Um carro, queimado, na berma da estrada : a experiência de um Laboratório de Escrita Para Teatro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/47809 |
Resumo: | Este texto faz o balanço do Laboratório de Escrita para Teatro, promovido pelo Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), que coordenei de Setembro de 2015 a Setembro de 2019. Nesses quatro anos foram escritos vinte e três textos originais para teatro por vinte e três novos autores. O projecto surge integrado num programa mais lato de apoio a dramaturgias emergentes e ao incentivo à nova dramaturgia portuguesa, consistindo, neste caso, na aproximação de jovens autores dramáticos a processos de partilha, experimentação e colaboração que possam desafiar, influenciar e estimular a escrita original de um texto para teatro. Na primeira edição (2015/16) andámos em torno de “Um estado de excepção permanente”, sob a égide de Terry Eagleton (2003) e da ideia de quea dramaturgia contemporânea não tem outra hipótese senão dar conta do estado de guerra –um estado de excepção permanente –entre os indivíduos e as instituições de poder. Na segunda edição (2016/17) fomos questionando “A política de tudo”, num gesto de homenagem aos cem anos da Revolução de Outubro e de uma inquirição das contradições do século XX, inspirados pela lição de Alain Badiou (2005). Na terceira edição (2017/18) demorámo-‐‑nos n’ “O quotidiano do homem comum e outras coisas sem importância”, conduzidos pela reflexão de Jean-‐‑Pierre Sarrazac em torno da poética da dramaturgia contemporânea e das suas “microepopeias dos anónimos”. Na quarta edição (2018/19), quisemos “Interromper o real para a ele regressar”, confiando nos possíveis gestos políticos que o teatro pode compreender. |
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