Contracetivos Orais Combinados: Comparação entre o Regime Cíclico Clássico e os Regimes Alargados Planeado, Flexível e Contínuo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/12743 |
Resumo: | Devido às pressões socioculturais e religiosas do final dos anos 50, os contracetivos orais combinados foram inicialmente aprovados com um regime o mais parecido possível ao ciclo menstrual natural das mulheres. Este regime cíclico clássico consiste na toma diária de uma pílula, que contenha hormonas ativas, durante 21 dias, seguida de um intervalo livre de hormonas de 7 dias. Atualmente sabemos que não há qualquer fundamento biológico para este tipo de regime e que a hemorragia de privação mensal não tem qualquer benefício para a saúde das mulheres. Posto isto, vários regimes alargados foram surgindo ao longo dos últimos anos, inicialmente como forma de tratar distúrbios agravados pelo ciclo menstrual, mas também de modo a evitar sintomas relacionados à menstruação. Estes novos regimes dividem-se em três categorias: um regime planeado define-se pela toma de uma pílula ativa durante um número pré-determinado de dias, sempre superior a 21, seguido de um intervalo livre de hormonas de 7 dias; um regime flexível verifica-se quando há a toma de uma pílula ativa durante um período mínimo de 28 dias, após o qual, caso ocorra uma hemorragia espontânea, a mulher faz um intervalo livre de hormonas; por último, um regime contínuo pressupõe a toma diária de uma pílula ativa, independentemente da ocorrência ou não de hemorragias espontâneas, durante o tempo que a mulher desejar. Este tipo de regimes, além de serem mais convenientes, vieram melhorar a qualidade de vida das mulheres do século XXI. O objetivo desta revisão de literatura é fazer uma comparação entre o regime cíclico clássico e os diversos regimes alargados. Alguns dos parâmetros a considerar são a eficácia contracetiva, os perfis de segurança e efeitos adversos, o padrão de perdas hemorrágicas, a eficácia no tratamento de distúrbios relacionados com o ciclo menstrual, os benefícios não contracetivos, o impacto na endometriose e na dismenorreia, o retorno à fertilidade após descontinuação e o grau de satisfação e a taxa de descontinuação. Para a pesquisa bibliográfica recorreu-se à base de dados PubMed, onde se selecionaram artigos relevantes para o objetivo final desta revisão de literatura que cumprissem os seguintes critérios: artigos em inglês, publicados nos últimos 10 anos e com a populaçãoalvo constituída por humanos do sexo feminino. Posteriormente, complementou-se a pesquisa com artigos adicionais identificados através de referências bibliográficas das publicações selecionadas inicialmente. Após análise da bibliografia proposta, considerou-se que regimes alargados/contínuo de COC são uma abordagem razoável quando comparados com o regime cíclico clássico, já que apresentam inúmeros benefícios contracetivos e não contracetivos, sem aumentar o risco clínico devido à exposição hormonal adicional. |
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Contracetivos Orais Combinados: Comparação entre o Regime Cíclico Clássico e os Regimes Alargados Planeado, Flexível e ContínuoBenefíciosContracetivos Orais CombinadosEfeitos AdversosRegime AlargadoRegime ContínuoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaDevido às pressões socioculturais e religiosas do final dos anos 50, os contracetivos orais combinados foram inicialmente aprovados com um regime o mais parecido possível ao ciclo menstrual natural das mulheres. Este regime cíclico clássico consiste na toma diária de uma pílula, que contenha hormonas ativas, durante 21 dias, seguida de um intervalo livre de hormonas de 7 dias. Atualmente sabemos que não há qualquer fundamento biológico para este tipo de regime e que a hemorragia de privação mensal não tem qualquer benefício para a saúde das mulheres. Posto isto, vários regimes alargados foram surgindo ao longo dos últimos anos, inicialmente como forma de tratar distúrbios agravados pelo ciclo menstrual, mas também de modo a evitar sintomas relacionados à menstruação. Estes novos regimes dividem-se em três categorias: um regime planeado define-se pela toma de uma pílula ativa durante um número pré-determinado de dias, sempre superior a 21, seguido de um intervalo livre de hormonas de 7 dias; um regime flexível verifica-se quando há a toma de uma pílula ativa durante um período mínimo de 28 dias, após o qual, caso ocorra uma hemorragia espontânea, a mulher faz um intervalo livre de hormonas; por último, um regime contínuo pressupõe a toma diária de uma pílula ativa, independentemente da ocorrência ou não de hemorragias espontâneas, durante o tempo que a mulher desejar. Este tipo de regimes, além de serem mais convenientes, vieram melhorar a qualidade de vida das mulheres do século XXI. O objetivo desta revisão de literatura é fazer uma comparação entre o regime cíclico clássico e os diversos regimes alargados. Alguns dos parâmetros a considerar são a eficácia contracetiva, os perfis de segurança e efeitos adversos, o padrão de perdas hemorrágicas, a eficácia no tratamento de distúrbios relacionados com o ciclo menstrual, os benefícios não contracetivos, o impacto na endometriose e na dismenorreia, o retorno à fertilidade após descontinuação e o grau de satisfação e a taxa de descontinuação. Para a pesquisa bibliográfica recorreu-se à base de dados PubMed, onde se selecionaram artigos relevantes para o objetivo final desta revisão de literatura que cumprissem os seguintes critérios: artigos em inglês, publicados nos últimos 10 anos e com a populaçãoalvo constituída por humanos do sexo feminino. Posteriormente, complementou-se a pesquisa com artigos adicionais identificados através de referências bibliográficas das publicações selecionadas inicialmente. Após análise da bibliografia proposta, considerou-se que regimes alargados/contínuo de COC são uma abordagem razoável quando comparados com o regime cíclico clássico, já que apresentam inúmeros benefícios contracetivos e não contracetivos, sem aumentar o risco clínico devido à exposição hormonal adicional.Due to the sociocultural and religious pressures of the lates 50’s, combined oral contraceptives were initially approved with a regimen as close as possible to women's natural menstrual cycle. This classic cyclic regimen consists of taking a pill containing active hormones daily for 21 days, followed by a hormone-free interval of 7 days. We now know that there is no biological basis for this type of regimen and that monthly withdrawal bleeding has no health benefit for women. Several extended regimens have emerged over the last few years, initially to treat disorders worsened by the menstrual cycle, but also to avoid symptoms related to menstruation. These new regimens fall into three categories: a planned regimen is defined as taking an active pill for a predetermined number of days, always greater than 21, followed by an hormone-free interval of 7 days; a flexible regimen is when an active pill is taken for a minimum period of 28 days, after which, if spontaneous bleeding occurs, the woman does an hormone-free interval; finally, a continuous regimen presupposes taking an active pill daily, regardless of whether or not spontaneous bleeding occurs, for as long as the woman wishes. This type of regimens, in addition to being more convenient, has improved the quality of life for women in the 21st century. The aim of this literature review is to make a comparison between the classic cyclical regime and the various extended regimes. Some of the parameters to consider are contraceptive efficacy, safety profiles and adverse effects, patterns of bleeding, efficacy in treating menstrual cycle-related disorders, non-contraceptive benefits, impact on endometriosis and dysmenorrhea, return to fertility after discontinuation and the degree of satisfaction and rate of discontinuation. For the bibliographic research, the database PubMed was used, in which were selected relevant articles for the final objective of this literature review that met the following criteria: articles in English, published in the last 10 years and with the population target consisting of female humans. Subsequently, the research was complemented with additional articles identified through bibliographic references of the publications selected initially. After reviewing the proposed literature, it was considered that extended/continuous COC regimens are a reasonable approach when compared to the classic cyclic regimen, as they have numerous contraceptive and non-contraceptive benefits, without increasing the clinical risk due to additional hormone exposure.Moutinho, José Alberto FonsecauBibliorumLopes, Alexandra Maria do Carmo2023-01-25T10:29:33Z2022-06-212022-04-212022-06-21T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/12743TID:203182111porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:56:01Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/12743Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:52:16.867722Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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