Desenvolvimento do sistema de controlo automático na tecnologia NDTech

• Autor(a) principal: Andrade, Tiago Miguel Ramos
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/30405
• topic: 2,4,6-TCA; 2,3,6-TCA; Controlo automático; Rolha; Temperatura; Heartcuts

A rolha de cortiça natural é o principal vedante da indústria vinícola, como tal é importante garantir a extrema qualidade da mesma ao cliente final. Nos anos 80 a indústria da cortiça ultrapassou uma grande crise causada pelo principal contaminante da rolha, o 2,4,6-TCA. Para tal, foram desenvolvidas estratégias de prevenção, extração e controlo do 2,4,6-TCA. A Amorim Cork apresentou a principal tecnologia de deteção do contaminante, o NDTech. Foi neste sistema que foi desenvolvida a dissertação, sendo que o principal objetivo da mesma passa pela implementação de um sistema de controlo automático, alternativo ao controlo manual atualmente realizado. Foram testadas duas hipóteses, mas ambas se baseiam na contaminação do gás de arraste presente no sistema, o azoto, através de um reservatório onde no seu interior se encontra uma solução líquida com o padrão, o 2,3,6–TCA. A primeira hipótese, não necessitou de qualquer alteração do sistema atual e os resultados obtidos evidenciam a deteção do padrão e do contaminante, com temperaturas de reservatório de 100 º C e 110 ºC e temperatura das colunas analíticas de 130 ºC e 140 ºC respetivamente. No entanto esta hipótese apresenta problemas de variabilidade da área detetada do padrão e de eluição, não sendo possível evidenciar uma clara distinção dos tempos de residência do padrão e do contaminante. Tentou-se ultrapassar este problema, variando parâmetros operatórios do sistema como temperatura das colunas analíticas, fluxo de gás de arraste, heartcuts e tempo de ciclo. Para a segunda hipótese procedeu-se a alteração da válvula de 6 portas por uma de 10 portas, onde é possível efetuar uma separação do 2,4,6–TCA e do 2,3,6-TCA através dos distintos tempos de injeção dos compostos nas colunas analíticas. O problema da eluição foi resolvido através desta válvula e foram testadas distintas concentrações de 2,3,6-TCA e temperaturas de reservatório de forma a diminuir a variabilidade da área detetada. Os melhores resultados foram obtidos para a experiência onde foram inseridos 80 mL de uma solução de 2,3,6-TCA no interior do reservatório com uma concentração de 125 ppb, uma temperatura de reservatório de 88 ºC e um fluxo de gás de arraste do padrão de 100 ml/min. Os resultados obtidos para a segunda hipótese são promissores, no entanto necessitam de trabalho futuro que permita reduzir ainda mais a variabilidade da área do 2,3,6-TCA.