O sofrimento do regresso ao trabalho após a licença parental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins,Cristina Araújo
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Abreu,Wilson Jorge Correia Pinto de, Figueiredo,Maria do Céu Aguiar Barbieri
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1647-21602015000100012
Resumo: CONTEXTO: A crescente participação feminina no mercado de trabalho levanta questões relacionadas com a gestão dos tempos entre responsabilidades profissionais e familiares, com particular relevância quando as mulheres se tornam mães. OBJETIVO: Este estudo procurou compreender as experiências das mães que regressam ao trabalho após o término da licença parental. METODOLOGIA: Grounded Theory, com a participação de cinco pais e cinco mães (casais). Recolha de dados a partir de entrevistas semiestruturadas, antes e após o reinício da atividade laboral materna (total de 30 entrevistas). Recolha, codificação e análise dos dados realizadas de modo simultâneo e recursivo, num processo evolutivo constante. RESULTADOS: Explicitam a difícil e desafiadora coexistência de papéis desempenhados pela mulher trabalhadora quando se torna mãe. Descrevem a categoria sofrendo com o regresso ao trabalho, que reflete a experiência da mãe ao se ver sujeita a afastar-se do filho para retomar a atividade laboral, finda a licença parental. Integram as subcategorias: angustiando-se com o regresso ao trabalho que se avizinha, percebendo a esposa perturbada com o regresso ao trabalho, tendo necessidade de confortar a esposa em sofrimento, vivendo conflitos no papel parental, deparando-se com dificuldades para continuar amamentando e sofrendo menos por ter condições laborais facilitadas. CONCLUSÕES: O timing do regresso ao trabalho é especialmente crítico na transição para a parentalidade, causando sofrimento nas mães e perturbando toda a dinâmica familiar. Constitui-se, por isso, um desafio para a resiliência das mulheres e suas famílias, e deve ser objeto de intervenção de enfermagem.
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