Demência frontotemporal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/5183 |
Resumo: | A Demência Frontotemporal é uma alteração neurodegenerativa progressiva caracterizada por envolvimento selectivo do lobo frontal e temporal. Trata-se da segunda causa mais frequente de demência com início em idade precoce. Distinguem-se essencialmente duas formas clínicas, uma comportamental e uma relacionada com a linguagem que pode ainda ser subdividida em três variantes principais (afasia progressiva não-fluente, demência semântica e afasia logopénica progressiva). Estes diferentes quadros clínicos correlacionam-se com diferentes padrões de atrofia nos exames de imagem crânio-encefálicos o que é útil no diagnóstico. Frequentemente a Demência Frontotemporal coexiste com doença dos neurónios motores, características parkinsónicas e outras alterações de movimento. Para além da sua heterogeneidade clínica, a Demência Frontotemporal é também heterogénea a nível neuropatológico e genético envolvendo diferentes proteinopatias e mutações genéticas o que faz dela uma doença altamente complexa. Permanece sub-identificada e por vezes erroneamente diagnosticada, o que pode conduzir a tratamentos inapropriados e acarretar sofrimento para os pacientes e as suas famílias. Actualmente o diagnóstico assenta fundamentalmente numa história clínica pormenorizada, avaliação neuropsicológica e exame neurológico apoiados por estudos de imagiologia crânio-encefálica. O tratamento mantém-se essencialmente sintomático e baseia-se em intervenções não-farmacológicas e fármacos testados e aprovados no tratamento de outras patologias. A descoberta dos diferentes subtipos neuropatológicos e das mutações genéticas envolvidas traz consigo a possibilidade de novos tratamentos direccionados e com potencial de alterar o curso da doença. Este trabalho analisa a classificação clínica, patológica e genética da doença e o seu diagnóstico. Tendo em conta os actuais desafios diagnósticos, os principais diagnósticos diferenciais a considerar são abordados e é proposto um algoritmo de diagnóstico. É também apresentada uma breve descrição das alternativas terapêuticas actuais. Finalmente são introduzidos alguns casos clínicos recolhidos no Centro Hospitalar Cova da Beira numa tentativa de unir os conceitos estudados à prática clínica e também de ilustrar a complexidade e a diversidade que os clínicos enfrentam no seu dia-a-dia. |
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Demência frontotemporalEvolução do conceito e desafios diagnósticosAfasia Primária ProgressivaDegeneração Lobar FrontotemporalDemência FrontotemporalDiagnósticoVariante Comportamental da Demência FrontotemporalDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaA Demência Frontotemporal é uma alteração neurodegenerativa progressiva caracterizada por envolvimento selectivo do lobo frontal e temporal. Trata-se da segunda causa mais frequente de demência com início em idade precoce. Distinguem-se essencialmente duas formas clínicas, uma comportamental e uma relacionada com a linguagem que pode ainda ser subdividida em três variantes principais (afasia progressiva não-fluente, demência semântica e afasia logopénica progressiva). Estes diferentes quadros clínicos correlacionam-se com diferentes padrões de atrofia nos exames de imagem crânio-encefálicos o que é útil no diagnóstico. Frequentemente a Demência Frontotemporal coexiste com doença dos neurónios motores, características parkinsónicas e outras alterações de movimento. Para além da sua heterogeneidade clínica, a Demência Frontotemporal é também heterogénea a nível neuropatológico e genético envolvendo diferentes proteinopatias e mutações genéticas o que faz dela uma doença altamente complexa. Permanece sub-identificada e por vezes erroneamente diagnosticada, o que pode conduzir a tratamentos inapropriados e acarretar sofrimento para os pacientes e as suas famílias. Actualmente o diagnóstico assenta fundamentalmente numa história clínica pormenorizada, avaliação neuropsicológica e exame neurológico apoiados por estudos de imagiologia crânio-encefálica. O tratamento mantém-se essencialmente sintomático e baseia-se em intervenções não-farmacológicas e fármacos testados e aprovados no tratamento de outras patologias. A descoberta dos diferentes subtipos neuropatológicos e das mutações genéticas envolvidas traz consigo a possibilidade de novos tratamentos direccionados e com potencial de alterar o curso da doença. Este trabalho analisa a classificação clínica, patológica e genética da doença e o seu diagnóstico. Tendo em conta os actuais desafios diagnósticos, os principais diagnósticos diferenciais a considerar são abordados e é proposto um algoritmo de diagnóstico. É também apresentada uma breve descrição das alternativas terapêuticas actuais. Finalmente são introduzidos alguns casos clínicos recolhidos no Centro Hospitalar Cova da Beira numa tentativa de unir os conceitos estudados à prática clínica e também de ilustrar a complexidade e a diversidade que os clínicos enfrentam no seu dia-a-dia.Frontotemporal dementia is a progressive neurodegenerative condition characterized by selective involvement of the frontal and temporal lobes. It represents the second most frequent form of early-onset dementia. Two major clinical forms are distinguished, a behavioral type and a language type which can be further subdivided into three main variants (progressive nonfluent aphasia, semantic dementia and logopenic primary progressive aphasia). These different clinical patterns correlate with regional patterns of atrophy on brain imaging studies which is helpful for diagnosis. Frontotemporal dementia frequently occurs in association with motor neuron disease, parkinsonian features and other movement abnormalities. Besides its clinical heterogeneity, Frontotemporal dementia is also neuropathologically and genetically heterogeneous encompassing a variety of proteinopathies and gene mutations making it a highly complex disease. It is still under-recognized and commonly misdiagnosed what may lead to inappropriate treatment and suffering for patients and their families. Its diagnosis currently lies on careful history, neuropsychological evaluation and neurological examination supported by brain imaging studies. The treatment is still largely symptomatic and based upon non-pharmacologic interventions and drugs tested for other conditions. The discovery of genetic and neuropathological subtypes brings hope for new and directed treatments that may change the course of the disease. This review will focus on the clinical, pathological and genetic classification of the disease and its diagnosis. Considering the actual diagnostic troubles, the main pathologies to consider for differential diagnosis are also pointed up and a diagnostic algorithm is proposed. A brief description of the current treatment options is also presented. Finally some clinical cases collected in Centro Hospitalar Cova da Beira are introduced in an attempt to bond the studied concepts with the clinical practice and to illustrate the complexity and diversity faced everyday by the clinicians.Alvarez Pérez, Francisco JoséuBibliorumMendes, Rita Maria de Almeida Bouceiro2018-07-18T16:03:39Z2015-5-182015-06-222015-06-22T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5183TID:201637138porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-27T12:16:38Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5183Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-27T12:16:38Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A Demência Frontotemporal é uma alteração neurodegenerativa progressiva caracterizada por envolvimento selectivo do lobo frontal e temporal. Trata-se da segunda causa mais frequente de demência com início em idade precoce. Distinguem-se essencialmente duas formas clínicas, uma comportamental e uma relacionada com a linguagem que pode ainda ser subdividida em três variantes principais (afasia progressiva não-fluente, demência semântica e afasia logopénica progressiva). Estes diferentes quadros clínicos correlacionam-se com diferentes padrões de atrofia nos exames de imagem crânio-encefálicos o que é útil no diagnóstico. Frequentemente a Demência Frontotemporal coexiste com doença dos neurónios motores, características parkinsónicas e outras alterações de movimento. Para além da sua heterogeneidade clínica, a Demência Frontotemporal é também heterogénea a nível neuropatológico e genético envolvendo diferentes proteinopatias e mutações genéticas o que faz dela uma doença altamente complexa. Permanece sub-identificada e por vezes erroneamente diagnosticada, o que pode conduzir a tratamentos inapropriados e acarretar sofrimento para os pacientes e as suas famílias. Actualmente o diagnóstico assenta fundamentalmente numa história clínica pormenorizada, avaliação neuropsicológica e exame neurológico apoiados por estudos de imagiologia crânio-encefálica. O tratamento mantém-se essencialmente sintomático e baseia-se em intervenções não-farmacológicas e fármacos testados e aprovados no tratamento de outras patologias. A descoberta dos diferentes subtipos neuropatológicos e das mutações genéticas envolvidas traz consigo a possibilidade de novos tratamentos direccionados e com potencial de alterar o curso da doença. Este trabalho analisa a classificação clínica, patológica e genética da doença e o seu diagnóstico. Tendo em conta os actuais desafios diagnósticos, os principais diagnósticos diferenciais a considerar são abordados e é proposto um algoritmo de diagnóstico. É também apresentada uma breve descrição das alternativas terapêuticas actuais. Finalmente são introduzidos alguns casos clínicos recolhidos no Centro Hospitalar Cova da Beira numa tentativa de unir os conceitos estudados à prática clínica e também de ilustrar a complexidade e a diversidade que os clínicos enfrentam no seu dia-a-dia. |
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