resultantes do facto do representante de cada escola no Conselho Pedagógico não ser o Coordenador de Estabelecimento. A investigação inseriu-se no paradigma qualitativo e é de carácter exploratório e descritivo. Utilizou como instrumentos de recolha de dados a análise documental, a entrevista individual e o grupo focal e recorreu ao processo de análise de conteúdo, realizado segundo MORGAN. As principais conclusões obtidas foram as seguintes: Antes de existir o Agrupamento, a dinâmica da reunião dependia das pessoas que integravam o CP e da forma como a presidente a preparava e conduzia. As ordens de trabalho eram mais restritas. Os assuntos debatidos relacionavam-se com a vida da escola, a produção de todos os documentos internos necessários, a análise da legislação, a formação dos docentes e com os problemas e questões pedagógicas e comportamentais relacionadas com os alunos da escola. Depois da formação do Agrupamento ocorreram alterações, motivadas pelo número de elementos, as extensas ordens de trabalho, a necessidade de muito trabalho prévio, a diversidade e complexidade das temáticas abordadas, a falta de tempo para o debate e reflexão, a necessidade de criar ou reformular numerosos documentos e a adaptação de procedimentos até então normais que sofreram alterações com a entrada dos representantes do 1º ciclo e pré-escolar. A formação do Agrupamento determinou a existência de aspectos positivos e negativos. Entre os primeiros salienta-se a possibilidade de aprendizagem e de partilha mútua de experiências, estratégias e dificuldades, a procura de coesão organizativa, documental e de uma identidade comum. Também a existência de actividades globais e o melhor conhecimento dos programas disciplinares, das dificuldades e potencialidades dos alunos que vão do 1º ciclo para a EB2,3 ou a maior unidade entre docentes podem ser considerados positivos. De forma negativa surge a perda de autonomia das EB1 (financeira, material e ao nível das decisões), a falta de um espaço próprio de debate e reflexão na EB2,3, o excesso de trabalho para quem está nos órgãos e o não envolvimento de toda a comunidade educativa no processo. Cada ciclo percepcionou que houve ganhos e perdas (em que os ganhos foram maiores para o outro ciclo e menores para si). Todos mencionaram a falta de meios para atingir objectivos, a falta de tempo para reflectir e trabalhar e o excesso do número de alunos, com todos os problemas que daí decorrem. Para as escolas do 1º ciclo houve dificuldade na eleição dos representantes e no abandonar de vários hábitos e práticas. Houve benefícios na diminuição de algum isolamento e no poder planificar, partilhar e trabalhar em conjunto, tanto ao nível horizontal como vertical, bem como um maior protagonismo assumido nas decisões relacionadas com o Agrupamento. Para o representante do 1º ciclo no CP ocorreu uma aprendizagem, um crescimento e uma evolução pessoal e profissional, com uma visão mais abrangente das escolas. As maiores dificuldades estiveram na preparação das reuniões do CP, na responsabilidade de representarem a escola e decidirem por ela, na articulação com a coordenadora de estabelecimento para a preparação do Conselho de Docentes e na transmissão de informação. Ao nível pessoal, no número de horas de trabalho sem nenhuma contrapartida. A existência de dois coordenadores no 1º ciclo parece ter mais consequências negativas, ao nível da articulação e da divisão de papéis, não sendo considerada necessária em todas as situações. De positivo, a possibilidade de maior divisão do poder e uma maior democraticidadeRésumé - Cette investigation réalisée pour la Maîtrise en Administration et Gestion Educationnelle ayant comme thème “L’INTEGRATION DU 1ER CYCLE DANS LES GROUPEMENTS VERTICAUX D’ECOLES - le fonctionnement du Conseil Pédagogique d’un groupement d’écoles de la municipalité de Sintra”. Cette étude cherche à connaître les perceptions des professeurs appartenant au Conseil Pédagogique en ce qui concerne la formation du groupement vertical d’écoles et les modifications qui sont apparues après la formation. Pour cela, six objectifs ont été formulés à travers lesquels nous prétendons connaître la dynamique du Conseil Pédagogique avant la formation du groupement vertical d’écoles et après l’intégration du 1er cycle dans cet groupement ; contribuer à l’identification des facteurs généraux considérés positifs ou négatifs par les professeurs du Conseil Pédagogique, résultant de la formation de groupements verticaux d’écoles ; décrire les difficultés et les bénéfices pour l’école du 1er cycle représentée dans le Conseil Pédagogique du groupement et pour le professeur que la représente et contribuer à identifier les facteurs positifs et négatifs résultant du fait que le représentant de chaque école dans le Conseil Pédagogique ne soit pas le directeur de l’établissement. Cette investigation est insérée dans le paradigme qualitatif et a un caractère exploratoire et descriptif. Cette étude a utilisé l’analyse documentaire, l’interview individuelle et groupale comme instrument de recherche en suivant le processus d’analyse de contenu proposé par MORGAN. Les principales conclusions sont les suivantes: Avant l’existence du groupement, la dynamique des réunions dépendait des personnes qui intégrées le CP et de la façon de présider la réunion. L’agenda était restreinte. Les thèmes en discussion étaient en rapport avec la vie de l’école, avec la production de tous les documents internes nécessaires, avec l’analyse de la législation, la formation des professeurs et avec les problèmes et les questions pédagogiques et comportementaux des élèves de l’école. Après la formation du groupement, il y eu beaucoup de modifications engendrées par le nombre de participants, par l’extension des agendas, par le besoin de préparation au préalable, par la diversité et complexité des thèmes, par le manque de temps en ce qui concerne le débat et la réflexion, par le besoin de créer ou modifier les documents de travail et par l’adaptation de procédés jusque maintenant considérés habituels. La formation du groupement a entraîné quelques aspects positifs et négatifs. Quant aux premiers, nous distinguons la possibilité d’apprentissage et de partage amiable d’expériences, de stratégies et de difficultés, la recherche de cohésion organisatrice, documentaire et d’une identité commune. Nous pouvons encore considérer positif l’existence d’activités globales et la profonde connaissance des programmes, des difficultés et des potentialités des élèves de notre groupement ou une meilleure union entre les professeurs des différents niveaux scolaires. Quant aux aspects négatifs, nous distinguons la perte d’autonomie des écoles du 1er cycle (financière, matérielle et au niveau des décisions) et d’un espace pour le débat et la réflexion au niveau de l’école du 2ème et 3ème cycles, l’excès de travail pour ceux qui sont élus pour les différents conseils et la non participation de toute la communauté éducative dans le processus. Chaque cycle a considéré que il y a eu des gains et des pertes (considérant que les gains ont été plus nombreux pour l’autre cycle que pour soi-même). Tous ont dit que le manque de moyens pour atteindre les objectifs, le manque le temps pour réfléchir et travailler et le nombre d’élèves excessif sont des aspects négatifs en tenant compte de tous les problèmes qui en adviennent. Pour les écoles du 1er cycle, il y a eu des difficultés en ce qui concerne l’élection des représentants et l’abandon de certaines habitudes et pratiques. Il y eu des bénéfices face à l’isolement et à la possibilité de planifier, partager et travailler en commun, soit au niveau horizontal comme vertical, soit en ayant une plus grande intervention en ce qui concerne les décisions générales. Pour le représentant du 1er cycle dans le CP, il y a eu un apprentissage, une croissance et une évolution personnelle et professionnelle, qui ont permit une vision plus globale des écoles. La plupart des difficultés ont été senties pendant la préparation des réunions du CP, en ce qui concerne la responsabilité de représenter son école et de décider pour elle, l’articulation avec la directrice de l’établissement pour la préparation du Conseil de Professeurs et la transmission des informations. Individuellement, toutes les heures de travail sans aucune contrepartie. L’existence de deux professeurs responsables pour chaque établissement du 1er cycle paraît avoir des conséquences négatives au niveau de l’articulation et la division du travail, n’étant pas considérées nécessaires dans toutes les situations. De positif, nous pouvons considéré la possibilité d’une plus grande division du pouvoir et plus grande démocratisationAbstract - This investigation was made in the context of the master’s degree on Educational Administration and Management, having as theme “THE INTEGRATION OF THE 1ST CYCLE IN SCHOOLS’ VERTICAL GROUPS - the work of a Group at Sintra’s Council”. It attempted to know the teachers’ on the Pedagogic Board perceptions about the constitution of a Schools’ Vertical Group and the changes that took place after its formation. To that purpose, six investigation goals were formulated, through which we pretend to know the Pedagogic Board’s dynamic before the constitution of the Schools’ Vertical Group and after the integration of the 1st cycle in that Group; contribute to the identification of general factors considered positive or negative by the teachers on the Pedagogic Board as a result of the constitution of Schools’ Vertical Groups; describe the difficulties and benefits to the 1st cycle school as a result of being represented at the Group’s Pedagogic Board and to the teacher that represents it in that same board and contribute to the identification of positive and negative factors resultant from the fact that each teacher representing one school may not be its Coordinator. The investigation was set in the qualitative paradigm and it is of exploratory and descriptive character. Instruments of data gathering such as documentary analysis, individual interview and the focal group were used and also the process of contents’ analysis, accomplished according to MORGAN. The main conclusions were the following: Before there was the Group, the meeting’s dynamic depended on the persons that were part of the Pedagogic Board and on the way its president prepared it and ran it. The agendas were more restrict. The issues on debate were related to the school’s life, the produce of all the necessary internal documents, legislation analysis, teachers’ training and also to the problems and pedagogic and behavioural issues concerning the school’s students. After the Group’s constitution, changes occurred, as a consequence of the increasing number of members, the long agendas, the necessity of long previous work, the diversity and complexity of the subjects discussed, the lack f time for debate and meditation, the need to create or reformulate a great number of documents and readjust the procedures normal up to that time that were modified with the inclusion of the 1st cycle and kindergarten representatives. The Group’s constitution determined the existence of positive and negative aspects. Among the first we point out the learning possibility and sharing experiences, strategies and difficulties, the search for organising and documental cohesion and for a common identity. Also the existence of global activities and a better knowledge of the curricula, the difficulties and potentialities of students that move from the 1st cycle to the Basic School 2, 3 or a stronger unity among teachers may be considered positive. In a negative way appears the loss of the Basic School 1’s autonomy (financially, materially and at decision level), the lack of a proper place of debate and meditation on the BS 2, 3, the increasing work to those who are a part of the organisms and also the non-commitment of the whole educative community in the process. Each cycle felt that there were gains and losses (being the gains greater to the other and less to itself). All mentioned the lack of means to reach the ends, the lack of time to reflect and work and the excessive number of students, with the problems that come from that. To the 1st cycle schools it was difficult to elect their representatives and to abandon old habits and practices. Benefits came from decreasing isolation and being able to plan, share and work together, both horizontally and vertically, as well as a larger importance assumed on the decisions related to the Group. To the 1st cycle representative on the Pedagogic Board apprenticeship occurred and also personal and professional growth, with a now wider sight of schools. Greater difficulties came from preparing the Pedagogic Board meetings, the responsibility of representing one’s school and decide for it, the articulation with the school’s Coordinator in preparing for the Teachers’ Board and information transmission; at a personal level, the amount of work with no compensation. The fact that there two coordinators on the 1st cycle appears to bring more negative consequences at the level of the articulation and distribution of roles, not considered necessary in all situations. Positively, power is more easily shared and there is more democratic spiritGrave-Resendes, LídiaRepositório AbertoSerra, Elsa Maria Mecha Louro Pereira2009-01-26T16:31:28Z200720072007-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis5278777 bytesapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.2/669porSerra, Elsa Maria Mecha Louro Pereira - A integração do 1º Ciclo nos agrupamentos verticais de escolas [Em linha] : o funcionamento do conselho pedagógico de um agrupamento do Concelho de Sintra. 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