Antipsicóticos atípicos como terapêutica adjuvante na depressão major resistente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Spínola, Carla Patrícia Menezes
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/35172
Resumo: Trabalho final do mestrado em medicina do desporto com vista à atribuição do Grau de Mestre (área científica de psiquiatria), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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spelling Antipsicóticos atípicos como terapêutica adjuvante na depressão major resistenteAntipsicóticosUso terapêuticoDistúrbio depressivo maiorDistúrbio depressivo resistente a tratamentoTrabalho final do mestrado em medicina do desporto com vista à atribuição do Grau de Mestre (área científica de psiquiatria), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraA depressão major é caracterizada por um conjunto de sintomas que incluem humor depressivo e/ou perda de interesse ou prazer, bem como alterações no sono, apetite ou peso, sentimentos de culpa ou desvalorização, dificuldades de memorização e/ou concentração e ideação suicida. A sua incidência tem vindo a aumentar e estima-se que no futuro seja ainda maior, acarretando consequências negativas em vários domínios. Apesar das várias estratégias terapêuticas que temos ao nosso dispor, apenas uma pequena percentagem de doentes atinge o objetivo da terapêutica: a remissão, associada a uma menor probabilidade de curso crónico da doença e recidiva no futuro. Se tal não ocorreu e, perante uma terapêutica de duração adequada, com dois antidepressivos apropriados e de classes diferentes, diz-se que a depressão é resistente. O objetivo desta revisão será abordar uma possível estratégia de potenciação através do uso de um antipsicótico atípico como adjuvante. A eficácia destes fármacos na depressão major relaciona-se, fundamentalmente, com o seu mecanismo de ação. De uma forma genérica, são fracos antagonistas D2 (contrariamente aos típicos) e potentes antagonistas dos recetores 5-HT2A. Além da avaliação da eficácia destes fármacos na depressão major resistente, pretende-se, também, analisar o seu perfil de tolerabilidade, pelo que foi realizada uma revisão dos principais ensaios clínicos realizados nos últimos anos com o uso de antipsicóticos atípicos como adjuvantes da terapêutica antidepressiva. Pela análise de vários estudos verificou-se que a terapêutica adjuntiva com antipsicóticos atípicos traduziu-se em taxas de remissão e resposta superiores às conseguidas com placebo no tratamento da depressão resistente e depressão major com comorbilidades. Não foram observadas diferenças significativas em termos de eficácia entre os vários antipsicóticos. Esta não parece estar relacionada com a duração da terapêutica adjuvante ou com a definição de resistência utilizada. Já a taxa de abandono associada ao aparecimento de reações adversas foi, em geral, maior no grupo a tomar antipsicóticos atípicos relativamente ao grupo a tomar placebo, não se registando diferenças significativas por fármaco. O desenvolvimento de reações adversas, tais como, alterações metabólicas, excesso de peso, sintomas extrapiramidais e efeitos na condução cardíaca, poderão limitar o uso destes fármacos na terapêutica de manutenção da depressão major. Uma vez que são usados em doses inferiores àquelas usadas no tratamento da esquizofrenia, espera-se que tenham um melhor perfil de segurança. De forma a controlar e tratar estas reações adversas que poderão ser causa de abandono da terapêutica, é muito importante a correta monitorização destes doentes. Os riscos a longo prazo são, ainda, desconhecidos, pois a maior parte dos ensaios publicados são de curta duração.Major depressive disorder (MDD) is defined as a set of symptoms which include depressed mood and/or loss of interest or pleasure, sleep, appetite or weight disturbances, feelings of guilt or devaluation, memorization and/or concentration difficulty as well as suicidal thoughts. Its incidence has been increasing and it is estimated that in the future it will become larger, bringing about negative consequences in various domains. Despite the several therapeutic approaches available, only a small percentage of patients attain the therapeutical goal: remission, which is associated with a smaller probability of chronicity and relapse in the future. If this has not occurred after treatment of adequate duration with two appropriate antidepressant drugs of different classes, the depression is considered treatment-resistant. The goal of this review is to discuss a possible potentiation strategy through the use of an atypical antipsychotic drug as adjuvant therapy in treatment-resistant depression (TRD). The efficacy of these drugs in major depression is fundamentally related to its mechanism of action: in general, they are weak D2 antagonists (unlike typical antipsychotics) and strong 5-HT2A receptor antagonists. Besides the efficacy evaluation of these drugs on treatment-resistant major depression, we intend to analyse their tolerability profile. In order to do so, a review was carried out on the main clinical trials of the last few years, about the use of atypical antipsychotics as antidepressant therapy adjuvants. Through the analysis of several trials it has been concluded that adjuvant therapy using antipsychotic drugs results in much higher response and remission rates compared to placebo administration, in both treatment-resistant depression and major depressive disorder with comorbidity. No significant difference in efficacy was found between the various antipsychotic drugs. The results do not seem to be related to the duration of the adjuvant therapy or the definition of resistance chosen. On the other hand, the rate of discontinuation due to any adverse events was generally higher with the administration of atypical antipsychotics than with the placebo, with no significant difference between drugs. The development of adverse effects, such as metabolic disturbances, overweight, extrapyramidal symptoms (EPS) and heart conduction disorders, may limit the use of these drugs in the treatment of major depressive disorder. However, due to the fact that these are used in inferior doses to those used for the treatment of schizophrenia, it is expected that they present a better safety profile. In order to treat and control adverse events that may lead to discontinuation, monitoring of these events is of the utmost importance in clinical practice. Long term risks of these drugs are still unknown, for most published trials are of short duration.2012-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/35172http://hdl.handle.net/10316/35172porSpínola, Carla Patrícia Menezesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:42Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/35172Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:16.090801Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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