CombinAd: avaliação e melhoria da prescrição de contracetivos orais combinados na adolescência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa,Andreia Silva e
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Neves,Gisela Costa, Sousa,Afonso Brás
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732021000600507
Resumo: Resumo Objetivos: Melhorar e adequar a prescrição de contracetivos orais combinados (COC) às adolescentes da Unidade de Saúde Familiar (USF) do Castelo. Tipo de estudo: Pré-experimental, pré e pós intervenção, sem grupo controlo. Local: ACeS Arrábida - USF Castelo. População: Adolescentes com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos inscritas na USF Castelo e utilizadoras de COC. Métodos: O estudo decorreu através da análise de dados relativamente à dose de estrogénio do COC utilizado e presença ou ausência de contraindicações absolutas, entre fevereiro de 2019 e fevereiro de 2020, o que permitiu classificar as adolescentes em «bem» ou «mal» medicadas. Procedeu-se a uma primeira avaliação em fevereiro de 2019. De seguida, foi realizada uma intervenção que consistiu em duas fases: a primeira, uma sessão clínica na USF dirigida aos médicos e enfermeiros onde foram divulgados os dados pré-intervenção e feita uma breve apresentação teórica acerca da utilização adequada de COC na adolescência; a segunda fase consistiu no fornecimento de material auxiliar de memória em formato de bolso e afixação de cartazes nos gabinetes onde decorrem as consultas de planeamento familiar. Os outcomes definidos foram: uma taxa de melhoria da prescrição de COC, seis meses depois da intervenção, de 20%; o aumento ou a manutenção da taxa de melhoria inicial, um ano após a intervenção. Foi utilizado o teste exato de Fisher para comparar as taxas de prescrição adequada pré e pós intervenção. Resultados: Atingiu-se a melhoria da prescrição de COC nas adolescentes seis meses após a intervenção (21,6%), apesar de não ter sido estatisticamente significativa (p=0,331). Contudo, posteriomente, verificou-se duplicação da taxa de prescrições adequadas prévia, com uma taxa de melhoria de 45,6%, estatisticamente significativa (p<0,001). Conclusão: Os profissionais da USF conseguiram implementar as estratégias e melhorar a taxa de prescrições adequadas de COC nas adolescentes. O envolvimento de toda a equipa que realiza aconselhamento contracetivo poderá ter aumentado a eficácia da intervenção. A aplicação das estratégias em apenas uma unidade limita a generalização dos resultados. Contudo, estratégias simples parecem aumentar a taxa de prescrições adequadas de COC nesta faixa etária.
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