O povo da floresta adormecida : a população da ilha das Flores (1681-1720)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Boavida, Isabel
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.3/283
Resumo: Os primeiros povoadores da ilha evitaram as altas charnecas do interior, batidas pelo vento e de difícil acesso, e os seus descendentes seguiramlhes o exemplo, de modo que as povoações das Flores se foram distribuindo pela orla costeira. Mas o relevo acidentado e os muitos cursos de água dificultavam as comunicações entre os povoados. Por este motivo se pode afirmar que «o mar (...) substituiu parcialmente, até à relativamente poucas décadas, os caminhos que não havia»1. Nos Livros de Óbitos das freguesias de São Pedro em Ponta Delgada e de Nossa Senhora da Conceição em Santa Cruz, confirmando, ainda que de forma trágica, a utilização do mar como estrada local, este surge como um lugar de morte. Por exemplo, no primeiro dia de Setembro de 1717, perderam nele a vida dois homens casados, moradores na Lomba, quando regressavam de Santa Cruz a casa2. Contudo, a percentagem de mortes em naufrágios é baixa, ficando, na freguesia de S. Pedro, um pouco aquém dos 3%, apesar da ligação ao mar pela navegação efectuada entre o porto de Ponta Delgada e o Corvo. Dos 304 óbitos aí ocorridos entre 1675 e 1720, apenas 9 se referem claramente a mortes em naufrágios. [...]
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