A imunonefelometria em micropartículas na determinação de caseínas de leites e queijos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, V.R.O.
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.11/5912
Resumo: A determinação do conteúdo proteico em leites é uma prática comum dada a importância de que se reveste para programar a transformação do leite nos seus respectivos derivados (queijos, iogurtes, etc.). Alguns dos métodos que têm sido utilizados fornecem como informação o conteúdo proteico total sendo por isso bastante limitativos. É o caso do método de Kjeldahl (que exige destruição da amostra) e do método da espectrometria do infravermelho (Marth, 1978). Há outros métodos, porém, como a electroforese em gel de poliacrilamida (McLean et al., 1982) e as técnicas cromatográficas mais modernas como o HPLC (cromatografia líquida de alta resolução) (Bican e Blanc, 1982), bem assim como o FPLC (rápida cromatografia líquida de proteínas) (Andrews et al., 1985) que além de serem muito sensíveis permitem conhecer rapidamente o conteúdo individual das várias proteínas. Contudo não têm sido utilizados rotineiramente na indústria leiteira, provavelmente, além de outros razões, por exigirem instrumentação sofisticada e de elevado custo. Nas últimas décadas, técnicas imunológicas têm também merecido uma atenção muito cuidadosa no sentido de serem aplicadas a leites e seus derivados. Têm-se mostrado muito úteis, pois além da sua sensibilidade, especificidade e rapidez exigem instrumentação mais acessível à maioria dos laboratórios. É o caso da imunoelectroforese (Hanson e Mansson, 1961; Hanson e Johansson, 1970), da técnica radioimunológica (Beck e Tucker, 1977), do ELISA (imunoanálise com enzima ligada) (Lefler e Colin, 1982; Rittemburg et al., 1984) e da imunonefelometria convencional. A imunonefelometria clássica constitui-se num método imunoanalítico baseado na quantificação nefelométrica da reacção antigénio-anticorpo. Embora seja uma técnica de fácil manuseio e tenha sido utilizada amplamente para a análise de proteínas em vários sistemas biológicos (Sieber e Cross, 1976; Schliep e Felgenhauer, 1978; El Hamoui et al., 1982), apresenta um baixo índice de detecção se a compararmos com os métodos, também imunológicos, que utilizam marcadores, como os aplicados em radioimunologia e em imunoenzimologia. Além disso exige pré-tratamento das amostras. Mais recentemente foi desenvolvida a técnica da imunonefelometria em micropartículas por investigadores do Laboratório de Imunologia da Faculdade de Medicina de Vandoeuvre-les-Nancy em França e do Laboratório de Bioquímica Aplicada da Faculdade de Ciências da mesma cidade. As aplicações dessa técnica à análise biomédica e de proteínas de leite têm-se sucedido a ritmo crescente nos últimos anos pois é superior à imunonefelometria convencional, pelas características que lhe têm sido referidas (sensibilidade, reproductibilidade, facilidade de execução, rapidez e ausência de qualquer pré-tratamento das amostras). A descrição súmaria dos fundamentos dessa metodologia e a apresentação de algumas aplicações à determinação de caseínas de leites e de queijos constituem o obectivo deste trabalho de divulgação.
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